1° capítulo

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Meu nome é Giovanna, sou uma garota negra, olhos castanhos, meu cabelo é cacheado e passa o ombro, 1m65, corpo atlético porque prático esportes, tenho 17 anos, e sou lésbica assumida.

Tudo começou dia 8 de fevereiro de 2022, meu primeiro dia de aula, sem vontade nenhuma de ir, tava torcendo pra esse dia não chegar, tô indo pro terceiro ano do ensino médio, último ano graças a Deus.

Era 5h30 da manhã quando minha mãe decide me acordar do pior jeito, da três tapas na porta e grita:
- acorda filha pra ir pra aula, anda levanta

Eu respondo:
- calma mãe cinco minutinhos

Voltei a dormir, não deu um minuto minha mãe volta gritando e batendo na porta:

- eu não vou te chamar de novo não em Giovanna, levanta e não reclama que você que escolheu estudar de manhã

Levantei mais levantei numa raiva, que eu nem queria saber se era primeiro dia, só queria chegar naquele colégio e manda todo mundo pro inferno.

Levantei da cama, tomei banho, e botei uma roupa bem de sapatão, uma calça bege caída, um top preto pra mostrar a barriguinha e a barra da cueca, um camisão branco com folhas aberto e um tênis largo, botei meus anéis de Coco, a correntinha de lei com uma cruz, tomei meu café, escovei os dentes e fui.

Minha mãe me levou de carro, e meu ex e melhor amigo Joaquim veio junto comigo, já que ele estuda no mesmo colégio, no caminho a gente foi conversando e falando de como é horrível o primeiro dia de aula.

E quando finalmente chegamos no colégio, eu tava com o coração a mil, mesmo minha turma sendo a mesma do ano passado, eu estava quase tendo um infarto de tão tímida que sou, mas ele me acalmo e a gente entrou no colégio, e lá dentro eu vi muita gatinha e muito hetero top feio.

Entrei na sala sentei na parede, na mesa do meio, só de da uma olhada na minha turma, já odeie, principalmente um menino chamado Arthur, era um bombeiro, bombado, de 20 anos, que se achava pra caralho, todas as perguntas ele respondia, e ele nunca responde sim, ele grita POSITIVO.

Se eu tivesse uma arma tinha matado ele, fora, as héteros metidas credo, elas tinham aquela voz fina, que parecia que tinha sugado gás helio, tá resumindo minha turma tava uma grandíssima bosta.

Mas quando tu pensa que não tem como piorar, entra um professor todo errado de filosofia, que começa a contar da vida dele, mas nada interessante ele tava contando, de uma ex dele que tinha medo de abelha, o que que isso vai mudar na minha vida? nada, na mesma hora eu pensei:

*ah não mano, eu vou é sair daqui.

Pedi pra tomar água e fui passar o resto da aula com a turma das amigas da minha prima, Yasmim uma carioca, negra de cabelo liso com mexas loiras, olhos puxados castanho claro, 1m50 e Rafaele negra, de tranças, 1m70, e olhos castanhos escuros.

Era educação física e elas estavam jogando vôlei, a Rafaele eu nunca tinha falado na vida, e a Yasmim só comprimentos, achava elas muito certinhas tá ligado, aquelas que tudo que você faz é criancisse, mas confesso que pegaria a Yasmim aquele sotaque gostoso dela, carioca bem puxado, fui falar com elas, entre ficar ali com elas ou voltar pra minha sala, preferia elas. Cheguei lá com um sorriso forçado no rosto porque meu dia estava sendo uma merda, e falei :

- daí Yasmim, deixa eu jogar um vôlei com vocês

Ela:
-qualé Gih, claro que sim, chega aí

E o jogo estava péssimo, ninguém dava mais de três toques, eu olhei pro céu e falei:

- eu devo ter jogado pedra na cruz só pode, o meu Deus me ajuda aí vai.

No que eu voltei pro jogo, e fui olhar pra frente, eu vejo uma menina, tão mais tão linda que quando Deus criou ela certeza que ele disse:
*tu vai ser a prova q perfeição existe!!!*

mano eu juro pra vcs nunca vi uma menina tão maravilhosa em toda minha vida.

Meu coração ele nem estava mais batendo, ele estava pulando pra fora do peito, juro que o mundo parou, todos que estavam jogando sumiram, e eu só via ela.

Ela tinha o cabelo preto, curto chanel, liso, pele branca, ela tinha mais ou menos 1m57, ela estava usando uma calça larga vermelha, mas um vermelho bem vivo, uma blusa de alça preta colada no corpo, de all star preto, unhas gigantes pretas, estava de delineado de gatinho que realçou os lindos olhos castanhos, ela tem um olho puxado, tinha risquinho em uma sobrancelha, e piercing na outra sobrancelha, (tinha mais 2 no nariz mais eu só vi quando ela tirou a máscara), cara simplesmente perfeita, mas o que mais me chamou atenção era o colar que ela tinha no pescoço, um cordão preto com pingente de uma estrela e um círculo em volta (pentagrama=coisa do diabo), eu fiquei com um pouquinho de medo, porque eu sou católica, mas fodasse.

Cara foi paixão a primeira vista, e quando ela me olhou de volta, eu não sei te explicar a sensação que eu senti, porque eu nunca senti aquilo antes, o olhar dela fez meu corpo queimar, o coração disparar e os pelos arrepiarem, parecia que ela ia roubar minha alma.

E a gente ficou se encarando até o final da aula, eu sorria e fazia coisas pra chamar atenção dela e ela continuava com o olhar preso no meu.

Uma coisa eu tinha certeza naquele olhar dela, ou ela queria me matar ou ela estava muito afim de mim

Maldita Satanista (Romance Lésbico)Onde histórias criam vida. Descubra agora