Capítulo Dezenove

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Entramos no quarto preparado para me acomodar, me sentei na cama com Davina.

— Querida diga-me porque está triste? Até agora não vi nenhum sorriso verdadeiro em sua face. — minha irmã me conhece tão bem ou realmente não estou conseguindo fingir que estou bem.

— Davina você não sabe o que aconteceu, fui enganada, nunca pensei que isso aconteceria comigo. — respondi baixinho.

— Conte-me, claro, não quero pressionar você, só fale se quiser.

— Contarei, só preciso de um minuto, as lembranças são dolorosas. Você sabe que eu me encontrava com Hank escondido, ele era tão perfeito. — suspirei profundamente. — Combinamos que depois que eu voltasse do seu casamento, nós íamos ficar juntos, eu disse há ele que iria me entregar, pensei que depois ele iria pedir minha mão em matrimônio. Quando eu voltei a gente se encontrou.

As lágrimas que eu prometi que nunca mais iria deixar cair voltaram.

— Você se deitou com ele? — perguntou Davina suavemente.

— Sim, ele arrumou sua cabana, estava tudo tão lindo. — sussurrei. — Me entreguei a ele, depois que ele alcançou seu prazer Hank saiu de perto de mim, somente jogou uma toalha em minha direção e falou que me limpasse, ele mudou completamente. Davina ele disse que só ficou comigo porque lhe ofereceram libras para ele poder ir embora, era tudo uma ilusão, Hank nunca teve a intenção de se casar comigo, ele disse que só receberia as libras se tirasse minha inocência.

— Oh! Não acredito que ele pode ter feito algo assim com você. — os olhos dela se encheram de lágrimas. — Sinto muito não estar lá com você, para lhe dar conforto.

— Mas eu estou aqui agora.

Davina me puxou, deitei em seu colo enquanto ela acariciava meus cabelos, como senti saudades dela. Preferi deixar de fora a parte que Chrissie estava envolvida nessa história, ela não precisa mais uma pessoa odiando ela.

— Bom, agora conte-me tudo sobre você, como tem vivido aqui? Não pensa que também não percebi seu olhar triste. — falei para Davina.

— Nem sei por onde começo.

Passar a tarde toda e uma parte da noite com Davina e James foi ótimo, conversamos sobre tudo, rimos muito, foi ótimo, mas fiquei chateada por saber que Davina me enviou uma carta e ela nunca chegou em minhas mãos. Agora estou sozinha, meus irmãos foram para seus quartos, tentei dormir, porem não consigo.

Levantei, coloquei meu calçado, abri a porta do quarto devagar para que ninguém ouvisse, desci as escadas lentamente, sai porta afora, o silêncio da noite era bem-vindo, comecei a caminhar só parei quando cheguei no lago, minha vontade era de entrar na água como da última vez, mas penso que é melhor não, somente irei ficar sentada aqui.

— Não irá entrar no lago dessa vez? — me assustei, nem precisei virar para saber de quem é aquela voz.

— Dessa vez não, mas fique a vontade para usufruir.

— Acho melhor não, você ficaria constrangida.

— Tudo bem. — falei somente.

— Posso me juntar há você? — perguntou Cam.

— Pode, mas não sente tão perto por favor.

— Tudo bem. — ele se sentou perto de mais, para o meu gosto.

— Está muito quieta, o que aconteceu? — perguntou ele.

— Nada, não aconteceu nada. — respondi. — Só não estou com vontade de conversar.

— Caeden pareceu bem animado por saber que estava aqui.— Cam continuou falando, ele que não gosta de conversar hoje está falante

— Ele é um bom menino, amanhã falo com ele

— Certo.

Antes que ele pudesse falar algo mais, me levantei para voltar ao meu quarto, nem devia ter vindo aqui.

— Vou entrar agora, boa noite!
Virei-me ia começar a caminhar quando senti Cam segurar meu braço.

— O que aconteceu com você? Está diferente?

— Talvez eu só não queria ficar aqui conversando com você.

— Talvez seja isso, ou tenha algum outro motivo. — ele estava perto de mais, conseguia sentir sua respiração em meu rosto. — Conte-me porque há tristeza nesses lindos olhos?

Travei minha respiração, parece que todos perceberam que não estou bem, realmente pensei conseguir esconder, que tola.

— Não aconteceu nada. — sussurrei. — Poderia me soltar agora por favor.

Meu corpo começou a esquentar com o olhar intenso de Cam, ele praticamente colou seu corpo no meu, uma de suas mãos tocaram meu rosto, a carícia foi tão leve, meu corpo arrepiou, minha respiração acelerou quando sua outra mão foi para minha cintura.

— Acredito que vou beijá-la. — sussurrou ele.

— Não é uma boa ideia.

— Sei que não, mas eu quero mesmo assim.

Antes que pudesse responder seus lábios estavam sobre os meus. Eu fiquei tão enfeitiçada pelo seu beijo, só voltei a mim quando o rosto de Hank veio na minha mente, meu corpo congelou.

— O que ouve? Porque está assim? — Cam parecia preocupado.

— Por favor nunca mais faça isso, nunca mais se aproxime de mim.

Sai correndo antes de ouvir sua resposta, não acredito que deixei Cam me beijar, será que o que aconteceu não foi um exemplo bom o suficiente para saber que não devo confiar em um homem novamente.






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