Daegu City | myg + jhs

5. Tretas em alta velocidade

Aviso: O capítulo contém cenas de violência, menção a drogas e insinuação sexual. 

Ele ainda não foi betado, então me desculpem qualquer errinho. Boa leitura!

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O som de choro preenchia a sala pequena e abafada, com fedor de meias velhas e maconha. O clique metálico de um revólver sendo engatilhado tornou o lamúrio ainda mais escandaloso, acompanhado de engasgo e tosse. Yoongi suspirou entediado, a pistola firme em sua mão, pronta para ser usada a qualquer momento.

— Olha, cara, eu sei que você é um Zé Ninguém que passa o dia enfiado nessa casa comendo prostituta e adulterando cocaína, mas eu não tenho todo o tempo do mundo. Facilite as coisas pra gente, e nós vamos facilitar um pouco as coisas pra você — Disse, observando o homem à sua frente. O sujeito de cabelos arrepiados e desbotados, com tatuagens no rosto, continuava choramingando amarrado em uma cadeira.

— E-eu juro que não sei onde a parada t-tá, cara... Eu vendi tudo! Eu j-juro! — Ele garantiu, um dos olhos inchados e arroxeados e a boca aberta com alguns dentes faltando. — Não atira em mim, por favor, eu juro que não sei de nada... E-eu tenho uma filha pequena, mano! N-não d-deixa a minha filha sem o pai...

— Jungkook-ah, quer fazer as honras? — Perguntou Yoongi.

Ao lado do irmão, Jungkook estalou os nós dos dedos. Um soco inglês reluzia na mão esquerda dele, o metal manchado de sangue. Kook avançou para cima do homem e o agarrou pela gola da camisa, descendo o punho de vez em sua bochecha esquerda; o choro sumiu para dar lugar a um urro de dor.

— PUTA MERDA! SEU FILHO DA PUTA, EU VOU TE MATAR QUANDO SAIR DAQUI! — Prometeu o cativo, cuspindo uma mistura nojenta de sangue e saliva no chão.

— Ui, hyung, ele disse que vai me matar! Gostei da piada — Jungkook riu com gosto ao ver o estrago feito no rosto do traficante.

— Você acha que tem moral pra fazer uma ameaça dessas depois do que aprontou com o senhor Choi? — Perguntou Yoongi, se aproximando do traficante e encostando o cano da arma em seu queixo, que foi puxado para cima, para o homem olhar dentro dos olhos pequenos e frios de Yoongi. — Adulterando coca com anestésico pra cavalo e achando que um cara experiente como o Sr. Choi não iria perceber... Burrice pra caralho da sua parte, hein? — Yoongi deu batidinhas na bochecha machucada dele com o cano do revólver, sorrindo quando o homem choramingou. — Se você tem uma filha mesmo, faça seu trabalho direito pra continuar sustentando a menina sem se meter em encrenca. Não vá dar uma de espertão pra cima de cachorro grande, seu merdinha. Se não andar na linha, na próxima eu vou aparecer aqui não pra conversar, mas pra já chegar te deixando todo furado de bala. Agora desembucha: cadê a cocaína pura?

Um momento de silêncio. O traficante balançou a cabeça para os lados, olhando Yoongi temeroso, mas o Min já estava sem paciência e não hesitou em apontar a arma para o chão. Puxou o gatilho na mesma hora, bem perto dos pés do homem.

— Fala de uma vez onde tá a cocaína ou a próxima vai ser no meio dessa sua cara de noiado, porra! — Yoongi direcionou o revólver para o meio das fuças do traficante, que se agitou todo na cadeira.

— Peraí! Peraí, mano, eu falo! — Respondeu arfante e de olhos esbugalhados. — Tá enterrado em uma caixa lá no quintal, perto do muro! É-é só cavar uns dois palmos... Do lado do pé de maconha.

Yoongi se deu por satisfeito e guardou o revólver no coldre preso embaixo da calça.

— Até que enfim, né? Nosso trabalho poderia ter acabado logo e você aí de chororô. Kook-ah, pode chamar os caras lá fora. Você e o Dawn pegam a caixa e o Jimin vê se tem mais alguma coisa de valor pra levar daqui... O Sr. Choi quer o pagamento com juros — Yongi abriu seu sorriso gengival e passou a língua pelo dente canino, apreciando a pura diversão que era ver o magrelo com cabelo de espantalho quase molhando as calças.