As coisas não são como parecem

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Narradora

Brasil

Já se passavam 2 dias do desaparecimento de Any, e dona Carmem não tinha notícias nenhuma, até que seu telefone toca.

Ligação on:

— Alô

— Dona Carmem, aqui é o Delegado Rodrigo, estou te ligando para pedir que compareça aqui na delegacia, temos notícias. - Dona Carmem fica apreensiva.

— O mds, eu estou indo agora mesmo, obrigada por ligar.

— Magina, te espero aqui.

Dona Carmem desliga a ligação, e pega sua bolsa, saindo de sua casa logo em seguida, ela vai dirigindo, e estaciona na frente da delegacia, saindo do veículo e adentrando. Ela olha para os lados, avista a secretaria, indo até o balcão.

— Oi, bom dia, estou aqui a pedido do policial Rodrigo, pode avisar que cheguei, por favor? - a moça a olha, pega o telefone, disca ligando para alguém.

— Rodrigo, espera- olha para dona Carmem - Como é seu nome senhora?

— Carmem, mãe da Any que está desaparecida. - a moça volta a atenção ao telefone.

— Carmem está aqui, ela disse que é mãe da Any que está desaparecida. Okay - coloca o telefone no gancho e olha novamente para dona Carmem - ele disse para você entrar - a moça levanta e acompanha Dona Carmem até uma sala. Ela bate e abre a porta, e da espaço para dona Carmem entrar.

— Dona Carmem, sente-se essa conversa vai ser longa - olha para a secretaria - Muito obrigada Sara, pode fechar a porta - e vira sua atenção a dona Carmem.

— Estou apreensiva já, você pode ir direto ao assunto? - dona Carmem coloca a bolsa no colo e o encara. Ele pigarreia.

— Então, rastreamos o celular dela, e no aplicativo mostrou que a corrida se encerrou nesse endereço - ele passa um papel para dona Carmem que olha assustada.

— Não tem como, eu te mostrei a localização, ela tava indo para outro lugar, ela não veio para minha casa - uma lágrima escorre no rosto de Dona Carmem.

— Eu sei, mas preciso que vc tente manter a calma, porque ainda tem muito mais para te mostrar - ele alisa a mão de Dona Carmem em forma de tranquiliza-lá. O que é em vão.

— Como que eu vou ficar calma, não sabendo onde está minha menina? É impossível Delegado Rodrigo - o choro se aperta. O delegado se levanta.

— Mas eu preciso que você saiba dessas informações - ele vai até um painel, e puxa, ligando o projetor e o mesmo dando imagem ao painel. Dona Carmem fica atenta a tudo sem falar nada - Então, continuando, como já tinha te falado, o Uber encerrou a corrida as 19:43 no endereço da sua casa, a localização foi enviada ao seu celular as 19:51. Conversamos com o Uber que fez a viagem dela, ele disse que a deixou bem, e que ela estava tranquila, não parecia ter nenhum problema. As 23:00 foi passado o cartão dela em um fast food próximo ao local que ela parou na localização enviada no seu celular, e agora vc vai ficar espantada. Foi comprado e dado checkin em uma viajem para a França, tentamos as câmeras de segurança, mas ainda estamos analisando. Porém tudo indica, que ela foi viajar, Dona Carmem. Ela não está desaparecida, pelo contrario, está ativa, como vemos pelos dados bancários e passaporte - Dona Carmem olha espantada, balançando a cabeça negativamente, se levantando.

— Impossível, não tem como seu Delegado, ela não deixaria o emprego assim, ela nem podia gastar, e ela tá longe de entrar de férias, não tem como. Ela não iria sem me avisar, a gente é muito amigas - o Delegado a olha com cara de pena - Não me olha assim, eu tenho certeza do que estou falando.

