11. Algo novo

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Fluke acordou às 3 da manhã de acordo com o relógio na mesa de cabeceira. Ele sorriu para si mesmo quando colocou os olhos nas outras duas pessoas dormindo pacificamente ao seu lado: sua mãe e seu irmão. Eles tiveram uma longa conversa horas antes sobre seus medos e erros, compartilharam muitas de suas preocupações, mas agora ele finalmente estava se sentindo leve como uma pena. Ele era amado e os amava de volta na mesma intensidade. Ele beijou suas cabeças e voltou para seu quarto tentando fazer o mínimo de barulho possível.

Quando Fluke finalmente chegou ao seu quarto de infância e trancou a porta, ele foi presenteado com uma cena fofa e engraçada: Ohm – enorme como ele era – havia se encolhido para caber em sua pequena cama, mas estava dormindo como um bebê. Foi tão fofo que ele desejou poder tirar uma foto, mas não quis acordar o outro e rapidamente desistiu dessa ideia.

Andando com cautela para não fazer barulho, Fluke sentou-se ao lado de Ohm e notou que o pobre homem estava encharcado de suor. "Oh meu Deus, você está toda molhado, meu amor!", ele disse e correu até a janela para abri-la um pouco e deixar a brisa fria entrar. Em questão de segundos era possível sentir a temperatura do quarto mudando. Depois de fazer isso, ele voltou para a cama e deitou lá, arrumando as cobertas sobre eles e enganchando o braço em volta da cintura de Ohm.

Mal o menor sabia que o outro não estava realmente dormindo. Como poderia, quando estava tão preocupado com ele? Mas sentindo que as coisas provavelmente estavam melhores agora, Ohm decidiu seguir o fluxo até ver a oportunidade de provocar seu amado como costumava fazer.

"Amor, você está se aproveitando de mim?", Ohm sussurrou – não foi preciso mais do que isso para se fazer ouvir naquele pequeno espaço entre eles.

"Você gostaria muito, hein?", Fluke deu um leve tapinha no ombro forte e riu baixo.

Ohm estava se sentindo aliviado depois de ouvir aquele som mágico. A risada de Fluke era capaz de fazer seu coração inchar de amor e adoração. Ele deu um cheiro no pescoço macio, se aconchegando mais perto e apoiando a cabeça no ombro de Fluke. "Você falou com eles?"

Fluke assentiu, o que Ohm só pôde sentir por causa da posição que estava. "Sim. Nós conversamos. Eu vou aceitar essa bolsa. Eu estava sendo superprotetor, eu acho", ele suspirou forte. "A propósito, obrigado, amor…", Fluke beijou os sedosos fios de cabelo de Ohm.

"Hmmm…"

"O quê?", Fluke perguntou confuso.

"Tem um jeito melhor de você me agradecer, sabe?", Ohm brincou com ele, o clima leve de volta à conversa. Ele inclinou o queixo e com isso seus lábios pousaram exatamente na mandíbula afiada de Fluke. Ele deu um beijo ali.

"No meu quarto de infância?!", Fluke perguntou assustado quando a percepção o atingiu e ele meio que sentiu Ohm ficando excitado debaixo das cobertas.

"Por que não? Você já dormiu com Tee aqui também?", Ohm fez beicinho.

"Ohm!", Fluke deu-lhe outro tapinha, desta vez mais forte porque ele sabia que era uma provocação. Ambos os amantes começaram a rir, mas Ohm não deixaria o assunto mudar tão facilmente.

"Qual é o problema? Eu só quero saber!", ele deu de ombros.

"Eu… não, ok! Eu era apenas uma criança quando estávamos namorando!", Fluke revirou os olhos mesmo que Ohm não pudesse ver no escuro. No entanto, o mais alto certamente sabia que seu amante estava fazendo exatamente isso, uma sensação calorosa de familiaridade aquecendo seu coração. Ele adorava isso.

"Bom saber!", ele respondeu satisfeito.

"Ah, é?", agora foi a vez de Fluke provocar o outro.

"Mhmm! Agora eu posso ser seu primeiro aqui!", Ohm disse e Fluke podia jurar que podia ver os dentes perolados de Ohm brilhando enquanto seus lábios se esticavam em um enorme sorriso.

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