❛ 005. ╯

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"doing what I can, tryna be a man, and every time I kiss you, baby, I can hear the sound of breaking down..."

[...]


Suguru acordou e viu que seu celular estava entupido de mensagens de Satoru. não deu tempo de ele visualizar já que estava atrasado para o trabalho.

Suguru foi até o banheiro e suspirou. sua casa ficava tão vazia sem Satoru. ele que animava as manhãs e fazia Suguru da pelo menos um sorriso.

ele balançou a cabeça e fez suas necessidades. Suguru decidiu que ia usar o cabelo solto, mesmo que ainda não estivesse comprido, estava crescendo.

ele foi até a cozinha e não encontrou algo que o agradasse, ou então seu estômago estava rejeitando tudo pelo fato de que tudo nele só estava vivo quando Satoru estava por perto.

Suguru se arrumou e saiu sem comer, afinal, não ia ficar perdendo tempo tentando empurrar uma comida que não desceria.

ele entrou no seu local de trabalho e bocejou com preguiça. não queria pensar em quantas pessoas chatas teria que suportar hoje. de todos os dias, esse era o pior. Suguru não falava, não sorria, não expressava nada. todos falavam por trás dele que ele era um maconheiro deprimido. ele ouvia algumas vezes mas a sua vontade de debater era a mesma que sua vontade de viver.

zero.

[...]

o dia demorou bastante para passar. mas para sua felicidade, já estava na hora de ir embora daquele trabalho de merda. Suguru se levantou e juntou o pouco de dinheiro que tinha, olhando para o mesmo em suas mãos enquanto pensava em passar na loja de doces como sempre.

mas Satoru não estaria em sua casa esperando ele e os doces.

Suguru bufou e guardou o dinheiro em seu bolso, saindo dali com pressa. não valia a pena remoer aquilo agora, só traria mais tristeza para ele mesmo e acredite, era uma coisa que não faltava em Suguru.

Suguru saiu sem falar com os companheiros como todos os dias e ele fechou a porta atrás de si.

ele ouviu uma buzina, logo ele encarou o carro na sua frente e viu o vidro da janela descer, revelando Satoru.

- mas que porra. - Suguru sussurrou e andou até o carro. - desde quando quem tem 17 anos pode dirigir? -

- cala a boca, se ficar gritando isso, aí sim vai ser um problema. - Satoru olhou para Suguru de cima a baixo. - entra. -

Suguru deu a volta no carro e entrou, sentando do lado de Satoru.

- oi Satoru, eu estou morrendo de saudades. muuuuito obrigado por vim me buscar nesse inferno, talvez eu tivesse que te agradecer te levando na loja onde compro doces sempre, ou..ah! não, não é talvez, na verdade eu tenho que te levar lá! é isso aí! vamos lá! - Satoru disse e ligou o carro.

Suguru revirou os olhos e olhou para a janela do seu lado. ele amava tanto aquele garoto. - já chega, não é pra tanto. -

- então fala alguma dessas coisas que eu falei. - Satoru começou a dirigir bem devagar.

Suguru olhou para Satoru e bateu na mão dele. - anda rápido, vão parar a gente porque você tá dirigindo igual uma tartaruga. -

Satoru cantarolou alguma coisa fingindo não estar escutando Suguru.

o moreno bateu o pé algumas vezes e suspirou. - eu te levo na loja de doces. - Suguru se assustou com a arrancada que Satoru deu com o carro.

- bom garoto. -

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