— Não gosto quando fica em silêncio. — digo para Davina, odeio ver minha irmã tão triste e não pode fazer nada para ajudar, a não ser ficar em silêncio ao seu lado. — Sabe deveríamos ter fugido quando eu sugeri.
— Concordo com você, devíamos mesmo ter fugido, agora é tarde de mais.
— Não quero voltar para casa Davina, não quero ter que olhar para Hank nunca mais. — mesmo que eu não o tenho visto antes de vim. — Não quero voltar a viver naquele lugar, só de pensar que acabarei cruzando meu caminho com Hank, isso é se ele ainda viver lá, e tem nosso pai querendo me arrumar um casamento.
— Viva aqui comigo então. — disse Davina. — Vou precisar de toda ajuda quando meu filho nascer.
— Está querendo que eu fique aqui para ser sua cuidadora?
— Não é por isso, eu nunca deixaria meu filho sobre seus cuidados sem querer ofender claro.
Há encarei me fazendo de ofendida, mas isso não durou muito por começar a gargalhar.
Infelizmente hoje James irá embora, sentirei tanto sua falta, fiquei ali parada vendo ele montar em seu cavalo para partir, Davina o fez prometer nós nos escrever sempre.
— Não esquecerei, também sentirei saudade de vocês duas.
Como Archie não se opôs da minha decisão de viver por aqui, James acabou concordando também, ele disse que fará com que alguém traga minhas coisas em breve.
— Cuide bem de Davina e do meu girassol. — James olhava diretamente para o laird.
— Tem minha palavra.
Ficamos ali vendo James se afastar cada vez mais de nós, quando já estava ficando distante ele se virou no cavalo e gritou.
— Lembre-se você merece toda felicidade do mundo lótus beag.
Davina sorriu, me juntei a ela, sim, merece mesmo toda felicidade, ela tem passado por tantas coisas e tudo que realmente precisa é de paz.
— Bom, irei para meu quarto descansar. — Davina parecia realmente cansada. — Se precisar de algo me chame tá bom.
— Claro, agora vá se deitar. — respondi sorrindo.
Sem nada para fazer fui caminhar mais um pouco, fiquei andando até chegar perto de um grupo de crianças, havia quatro meninos e no meio deles está Caeden, o garoto parecia estar prestes a chorar, me escondi atrás de uma árvore para ouvir melhor a conversa.
— Minha mãe disse que seu pai mente para você, sua mãe não está morta ela só foi embora porque não quis você. — falou a criança maior.
— Isso é mentira, meu pai nunca iria esconder isso. — Caeden estava com voz de choro.
— Então pergunte novamente para seu pai o que aconteceu com sua mãe, ele vai falar que ela só foi embora porque não quis olhar sua cara feia.
As crianças de afastaram deixando Caeden sozinho, me aproximei devagar, ele logo notou minha presença.
— Não deveria estar aqui. — o menino disse limpando os olhos.
— Somente vim caminhar e acabei aqui.
— Então já pode ir.
— Você quer me acompanhar? — perguntei.
— Não.
Curto e grosso igual ao pai.
— Tudo bem então! Eu já estava voltando para o castelo, na verdade, eu quero ir para a cozinha ver se Donna preparou algo gostoso.
— É claro que ela preparou algo gostoso, ela cozinha muito bem.
— Eu também posso cozinhar muito bem, sabia disso, eu sei cozinhar — falei.
— Não pode não, e você não parece saber fazer nada. — respondeu Caeden de braços cruzados.
— Tudo bem não posso mesmo, e está enganado eu sei fazer alguns pães, aprendi com Sarah a cozinheira do meu clã.
— Você pode saber fazer, mas devem ser horríveis — esse menino era abusado de mais.
— Se você vier comigo eu faço um para você provar, o que acha? Pode me ajudar também se quiser.
— Eu ajudar você? — respondeu com uma careta. — Eu vou até à cozinha com você, mas não vou ajudá-la isso é coisa de mulher, terá que se virar sozinha, se seu pão for ruim eu contatei para todos que você não sabe fazer nada.
— Feito, mas se você gostar você me ajudará a fazer outros pães.
Estávamos na cozinha, Donna se sentou em um banco com Caeden, os dois ficaram me observando em total silêncio preparar o pão, após pronto cortei e coloquei um pedaço em cada prato deles.
— Ai está, podem provar.
Fiquei vendo eles mastigando, comecei a sorrir quando ia olhos do garoto se arregalaram.
— E então o que me diz? — sorri ainda mais quando ele pegou outro pedaço.
— Você sabe mesmo fazer, está ótimo, não está melhor que da vovó Donna, mas é bom.
— Isso quer dizer que eu venci a aposta.
— Que aposta?
Nós três pulamos de susto quando ouvimos a voz de Cam na porta.
— Papai prove isso. — Caeden levou um pedaço do pão. — É ótimo.
— Logico que é bom, Donna tem uma ótima mão.
— Obrigado meu rapaz, porém esse não fui quem fiz. — respondeu à velha.
Cam direcionou seu olhar para mim, senti meu rosto ficar quente isso sempre acontecia quando ele estava por perto.
— Meus parabéns, está muito bom. — disse ainda me encarando.
— Obrigado. — Desviei o olhar constrangida.
— Está na hora de irmos Caeden. — Até mais vovó Donna. — falou o garoto. — Até mais Selena, isso é, você ficará conosco ainda?
— Sim, na verdade, não irei embora tão cedo. — falei sorrindo.
— Ótimo, então até amanhã sùilean soilleir.
— Como? — serio que ele estava me chamando assim.
— Olhos brilhantes, ouvi papai dizendo algumas noites e pensei agora que seus olhos coloridos são brilhantes.
Meu corpo ficou tenso, olhei para Cam e ele não estava diferente.
— Vamos Caeden.
Cam praticamente arrastou o menino porta há fora, sai do transe quando ouvi Donna limpando a garganta.
— Ele é um bom rapaz.
— Caeden é um amor.
— Eu não estava falando de Caeden, querida. Já reparei alguns olhares entre vocês, e gosto disso, só tenha paciência com ele.
Novamente meu rosto começou a esquentar pela vergonha, sai da cozinha e fui para o quarto, me joguei na cama, fiquei pensando nas palavras de Caeden, será ser em mim que Cam pensava quando dizia olhos brilhantes.
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Um novo amor para o MacGyver/ Irmãos MacGyver II
RomancePodem dois corações feridos tragicamente se apaixonarem novamente? Selena Macbeth sempre foi considerada estranha por causa de seus olhos, nem mesmo seus pais gostam dela. Selena viu em Hank seu porto seguro, ele lhe fazia juras de amor mas tudo is...