A tomada de decisão

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Em poucas horas Ron parecia ter se impregnado em Hermione. A morena chegou em casa pensando a cada mísero segundo em como seu sorriso continuava o mesmo, e seu perfume permanecia em sua pele, embora não tivessem trocado mais que um aperto de mão. E na manhã seguinte, é claro, acordou já pensando nele, tendo em vista que sonhara com ele a noite toda.

Todas as lembranças adormecidas durante anos voltaram a pipocar sua mente de maneira incontrolável.

Sacudindo a cabeça, se forçou a levantar da cama e descer para tomar o café da manhã. O relógio já marcava 8 e meia da manhã o que significava que a Sra Granger certamente já havia tomado café e agora estava bordando na sala.

De fato, ao descer as escadas, ainda sonolenta, a mãe tinha o pano de prato e a agulha em mãos.

– Bom dia filha. Dormiu bem, pelo visto.– ela comentou, achando graça no estado do cabelo de Hermione.

– Bom dia.– respondeu com um bocejo.

– Já tomou café?

– Na verdade ainda não. Esperei você porque estava muito curiosa para saber quem teria mandado essa cesta pra você.

Só então a morena notou uma cesta de café da manhã sobre a mesa.

Hermione olhou a mãe, confusa.

– Chegou uns vinte minutos atrás. E parece que tem um cartão.

Sem dizer uma palavra, Hermione respirou fundo e abriu o cartão, trêmula. Já desconfiava de quem seria a gentil surpresa.

No interior do envelope, um pequeno bilhete. Assinado, mas nem precisava. A letra no bilhete não deixava dúvidas. Ronald Weasley havia mandado o café da manhã.

Mione,

Apenas uma maneira de agradecer você por me ouvir ontem a noite e colocar no meu rosto o maior sorriso em quinze anos.

Ah, e talvez você encontre algumas coisinhas especiais nessa cesta. Espero que goste.

Até breve( eu espero).

Hermione sentou, se sentindo com as pernas fracas. Ele queria reconquistá-la e não estava para brincadeiras.

– Mãe, sente-se então para tomar café comigo. Você não vai acreditar no que eu tenho para te contar.

A Sra Granger largou a torrada na mesa quando Hermione contou tudo que sabia sobre a volta de Ronald. Q

– Quinze anos, mãe. Quinze anos depois ele me encontra e me diz que nunca me esqueceu, que eu fui e ainda sou o grande amor da vida dele. Eu não sei o que fazer...

Para sua surpresa, a mãe sorriu.

– Filha, você é uma mulher livre, independente, solteira. Por mais que Comarco tenha te machucado, você pode e deve seguir em frente. É claro que ele te machucou ao terminar tudo e ir para o outro lado do mundo, mas o que você tem que se perguntar é: você ainda sente algo por ele? Gosta dele o suficiente para se deixar apaixonar por ele de novo?

Ela mordeu os lábios.

Não queria admitir para a mãe, mas Ronald também tinha sido o grande amor da sua vida e já não tinha mais mágoa. Ela havia o perdoado por partir, e no fundo tudo o que mais queria era recomeçar. Mas ela tinha medo... E se ele partisse de novo?

Distraidamente, ela mexeu na cesta.

Então, inesperadamente, ela começou a chorar.

– Merda Ronald! Você se lembra realmente de tudo... Olha isso mãe!– ela mostrou para a mãe um alfajor de doce de leite.

When we were Young - Romione Onde histórias criam vida. Descubra agora