"Muito prazer, me chamo Zee Pruk"

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O alarme tocou como em todas as manhãs, e como em todas as manhãs o corpo de Nunew era aquecido e pressionado pelo garoto a suas costas — Você não tem cama não garoto – o pequeno omega só respira fundo, não devia mas já estava acostumado com a situação — Tenho, mas a sua cama é mais gostosa – Nat ainda abraçava seu corpo, chegando ainda mais perto — Pela deusa Natt, tira esse troço dai – com as bochechas coradas ele se afasta do amigo que pelo jeito tinha uma ereção matinal naquele momento — Hoii, como é todo inocente meu NuNu – o beta ajeitava o membro escondido pelo tecido, de forma descarada na frente do garoto, que cora ainda mais e vira o rosto — Ta ta vou tomar banho – passando por cima do corpo de Nunew, ele para apenas por alguns segundo roubando um selinho do garoto antes de sair de vez da cama   — Eii isso é assédio – resmungava o jovem omega tapando os lábios — Me processe, mas garanto, assim que o juiz vise essa sua carinha inocente de bochechas rosadas, eu seria absolvido, você é irresistível — Nat começava a se aproximar novamente do garoto, até um travesseiro interromper seu caminho — Vai tomar banho de uma vez ! Cara de pau – Nunew não podia negar que o amigo mexia consigo quando dizia coisa como aquelas, sorrindo o beta começa a se balançar e rebolar ao som da musica que cantava enquanto ia ate o banheiro            — Cara de pau, eta amor, cara de pau. Sem vergonha e sem juízo, você quer e eu preciso desse amor cara de pau – ainda que já estivesse dentro do banheiro sua voz ainda podia ser ouvida, despertando risadas no mais novo, que se deita novamente na cama, se abafando nas cobertas e agarrando o travesseiro que ainda tinha o calor do beta — Só mais cinco minutinhos ...


Os corredores da universidade estavam cheios, alunos com seus afazeres, professores com seus compromissos, e alguns desocupados também, mas dentro daquela pequena sala, o mundo lá fora não existia, as mãos que passeavam pelas teclas do piano acompanhavam a doce voz que cantarolava baixinho a melodia ainda sendo escrita, se vozes tivessem cores, a sala agora estaria tomada por um tom claro de laranja, tão vivo e cálido quanto o próprio omega, a voz angelical ecoa pelo local em perfeita harmonia com as notas do piano, a última nota é tocada e um pequeno falsete foge dos lábios do menor — Isso foi lindo – a voz que apareceu ali de surpresa, lhe faz esbarrar nas teclas causando um estrondo no lugar, as bochechas coradas do omega despertam um sorriso no rosto do mais velho — Me perdoe não foi minha intenção lhe assustar – Zee se aproxima lentamente do menor — Estava por aqui separando alguns documentos e quando ouvi sua voz não resisti em ouvi-la um pouco mais – as bochechas normalmente rosadas de Nunew adquirem um tom mais intenso diante da frase do homem, o mesmo homem que ele havia visto no dia anterior na saída do refeitório, mas quem seria aquele homem ? Seus olhos pareciam entregar sua dúvida, já que com uma pequena risada ele responde a pergunta não feita — Me desculpe, devo me apresentar primeiro. Muito prazer, me chamo Zee Pruk, sou o novo diretor da universidade.

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— Nunu...Nu...NUNEW !!! – Panly lhe chamava estalando os dedos a frente de seu rosto — Essa cabecinha de cabelos castanhos ta onde ? To te chamando a vários minutos – a alfa lhe encara com olhos preocupados — Oh me desculpe Pan eu só me distrai – sorrindo a fim de tranquilizar a amiga ele voltar sua mente a conversa dos demais na mesa, ou pelo menos é o que ele pretendia, mas seus pensamentos insistiam em voltar ao encontro com aquele homem...


Se curvando em respeito o garoto fica ainda mais nervoso pelo poder do posto do mais velho 

— Me... Me desculpe a sala estava vazia e eu... eu só

— Não há pelo que se desculpar, a sala está a disposição dos alunos – Nunew encara o homem piscando os olhinhos de jabuticaba, arrancando mais um sorriso de Zee — Sei que não era assim antes, mas a partir de agora, a escola está aqui pra servir os alunos e não o contrárioo pequeno omega não podia sentir feromônios, mas o homem diante de si era obviamente um alfa, que cheiro ele deveria ter ? Olhando assim de perto Nu imaginava um cheiro forte, algo como madeira ou uma fruta cítrica. Suas comparações eram baseadas apenas por conhecimento teórico sobre cheiros, o que era muito confuso ao garoto, por que na verdade cheiros não podem ser entendidos, foram feitos pra serem sentidos — Será que minha declaração foi profunda de mais ? – a voz do diretor puxa Nu daquele vaco de pensamentos onde ele geralmente cai — Oh não me perdoe eu, eu me deixei levar por um segundo – corando ainda mais Nu fecha a tampa do piano — Não me importo, a visão aqui é realmente linda – o choque daquelas palavras fez com que o ômega assumisse a postura atrapalhada de sempre, e prendesse o dedo entre a madeira e as teclas, o gritinho dado por ele, fez com que o alfa corresse em sua direção — Pela Deusa você esta bem ? – o dedo liberto agora era direcionado a altura dos olhos do alfa e assoprado pelo mesmo, como se estivesse lidando com uma criança.

Nunew pensou que pudesse ter batido a cabeça sem perceber, pois por alguns segundos ele poderia jurar ter sentido uma ardência no nariz e ao redor do alfa ter visto pequenas manchas verdes voando ao seu redor, os olhos que agora se encontram parecem criar uma espécie de choque entre eles, que se afastam rapidamente — Diretor Pruk, o senhor esta aqui ? – a voz que chama pelo mais velho dos fundos da sala assusta o pequeno omega que junta a mochila do chão tentando esconder as bochechas que pegam fogo naquele momento — O...Obrigado – envergonhado mais ainda respeitoso ele se curva ao alfa e logo corre pra fora da sala


— ~Aish ~ você é tão bobo Chawarin – resmungando consigo mesmo, ele não percebeu ter falado em voz alta, mas agora que todos os olhos naquela mesa estavam vidrados sob ele, a percepção de seu erro veio a tona — Disso eu já sabia – delicado como nunca foi Nat é o que começa a falar — Mas agora pode desembuchar, o que essa cabeça pensativa de bochechas redondas e que estão coradas andou aprontando ? – todos os amigos na mesa, apoiam os cotovelos sobre o tampo de madeira, logo apoiando o queixo nas mãos e encarando o garoto, todos de uma vez — Então meu ursinho, qual foi a vergonha alheia de hoje ?? 

Sentidos do Coração  /  ZeeNunew / OmegaversoOnde histórias criam vida. Descubra agora