Seja Bem Vinda a minha casa

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Josh Beauchamp Pov

Tô fazendo o que Melissa propôs mais cedo, que levasse uma das garotas comigo, para não me safar disso tão fácil. Não entendo porque Melissa ficou tão brava quando sai com essa moça do galpão. Parece que algo me conduziu a fazer o que fiz, e agora estou aqui procurando a moça fujona. Não julgo, ela deve estar apavorada. Porém preciso pegar ela e levar ela para longe, creio que pela reação de Melissa, ela já tinha um comprador, então Melissa não vai desistir tão fácil assim da moça.

Vejo ela pela frestra de uma pilastra, então paro o carro, desço e vou em direção a ela, que pelo jeito acredita muito que está bem escondida. Um sorriso aparece em meu rosto, por achar engraçado essa cena. Chego perto dela, e vejo que ela está de olhos fechados, ela os abre e se assusta comigo. Me aproximo, colocando-a contra parede. Esses olhos escuro sobre mim me desperta algo que nunca senti antes. Passo a mão em seus cabelos, e encaro os seus olhos negros, tão intenso. Me desperto desse transe e decido quebrar o silêncio.

— Você não pode ficar fugindo assim, mocinha - minha boca está tão próxima da dela, que sinto sua respiração em meu rosto - Estou só tentando te ajudar, então coopera - seus olhos dançam em meu rosto. Fascinante.

— Eu.. eu só quero ir para minha casa - o semblante dela é de muita tristeza, o que corta meu coração.

— Mas você nunca vai poder voltar para a sua casa - me afasto dela rapidamente, puxando na em direção ao carro. Escuto um soluço. Ela está chorando. Meu Deus. No que eu me meti?

Sento ela no banco do passageiro, passando o cinto e conectando, e vou para o lugar do motorista, dando partida e seguindo viagem. Vai ser uma longa viagem. O meu destino final é o México, e ainda estamos em Barstow na Califórnia.

A viagem segue tranquila, a estrada está propicia e sem trânsito, fazendo com que consiga acelerar o carro sem preocupação. Vez ou outra olho para ela, para me certificar que está bem. Ela sempre encarando a janela. Percebi que ela não dormiu mais. Sempre atenta a tudo. Me desperto dos meus devaneios com o telefone tocando, o nome na tela indica que é Melissa, decido não atender, não posso arriscar que ela descubra minha localização. Deixo tocar até que caia na caixa postal. Escuto um toque indicando que chegou uma msg. Mas ignoro também. Quero me concentrar na estrada.

Finalmente chegamos no México. Minha coluna já está dolorida, foram mais de 8 horas de viagem, a moça me acompanhou a viagem toda e não dormiu. Não demora muito e estamos próximo ao meu destino final. Minha casa. Passamos por umas vielas, até por fim chegar. Clico no botão para abrir o portão da garage, e adentro com o carro, fechando o portão automaticamente atrás de mim. Me certifico que está tudo ok, desligo o carro saindo logo em seguida, percebo que ela ainda está sentada no carona, paralisada, balanço a cabeça, e continuo meus passos. Pego as malas, e adentro colocando tudo na sala, e já consigo ver Rosa, minha funcionária, na cozinha, que vem correndo para me recepcionar.

— Josh, querido, quanto tempo, sentimos muito sua falta aqui - ela me dá uma abraço forte e aconchegante.

— Mas quem é vivo sempre aparece né Rosa - ela me solta, e da um sorriso largo.

— Por que veio dessa vez? Aconteceu alguma coisa - Rosa me conhecia muito bem para saber que eu não estava ali por acaso. Abaixo a cabeça e balanço a cabeça negativamente.

— Não quero falar sobre isso agora Rosa, me ajuda a tirar alguém ali do carro - sua cara de espanto ao me ouvir é notório, mas ainda assim ela me acompanha.

A moça que ainda não sei o nome ainda está estática dentro do carro olhando para a frente, e a nossa presença não muda sua postura, olho para Rosa que entende, assente e segue em direção à porta do carro, abrindo logo em seguida.

— Oii querida, tudo bem? Vamos entrar? - ela fala e gesticula com a mão pra mim sair, então eu obedeço e saio, indo colocar as malas lá pra cima.

Preciso comprar roupas para ela, então vou ter que sair hoje para isso. Coloco todas as malas aqui em cima, e então vou tomar um banho, eu tô precisando muito. Separo uma roupa, pego uma toalha limpa e entro no banheiro, ligo o chuveiro, e me enfio em baixo dele. Meus pensamentos voa e pousa naquela moça de cabelos cacheados, na sua pele morena, ela vindo até mim, colocando suas mãos macias em meu rosto e acariciando, me olhando nos olhos, sua boca se aproximando da minha, tão macia, tão cheirosa, e ... as batidas na porta me tira dos meus devaneios, desligo o chuveiro, coloco meu roupão, e vou apressado até a porta do quarto. Abro a porta e me deparo com Rosa olhando muito assustada para mim.

— Que foi Rosa? Você tá pálida - Rosa parece estar em choque e demora a falar, escuto sua respiração profundo e isso me preocupa.

— A moça, senhor, a moça, ela sumiu, eu não acho eu nenhum lugar, eu acho que ela fugiu - eu viro para ir até meu closet para me trocar rápido. Essa menina vai me matar ainda. - Desculpa senhor, eu só fui até a cozinha para pegar água para ela, e quando voltei ela não estava mais lá - escuto Rosa falar.

— Fica tranquila Rosa, ela deve estar assustada - suspiro - Ela foi sequestrada Rosa, por isso que ela está tendo essa atitude. - Rosa me olha ainda mais pálida e assustada. - Agora precisamos procurar ela e manter ela segura. - Rosa assente e sai do meu quarto fechando a porta logo em seguida.

Em segundos já estou vestido, e então desço as escadas para iniciar as buscas, mas percebo uma movimentação do lado de fora, e vou em direção. Chego perto vejo a mulher que até então tinha fugido e Rosa passando a mão em sua cabeça, respiro aliviado por ela estar aqui ainda. Acho que ia ser difícil mesmo ela sair daqui, só com o controle, e eu levei comigo pra cima.

Me aproximo dela, e vejo que Rosa se levanta e sai me olhando em advertência. Nunca a machucaria, só quero ajudar. Chego bem perto dela, percebo que ela se esquiva um pouco.

— Você está com fome? Não pode ficar tentando fugir assim mocinha, é perigoso - pisco o olho para ela, ela fica estática, não me responde, então me ajeito para me distanciar e não deixar-la mais assustada, só que meu corpo é traiçoeiro, tropeço em alguma coisa que me faz cair praticamente em cima dela, eu estou muito próximo do rosto lindo dessa moça. Que mulher linda!! Que mulher maravilhosa!! Perdição!! Minha boca se aproxima da dela como um ima. Eu estou ferrado!!

PrisioneiraOnde histórias criam vida. Descubra agora