Capítulo 4: O Rugido

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Sinto a respiração daquele humano em minhas escamas, ele sussura algo próximo ao meu ouvido.

Mas de nada adiantava o que quer que ele quisesse dizer, eu não conseguiria entender de qualquer forma.

Ele para de pisar em minha asa, me trazendo um alívio momentâneo. Mas, logo em seguida, ele agarra de maneira bruta a parte de trás do meu pescoço.

Me debato, tentando me soltar mas isso resultou nele apertado meu pescoço com o dobro de força.

Inconsistente grito, mas não um grito comum, um som como o de um Night Terror rugindo, mas de forma mais fraca, carregando minhas emoções.

[Imagine o som de um Night Terror rugindo]



{Um chamado}

Era aquilo que aquele grito era, um chamado, um grito suplicando a ajuda daqueles de minha espécie.

Eu não esperava nenhuma resposta, afinal minha espécie estava praticamente extinta. Foi apenas meus novos instintos de dragão que falaram mais alto.

Mas, para minha surpresa eu recebi uma resposta, ou melhor um rugido. Seu rugido se assemelhava ao de um furia da noite, e eu conseguia ouvi-lo se debater contra correntes e grades para tentar chegar até mim.

[Imagine o som do rugido como o do número 2]

Logo em seguida o humano me jogou com brutalidade no chão, pisando nas minhas costas, assim me impedindo de fugir.


Ele voltou a gritar comigo. Mas fiquei surpresa por agora conseguir entender o que ele dizia.

-Faça-o parar.

Por causa do choque não me movi, surpresa por sentir que aquela voz era familiar.

-FAÇA A MERDA DESSE FURIA DA NOITE PARAR DE TENTAR FUGIR PARA TE RESGATAR.

Ele gritou. Abaixei minhas orelhas e instintivamente soltei outro grito, mas dessa vez o grito pedia para não vir.

Ouvi-o parar de se debater, logo em seguida rugindo em protesto, ansiando pela minha segurança, pedindo um Skurtlar.

Eu não tinha certeza do que um Skurltar era, mas como tudo nessa nova vida eu sabia que logo meus instintos me diriam ou eu aprenderia.

-Ha, boa garota.

O Humano zomba, me tratando como um animal de estimação, ou uma besta selvagem que foi finalmente domada.

Ele novamente tira o pé de mim e me pega pelo pescoço. Mas dessa vez ele agarra com firmeza pela parte da frente de minha garganta, me fazendo engasgar a procura de ar.

Ele começa a andar para algum lugar próximo do dono do rugido, mas eu desmaio antes de chegarmos ao destino, qualquer que ele fosse.

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⏰ Última atualização: Jun 20, 2022 ⏰

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