When we were Young - Romione

A distância, a felicidade e os impulsos decisivos

When we where Young- Cap 8 - A distância , a felicidade e os impulsos decisivos.

Ron podia sentir o coração surrando as costelas enquanto ele puxava o papel para ler. Seus olhos corriam de um lado a outro e ele precisou de ler uma segunda é uma terceira vez antes de se permitir olhar para Hermione e sorrir.

A melhor universidade de Nashville acabara de aceitá-lo como ingresso do curso de música.

- Eu consegui meu amor!- disse emocionado à Hermione, erguendo-a no ar e a beijando com paixão.

Ao se soltarem, também Hermione tinha lágrimas nos olhos. Ela deixou que suas mãos descansassem nas bochechas rosadas do namorado e o olhou com profunda admiração.

- É claro que conseguiu, querido. E eu não poderia estar mais orgulhosa do meu talentoso e esforçado namorado.

O ruivo corou ainda mais e limpou a garganta.

- Bem, começo em três meses, pelo que está na carta.

- E eu vou embora em três dias.- Hermione sussurrou, mais para si mesma que para Ron, mas foi o suficiente para que o ruivo ouvisse e a abraçasse apertado.

- Não é um adeus, Hermione. Estamos juntos agora.- ele a lembrou, deixando selinhos em toda a bochecha dela.- Eu vou trabalhar durante esses três meses, mas isso não significa que eu não possa separar alguns dias para pegar um avião até você e matar a saudade. É isso não significa que você não possa fazer o caminho inverso nos feriados e vir me ver. Nos amamos Hermione, vamos contornar as dificuldades juntos.

A morena sorriu, lutando contra as lágrimas.

- Sim, vamos. Ah, Ron, ver você correndo atrás de seus sonhos me deu um fôlego novo, uma energia... E ver você começando a realizá-los é um presente... estar do lado de alguém feliz é indescritível e saber que alguns dos seus próximos sonhos a serem realizados me incluem... simplesmente não tem preço.

- Hermione, meus planos sempre incluíram e sempre vão incluir você. Qual a graça de ser feliz e não ter quem se ama do lado para compartilhar essa felicidade?

Uma lágrima escorreu pela bochecha da morena, mas ele enxugou com as costas da mão.

- Eu te amo, Ronald.

- Eu te amo, Hermione.

...

Hermione estava há duas semanas em Boston e Ron já não aguentava mais de saudade. Embora tivesse passado essas duas semanas intensas entre brigas com Lilá, mudança para um apartamento que acabara de alugar e várias apresentações em cafeterias e bares da cidade, os dias pareciam se arrastar sem a companhia dela, e as noites eram frias e mal dormidas. As ligações em vídeo que faziam eram o melhor momento do dia. Então, quando percebeu que teria uma semana sem shows, não pensou duas vezes antes de dar carta branca ao advogado para resolver os aspectos do divórcio litigioso e correr para o aeroporto.

A caminho, a mãe o ligou.

- Oi, mãe, que saudade. - um sorriso apareceu no rosto do ruivo.

- Se tivesse com saudade teria me ligado. Você nem me contou ainda se já terminou de arrumar a mudança. - Molly dizia num tom levemente magoado.

O sorriso sumiu, e ele olhou para o próprio colo, culpado.

- Desculpe, mãezinha. Eu sei que devia ter ligado, mas essa situação com a Lilá está torrando minha paciência.

Ron ouviu Molly suspirar do outro lado da linha.

- Seu pai está furioso com a história do carro. Ele vai pessoalmente até Cambridge amanhã para tentar falar com ela.