" não precisa agradecer "

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🚫 Alerta de cabaré 👀🚫


Ele sabia que não ia se livrar daquela situação, seus amigos esperavam atentos pelos detalhes sobre o encontro que o deixou tão mexido, mas ele não podia falar, na verdade não sabia o que falar, já que nada aconteceu de fato, senhor Pruk apenas foi simpático, seu coração é que por algum motivo ficava descompassado na presença do homem. Nunew sabia que não se livraria do inquérito de seus amigos, mas não estava pronto naquele momento, então jogando sua cartada mais forte, aqui estavam eles... Uma noite de bebidas, a única coisa que poderia distrair aquele bando de curiosos, é até o momento estava funcionando, o grande estofado em formato de L, estava cheio, Nat ao seu lado, Pansy ao lado dele, e seguindo o comprimento do sofá Tutor e Yim. O lugar era um bar karaoke, não foi a primeira opção de Nunew, mas foi unanimidade entre os amigo, por que ? Exatamente pelo que eles aprontaram a seguir — Boa noite gente linda !! – a linda gerente do bar, cumprimenta a todos do alto do palco — Hoje temos uma temática diferente em nosso bar, vamos esquentar a noite com uma pequena competição, o microfone estará aberto, porém... apenas músicas românticas serão permitidas hoje – a temática parece ter agradado os clientes que aplaudem e dão pequenos gritinhos de empolgação — Mas não é apenas isso, o vencedor ganhará um jantar romântico em um hotel 5 estrelas, com direto a uma noite na cobertura – os gritos ficaram mais altos e uma salva de palmas ecoou pelo espaço — Então seria o momento perfeito pra uma confissão não – diz ela brincando com um casal na fileira de cadeiras bem a frente — E então quem será nossa primeira vítima, digo, nosso primeiro participante – o sorriso largo da garota era empolgado, mas não tanto quanto aqueles dos integrantes sua mesa — Aqui...ele aqui, ele já ganhou – o garoto já um pouco embriagado gritava chamando a atenção de todos e tornando as bochechas de Nunew completamente vermelhas, pelo olhar de todos ali, o pequeno omega não teve escolha senão subir ao palco 

— Eu vou te matar

— Se for de prazer eu quero – sorria descarado Natasit, enquanto dava um tapinha de incentivo na bunda do amigo, que se afastou rapidamente, indeciso se batia ou beija o outro. Subindo no palco e ganhando um microfone, Nunew respira fundo procurando em sua mente que música se encaixa no tema da noite, e logo sorrindo a resposta veio já melodicamente até sua memória

A voz do garoto ecoa pelo espaço, prendendo a atenção de todos com sua doçura, a melodia combinada com o tom angelical da voz de Nunew chegou a emocionar algumas pessoas ali, outras o encaravam de lábios abertos, chocados com seu talento, mas o olhar que lhe causou um frio na barriga, foi o daquela pessoa mais ao fundo do salão. O homem parado em pé com o terno bordo pendurado nos braços e as mãos no bolso, tinha os olhos fixos sobre o palco, Nunew piscou algumas vezes ao perceber quem estava ali, os olhos de Pruk pareciam ainda mais escuros aquela distância, por sorte Nu já tinha terminado a música com um lindo e delicado falsete, pois após o contato com os olhos de Zee sua boca ficou seca e as palavras trancadas na garganta. Descendo do palco sendo ovacionado por todos, ele volta até sua mesa com as bochechas completamente coradas. Seus amigos faziam drama como se estivessem chorando, e lhe enviavam beijos voadores, mas seu fã número um não estava ali pra lhe receber — Onde esta Nat ? – o ômega queria procurar pelo amigo ao redor do salão, mas seu medo de encontrar novamente os olhos do diretor lhe contiveram — Acho que foi ao banheiro – diz Panly já acenando e oferecendo um brinde a um delicado omega na mesa ao lado.

— Ai ai, que alívio – o jovem beta, alisa a barriga após sair da cabine do mictório, indo em direção as pias, ele mergulha as mãos embaixo da água gelada em comparação com o corpo quente graças a bebida, as mãos úmidas são "secas" nos cabelos aproveitado pra colocar as mechas castanhas no lugar — Gosto assim, fica melhor de ver seu lindo rosto – a voz que soa a suas costa lhe pega de surpresa ,mas ele apenas encarou o homem através do espelho — Hum, tanto faz sou lindo de qualquer jeito – sorrindo convencido ele seca as mãos agora de verdade na tolha de papel, antes de se dirigir até a porta do banheiro, mas seu caminho é interrompido pelo homem, que segura seu braço prensando seu corpo na parede — Tenho que dizer que concordo – o homem prensa o corpo contra o de Nat, e sem aviso prévio lhe beija, tocando sua cintura, a sabor era amargo, Whisky ou Martini talvez, Nat se mantem parado por alguns segundo e então empurra o homem — Se queira me beijar devia pedir minha permissão não !?– ele sorri de lado pro estranho, que devolve o sorriso já invadindo sua roupa com as mãos geladas — Posso te beijar? – a boca volta a se aproximar da sua, mas é impedida pela mão do beta — Não – o garoto sorri ainda mais animado já empurrando o desconhecido e caminhando pra fora do banheiro, mas mais uma vez é impedido, seu corpo é puxado novamente contra parede, mas dessa vez com força, fazendo sua cabeça bater contra o azulejo, um resmungo de dor foge de seus lábios — Qual é, vai se fazer de difícil agora, relaxa vai ser gostoso – a boca do homem já corria por seu pescoço causando um arrepio nada agradável em Nat — Não obrigado, não estou interessado, me deixa sair – ele tenta empurrar o cara novamente, mas ele era forte, suas mãos seguram firme os pulsos do beta pra baixo, seu tronco é pressionado pelos músculos do outro — Você... é beta ? – os olhos que lhe encaram agora, transmitem fúria — Que merda, não acredito que desperdicei feromônios com você – o aperto em seus pulso ficam mais forte, iniciando um pouco de pânico no garoto — Não tenho que ficar gritando por ai meu subgênero – ele já sentia uma raiva se misturar ao medo, a coisa que Nat mais detestava era a exigência dessa sociedade podre, de rotular e exigir explicitude sob suas preferencias e identidade. 

Sentidos do Coração  /  ZeeNunew / OmegaversoOnde histórias criam vida. Descubra agora