Capítulo 1: Criaturas

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Quanto mais eu ne aproximava daquela luz, mais eu sentia minha consciência se esvair.

Não sei quanto tempo fiquei inconsistente mas, quando acordei senti imediatamente a mudança de ambiente.

Estava frio, muito frio.

Tentei abrir meus olhos mas a luz estava tão forte que não consegui fazê-lo.

Permanecendo de olhos fechados tentei usar meus outros sentidos para descobrir o que havia ao meu redor.

Um som de fogueira vinha da minha esquerda junto de vozes conversando de forma animada, apesar de eu não conseguir entender o que falavam.

Que língua estranha era aquela?

Em algum lugar atrás de mim eu ouvia uma respiração pesada, como de um grande animal. Mais a direita desse grande animal eu ouvia grunhidos e baixos rugidos, que assimilei a outra grande criatura.

Eu tinha de sair de lá, antes que uma dessas criaturas me confundir com sua próxima refeição.

Tentei me levantar mas, foi só então que senti que tinha algo de errado com o meu corpo.

Eu estava menor e muito mais fraca mas, ainda assim, ainda assim tinha mais.

A primeira grande diferença que senti foi em minha cabeça. Minhas orelhas não estavam onde deveriam estar, estavam no topo da minha cabeça.
E eu conseguia mover elas da forma que eu quisesse.

Logo em seguida notei que algo em minhas costas e cintura também se movimentavam de acordo com minha vontade.

Nas costas era um par, que eu podia esticar e retrair da forma que eu quisesse, e o formato delas senti ser algo parecido com asas, ou algo assim.

Já na cintura eu conseguia mover algo longo e fino, no qual no vim tinha duas partes que eu poderia aproximar ou afastar uma das outras como eu quisesse.

E por fim o que eu mais demorei a notar foram minhas mãos e pés, quando tentei me levantar novamente. Eu não possuía mais dedos, meus braços e pernas estavam mais grossos e pareciam ter o mesmo tamanho.

"Agora eu sou alguém criatura quadrúpede estranha. Que loucura." Pensei e só depois desse pensamento eu notei.

Estava muito quieto ali. Não havia mais grunhidos das criaturas, os únicos sons eram as vozes que falavam uma linguagem estranha e o vento frio passando.

Haviam eles ido embora? Não eu tinha certeza de que não era esse o caso. Eu de alguma forma sabia que eles ainda estavam ali e que agora me observavam atentamente.

Eu havia cometido um erro novamente. Eu estava tão imersa em descobrir o que eu era que não notei que minha movimentação atrairá a atenção das criaturas.

Derrepente eu ouvi, uma voz que falava na mesma velocidade dos grunhidos de uma das criaturas.

Logo em seguida vieram vários vozes acompanhadas de grunhidos e rugidos e então eu reparei.  Eu não estava perto de duas criaturas mas sim no meio de pelo menos seis criaturas.

E o pior eu conseguia entender parte do que diziam.

Dragões Foram Feitos Para O CéuOnde histórias criam vida. Descubra agora