— E eu acredito na senhora, porém não é o que as provas nos mostram Dona Carmem. Ela está bem, e está na França agora, provavelmente estava estressada com alguma coisa, e resolveu sumir, sem avisar ninguém, resolveu desligar o celular. Eu não sei, porém, as provas mostram que provavelmente ela esteja bem, muito melhor que nós - Dona Carmem balança a cabeça negativamente, pega na maçaneta para sair mas antes olha para o delegado.

— Delegado, você está cometendo um erro, eu tenho certeza que ela está em perigo, espero que não seja tarde demais, eu mesma vou investigar por conta própria, muito obrigado por nada - e ela sai batendo a porta.

Para Dona Carmem aquela história estava muito estranha, não é possível que a sua filha tenha viajado e não ter avisado antes, ou pelo menos atender as ligações. Algo está errado nessa história e Dona Carmem não vai descansar até encontrar seu bebê!

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Enquanto isso nos Estados Unidos:

Melissa estava tendo um dia cheio de coisas dando errado, primeiro foi a garota que esperneou ao ser pega para ser levada, teve que dar o seu jeitinho para ela dormir, e no fim ela foi levada para o galpão. Depois um dos compradores a ligou querendo devolver uma mercadoria, e ela teve que recebê-la, e teve que fazer as meninas da cela dormir para poder colocar a moça de volta na cela.

— Coloquem ela na cela 4 - ela anda até a cela 2 onde Any está, a observa - Essa aqui não vai ficar muito tempo, vocês vão ver, logo acho um comprador - retorna para a cela 3 e observa que a Beatriz está com sangramento - Mike, venha até aqui - ele rapidamente chega perto - acho que a grávida ali vai ter o bebê, pegue ela, vamos levá-la para nosso hospital - Melissa abre a cela, e da passagem para Mike pegar Beatriz.

— O que você vai fazer com o bebê? Já que César está morto. - ele pega Beatriz no colo.

— Já temos um comprador, Mike - ela fala se direcionando a saída - Porque? Você quer o bebê? - Melissa o olha fixamente.

— Não, eu só estou preocupado, afinal, Beatriz já tem quase 2 anos com a gente aqui, você sabe como ela se tornou especial para César, e ele queria esse bebê - Mike da um pausa, olha para Beatriz adormecida, e olha para Melissa - Mas você é a chefe aqui - continua andando em direção a saída.

— Mike, você nem gostava de César, porque essa conversa sentimental agora? - ela parece tentar ler os pensamentos de César com o olhar, Mike a ignora e segue até a Van - Bom, Foda-se, eu não me importo.

Ele coloca Beatriz no banco de trás da Van, coloca o cinto na moça, e segue para o banco do motorista, com Melissa já no banco do carona, ele liga o carro e segue até o hospital. A viagem é longa. Depois de uma hora eles chegam no local. Mike pega Beatriz e ligeiramente entra no hospital, já encontrando um médico à espera de Beatriz.

— Joshua, quanto tempo querido - Melissa abraça o médico.

— Melissa!! O tempo passa, e você fica ainda mais linda. - O médico retribui o abraço.

— Você que é muito gentil querido - Melissa olha para Beatriz deitada na maca - Alguém vai dar a luz a um bebê de ouro hoje, querido Josh - Ela abre o sorriso e vira seu rosto para Josh.

— Você continua fazendo isso Melissa - Josh se aproxima de Beatriz, pega uma luva, e a examina. - Achei que tinha desistido dessas coisas. - Melissa arqueia a sobrancelha, se aproxima do médico, e passa a mão em seus braços.

— O querido, esse é meu trabalho - Colocando o dedo na boca de Josh ela continua - E é sempre bom reforçar que isso é um tanto perigoso, por isso é bom manter o silêncio - solta uma risada, Josh engole em seco - Bom, vou ficar na sala de espera, Mike acompanhe o parto - ela ordena saindo logo em seguida. Josh pigarreia e volta sua atenção a Beatriz e acena para uma enfermeira.

Vocês não esperavam por isso né?

Tem muita coisa para acontecer ainda

Comentem o que acharam!!

Beijos 😘

PrisioneiraOnde histórias criam vida. Descubra agora