O leitor lê

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Escrito por: scarisvancci

Notas iniciais:Oi, pessoal! Não tenho muito o que dizer aqui, só que o capítulo é um pouco maior que o último e que tem uns detalhes legais de se prestar atenção hihihi

No mais, espero que aproveitem a leitura!

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Começos.

São simplesmente detestáveis.

Quem dera pudéssemos começar tudo pelo fim e aí então irmos retrocedendo.

O protagonista conhece seu interesse amoroso, e as pessoas acreditam que o primeiro contato é crucial.

Oh, o que acontecerá? Vão ter uma péssima primeira impressão e vão passar as próximas duzentas páginas se odiando, em vez de se pegarem logo, como a tão óbvia tensão sexual durante a narrativa sugere?

Ou será que indubitavelmente serão tão obviamente atraídos um pelo outro, mas uma série de acontecimentos durante as próximas duzentas páginas os impedirão de ficarem juntos de uma vez, até chegar o terceiro ato, que magicamente os faz perceber o quão em sintonia estão seus corações e, num piscar de olhos, tudo vai se encaixar como um perfeito, no entanto monótono, arquitetado quebra-cabeça?

Sinceramente, eu sempre achei tudo isso um saco.

Romances são sempre tão óbvios que se tornam deprimentes.

Uau, quer dizer que os protagonistas, apesar de todos os outros personagens tentarem separá-los, mesmo assim ficaram juntos e, espera, disseram que se amam e vão se casar e ficar juntos para sempre?! Eu nunca poderia imaginar que o livro acabaria dessa forma!

Por favor, qual a graça?

Bom contador de histórias é aquele que não conta o que você já sabe.

Todo mundo sabe que o protagonista e o interesse amoroso vão ficar juntos, mas quantas vezes era suspeito que talvez as coisas não fossem bem assim?

, tudo bem, eles podem ficar juntos no final, mas será que vão ficar juntos para sempre? Ou, caramba, eu quase acreditei que não ia dar certo.

A dúvida é, de todos os elementos, o mais atraente.

Ou pelo menos seria, se não perdesse para a quebra de expectativa.

— Jimin, o porteiro mandou avisar que seu ex está lá embaixo. — Escutei a voz de minha irmã vinda da sala e levantei da cama, largando ali seu livro de romance água com açúcar que ela tinha insistido para eu ler, alegando que aquele me faria mudar de opinião.

— Qual? — Saí do quarto revirando os olhos, aceitando a caneca de cappuccino que ela estendeu em minha direção.

Devia estar vindo da cozinha quando ouviu o interfone tocar.

— Ele não disse, Minnie. — Ela riu, tomando um gole da própria caneca. — Deve ser o último, né?

— Nunca se sabe. — Dei de ombros, colocando a caneca no porta-copo sob a mesinha no centro da sala. — Você sabe, às vezes eles aparecem do nada. — Sentei no sofá, mas levantei no segundo seguinte quando o interfone ao lado da porta tocou outra vez.

— Nesse caso, torça para ser o último, irmãozinho. — Ela riu, sentando-se no sofá e despausando o filme que assistia, cobrindo-se com um lençol que havia deixado ali.

A tarde estava especialmente fria graças à temporada de chuva em que estávamos.

— Park Jimin — anunciei ao atender o interfone.

Barulho de Chuva, Cappuccinos e Finais Tristes | YoonminOnde histórias criam vida. Descubra agora