❛ 007. ╯

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"you're like the sun, you wake me up, but you drain me out if I get too much..."

[...]

Suguru estava limpando o carro do seu namorado que estava infestado de formigas por conta do pirulito.

enquanto isso Satoru estava no celular, procurando alguma coisa que os dois pudessem fazer.

Suguru estava esfregando o carro para tirar o doce dali, mas as formigas estavam picando ele.

- porra. -

- o que foi? - Satoru perguntou.

- as formigas estão me picando. - Suguru bufou e se afastou do carro, sentando no chão.

Satoru se aproximou e se agachou atrás de Suguru, deslizando a mão até o peitoral do namorado. - quando conseguir limpar o carro, vou te recompensar, tá? -

Suguru balançou a cabeça. - como você é safado. -

Satoru gargalhou. - você acha? - ele se levantou.

Suguru não respondeu e voltou a limpar o carro.

depois de muito tempo o carro já estava limpo e Suguru foi tomar um banho. Satoru entrou no carro e ficou esperando Suguru.

ele viu que sua mãe estava ligando e bufou antes de atender.

- o que? -

- onde você está? não vai assinar a carta? -

Satoru suspirou. - ainda não, mãe. -

- por que não, Satoru? o que você está esperando? -

- olha, mãe, eu tô namorando o Suguru e quero ficar aqui com ele. -

- o que? filho, como você pôde começar a namorar, sabendo o que te espera? -

- mãe, por favor....eu...quero muito não brigar agora. -

- parabéns pela atitude. - ela desligou e Satoru suspirou.

ele encostou a cabeça no banco e viu Suguru chegar. ele entrou no carro e olhou para Satoru.

- o que aconteceu? -

- nada. - Satoru respondeu. - vamos na minha casa. - Suguru não entendeu muito bem mas assentiu.

Satoru dirigiu para fora da garagem de Suguru e começou a dirigir até sua casa.

[...]

os dois chegaram na casa de Satoru e Suguru fechou a porta do carro. a última vez que havia pisado ali foi quando ainda morava lá. ele se lembrava direitinho de como era a casa.

Satoru pegou na mão de Suguru e sorriu para ele. - vem, vamos. -

Suguru assentiu e seguiu o namorado.

Satoru abriu a casa e viu sua mãe lá. ele não olhou muito para ela e pediu para que Suguru entrasse.

- oi, tia. -

- Suguru! quanto tempo. você cresceu. - a mulher foi até ele para abraçá-lo.

Suguru a abraçou e logo se separaram. - tenho tantas coisas para te contar, Suguru. -

- bom, vamos então. - ele foi até a sala e se sentou no sofá. a mulher se sentou na frente dele e viu Satoru se sentar do lado de Suguru.

- ficou sabendo da proposta que o seu melhor amigo recebeu? - ela disse sorrindo.

Satoru fechou a cara na hora, por que sua mãe estava fazendo aquilo? ele olhou para Suguru e ele estava normal.

- hum, sim. achei bem interessante. mas esse tampinha aqui, não quer aceitar. - Suguru agarrou Satoru pelo ombro bagunçando seu cabelo.

- tampinha? - Satoru perguntou indignado.

- sim, ele está hesitando. mas tenho certeza que ele vai aceitar e você pode fazer essa cabecinha dura mudar de ideia. - ela sorriu.

Suguru assentiu.

Satoru levantou. - vamos pro quarto, amor. afinal, foi isso que eu vim fazer aqui. - Satoru disse puxando Suguru.

Suguru acenou para a mulher sem jeito e os dois foram para o quarto.

Satoru empurrou Suguru para o quarto e fechou a porta com força. - droga. -

- que malcriação é essa, Satoru? -

- porra! porra, eu tô muito puto. - Satoru se jogou na cama e afundou o rosto no travesseiro. - eu tô puto pra caralho. -

Suguru se agachou na frente da cama e acariciou o cabelo de Satoru. - ei...-

Satoru levantou a cabeça e olhou para Suguru com olhos tristes. - por favor, não fala nada. -

Suguru só assentiu e continuou acariciando o cabelo do namorado. - eu acho que ela tá certa, sabe. -

- eu disse para não falar nada. - Satoru repetiu voltando a afundar o rosto no travesseiro.

- Satoru, entende uma coisa. - Suguru se levantou e subiu em cima de Satoru, se deitando sobre o corpo abaixo de si e acariciando os fios macios. - isso é...uma oportunidade legal. sabe, eu não estou em uma faculdade e gostaria muito de estar, por isso não pode perder essa oportunidade. faça isso por mim. -

- não, isso é ridículo. - Satoru gritou contra o travesseiro e Suguru levantou sua cabeça para que ele não morresse sem ar. - Suguru, é sério. -

- eu tô falando sério também. -

Satoru se levantou fazendo com que Suguru caísse na cama e se sentou na frente do moreno.

- e eu estou falando muito mais sério do que você pensa que está falando. -

Suguru se sentou na cama e negou com a cabeça. - Satoru, é sério. o que você tem na cabeça? -

- droga, vocês não podem me obrigar a fazer algo que eu não quero! - Satoru se levantou e começou a andar de um lado para o outro.

- é claro que você quer isso, se não já teria rasgado a carta! - Suguru alterou a voz, vendo Satoru passar a mão no cabelo.

- que droga, Suguru. eu achei que você me entendesse. - ele disse triste e exausto. não queria mais falar daquilo.

- eu te entendo, Satoru. e por isso mesmo sei que você quer viajar. -

- EU NÃO QUERO, PORRA. - Satoru gritou com lágrimas descendo por suas bochechas. - eu não quero....por favor, para..- ele encostou as costas na parede e cobriu os olhos chorosos.

Suguru rapidamente levantou da cama e foi até ele, segurando sua cintura. - ei, me desculpa..- Suguru deixou um beijo no pescoço de Satoru e foi subindo até chegar nos lábios do namorado, tentando começar um beijo mas Satoru o afastou.

- eu... preciso ficar sozinho. -

Suguru arregalou os olhos e depois de um tempo soltou Satoru, saindo do quarto sem se despedir.

Satoru caiu no chão e começou a chorar. por que estava sendo tão difícil? ele só queria que deixassem ele escolher por vontade própria.

- Suguru, já vai embora? - a mulher viu Suguru descer as escadas com pressa.

- ah, sim. - Suguru olhou para a escada e suspirou. - acho que ele não quer falar comigo. -

a mulher o olhou triste. - vocês brigaram? -

Suguru olhou para ela e negou com a cabeça. - ele só tá com pressão demais. acho que tenho que deixar que ele se decida sozinho. -

Suguru se despediu e entrou no carro de Satoru. iria com ele até em casa e depois faria ele ir na sua casa para pegar o carro.

Suguru não dirigia tão bem quanto Satoru, mas dava para o gasto. ele via as ruas e as admirava.

Suguru estava com o coração apertado por causa da briga que teve com Satoru mais cedo, estava se perguntando se ele estava bem.

ele odiava brigar com Satoru. ele não deveria pensar em tantas coisas assim quando estava dentro de um carro onde a qualquer momento ele poderia decidir se morreria ou viveria.

- ai ai, Satoru. - Suguru suspirou e mordeu o lábio inferior.

seu namorado era mesmo como uma criança.

𝗦𝗢𝗙𝗧𝗖𝗢𝗥𝗘Onde histórias criam vida. Descubra agora