28° capítulo

44 4 0
                                    

Ela:

-Verdade, só porque eu queria estudar (A Paola é cdf). Mas passo sim, só tenho que passar lá em casa pra pegar roupas.

Eu:

-Sem problemas, vamos tomar café, e vamos lá.

Tomamos café, assistindo turma da Mônica. A Paola até comentou:

-É um dos meus desenhos prediletos, quem olha assim não diz que eu assisto, mais eu adoro. 

Eu:

-Eu só assisto quando não tem nada pra fazer, mas esse também é meu preferido *realmente era. 

Terminamos e fomos pra casa da Paola, no caminho eu pensei na casa de praia da Pinheira, que minha família tem. E tive a ideia de ir pra lá, Paola topou, chamei meus primos, e falei com minha mãe. 

Estava tudo certo, iríamos de noite. Estava ansiosa pra chegar. E Paola também, já estava falando que queria mergulhar, conhecer minha mãe e meus primos.  

Chegou a noite e minha mãe veio buscar a gente, como chamei muita gente íamos em 2 carros. Minha mãe levou: Eu, Paola, e mais 4 primas minhas.

E no outro iria meus 3 primos e 2 amigos. 

Fomos todos animados, estávamos levando violão, barracas, bebida, bola …

Paola veio falando o caminho inteiro *Paola adora falar, tem horas que parece que ela engoliu um rádio. 

E minha mãe, e minhas primas, conversavam e riam muito com ela. Paola é muito educada e engraçada. Ela contava as histórias dela, e era impossível não rir. Com Paola falando, passou tudo rápido, e quando vi já tínhamos chego. 

Descarregamos o carro, e levamos as coisas pra dentro. A Casa tem 4 quartos, cada quarto tem 1 cama de casal e 2 beliches. 

Dividimos entre meninas, adultos, meninos, e os mais novos. Ou seja eu e Paola ficaríamos no mesmo quarto.

Como já era noite, então sentamos, e começamos a contar fatos sobrenaturais que já aconteceram com a gente, era um pior que o outro. Eu já estava morrendo de medo, pensando essa noite eu não durmo, Já eles estavam adorando, todos prestando atenção.

O pior de todos pra mim, foi o do Joaquim que falou:

-Teve uma madrugada, que me deu sede, muita sede e fui obrigada a levantar pra tomar água, eu não ligo, não acreditava em nada disso. Levantei e fui andando de cabeça baixa olhando pro chão pra ver se eu não pisava em nada, acendi a luz e quando levantei a cabeça, eu vi um homem de terno preto, olhei bem e reconheci aquele rosto, era meu avô que tinha morrido a três anos atrás, fiquei olhando por alguns segundos assustado, achando que era só coisa da minha cabeça, mas aquele homem continuou ali parado me olhando, sai correndo pro quarto da minha mãe, chamei ela chorando, ela foi até a cozinha mas chegando lá já não tinha mais nada. Depois desse dia nunca mais levantei de madrugada. 

Eu:

-É e agora você não é o único, eu posso morrer de sede mas eu não levanto. 

Contei minha história, que também aconteceu de madrugada, e também foi pra pegar água (coincidência né, talvez os espíritos tenham sede também).

-Estava eu e minha prima Ana, a gente estava na cozinha tomando água, isso foi na casa da minha vó, a cozinha é de frente pra um corredor, e tem um banheiro nesse corredor, minha prima estava de costas pra ele, e de frente pra mim, conversamos e rimos, eram 3 horas da manhã, mas eu não estava nem aí, minha prima estava junto, foi quando desviei o olhar dela, e olhei pro corredor, e nele eu vi uma mão branca, me chamando pro banheiro, fiquei olhando aquilo, mas não liguei pensando que era um dos meus primos fazendo brincadeira de mal gosto, mandei Ana olhar e quando ela virou, a mão foi pra dentro do banheiro, não estava com medo e falei:

-É um deles fazendo brincadeira, vamos ali ver, eu aposto que é o Devid.

Fomos chegando perto do banheiro e eu falando:

-pode sair cara, já sabemos que é você.

Ana foi na frente e quando ela olhou pra dentro do banheiro e me disse que não tinha ninguém ali, meu coração congelou, fiquei em choque, e aí o medo veio. Puxei Ana e fomos pro quarto. Dormimos abraçados morrendo de medo.

Cada um contou sua história, que viram espíritos no quarto, no banheiro, e todas aconteceram de madrugada. Legal é que estávamos na Pinheira, que é tudo estrada de chão, no meio do nada, não pega sinal, ótimo lugar pra contar histórias de terror. Fora que tem bananeira plantada no lado da casa, e não tem nada que dê mais medo, do que a sombra da folha da bananeira na janela.

Vi que naquela noite ninguém iria levantar de madrugada. Ouvimos um barulho de alguma coisa arrastando, e ficou todo mundo assustado. A Laura falou:

-Gih essa noite você vai dormir comigo, eu que não vou dormir sozinha aqui não.

Eu:

-Sem problemas, eu te protejo. 

Meu primo David:

-Protege aham, a primeira a correr é a Giovanna

Rimos muito, trocamos o assunto, e começamos a falar sobre o que que iríamos fazer amanhã. 

Minha prima Raquel deu a ideia de fazermos trilha de manhã, a tarde íamos pra praia jogar vôlei, futebol e mergulhar, e de noite iríamos fazer churrasco e tocar violão. Todos toparam, a Raquel é a mais velha, ela meio que mandava, o que ela falava todos concordavam. 

E fomos dormir, pra amanhã acordar pra praia, fizemos as camas, e ninguém quis dormir sozinho, os meninos botaram, colchões no chão e dormiram todos juntos.

Os mais novos fizeram o mesmo. 

Já no quarto das meninas, minhas primas dormiram cada uma em um beliche abraçadas com o travesseiro, e eu e Paola dormimos já na cama de casal. Paola  dormiu de baby Doll, e eu durmo com a calça do pijama e de top
Paola virou de costas pra mim, e falou:

-Vem cá Gih me abraça. 

Cheguei perto dela e abracei, mas sem encostar meu corpo no dela. Ela então veio pra trás, e colou nossos corpos. *A Paola é muito gostosa meu Deus. Tentei imaginar outra coisa, pra não pensar besteira. Mas estava sendo impossível.

Estava quase dormindo, quando Paola virou de frente pra mim, e pediu pra eu virar de barriga pra cima, ela jogou uma das pernas dela em cima da minha cintura, deitou a cabeça no meu peito, e me abraçou. Com Paola ali eu estava me sentindo segura, completa, feliz. E pela primeira vez eu não quis tranzar, eu só queria que ela ficasse ali nos meus braços e não saísse mais. Paola me deixava tranquila, segura, perto dela eu finalmente estava em paz. 

Maldita Satanista (Romance Lésbico)Onde histórias criam vida. Descubra agora