Any é uma talentosa fotógrafa em ascensão com um hobby inusitado e provocante. De seu apartamento, ela espia a vida dos moradores do prédio em frente, registrando com sua câmera cada detalhe, especialmente as cenas de paixão ardente que ocorrem sem...
Não faz isso comigo. Não me pede isso, por favor. Como eu vou passar uma noite com esse homem aqui na minha casa?
— Não tenho como ir para meu apê agora.
— Por quê? — Pergunto inocentemente.
Dante me olha de lado e com um sorriso malicioso.
Eu sei, foi idiota questioná-lo sobre isso.
— Eu vou embora amanhã cedo. E o sofá está ótimo para mim, não precisa se preocupar com nada.
Por fim, aceito que ele fique. É apenas uma noite, repito diversas vezes na minha cabeça.
— Tá bom. Eu vou pegar umas roupas de cama…
— E uma toalha. - Ele me interrompe tirando a blusa, revelando aquele abdômen perfeitamente traçado que já me fez suar inúmeras vezes. E agora consigo ver de perto as tatuagens pelo seu corpo. Que homem gostoso, puta que pariu!
— O que você está fazendo?
Minha pélvis está queimando de tesão. Tento disfarçar, mas tenho certeza que ele percebeu. O sorrisinho de canto de boca mostra o quanto ele se diverte me fazendo ficar sem graça. E nesse momento eu sei que estou ficando ruborizada.
— Preciso tomar um banho, minha linda. Você pode me arranjar uma toalha?
— Você é muito folgado, Dante. - Entro no meu quarto para pegar as coisas para ele.
Cacete, como fui me meter nisso? Preciso dar um fim nessa situação e deixar claro que não o quero aqui. Balanço a cabeça negativamente. A quem eu quero enganar? Fico excitada só de pensar nele dormindo no meu sofá.
Pára, Any. Termina logo com isso, mulher, se tranca no quarto e vai dormir.
Volto para a sala com roupa de cama e de banho. Entrego para Dante a toalha e deixo um lençol, um edredom e o travesseiro em cima do sofá.
— Eu vou deitar. Fica a vontade e se precisar comer ou beber, tem tudo na geladeira e nos armários. É só pegar.
Mostro o aquecedor e digo que se ele sentir frio, é só mexer na temperatura.
— Fica tranquila, minha linda, que eu me viro.
Ele mal acaba de falar e eu já me despeço, entrando em meu quarto e trancando a porta logo em seguida.
Visto uma camisola azul escura e jogo o robe de manga longa do mesmo tom por cima. Apesar do frio de inverno nessa época do ano, o aquecedor em casa ajuda muito a não morrer congelada.
Fico pensando se Dante não está com frio. Deixei um edredom com ele. Certamente vai esquentá-lo, mas me pego preocupada de verdade com esse fato. Ele usava uma blusa branca de manga e calça jeans. Será que eu devo ver se ele precisa de algo mais?
Respiro fundo tentando tirar meus pensamentos da sala. Fecho os olhos e rolo pela cama por algum tempo. Tá foda pregar o olho. E agora, para ajudar minha situação, me deu uma puta sede.
Entro em conflito comigo mesma sobre ir ou não na cozinha pegar água. Passo ao menos uns 20 minutos pensando somente nisso. Até que a garganta seca começa a incomodar.
Não adianta, vou ter que ir até lá.
Dante
Complicado dormir depois do que aconteceu. Principalmente por estar num local diferente da minha cama. O corpo não se acostuma fácil. Levanto do sofá e vou para o assento que fica ao lado da janela. Meu apartamento está todo escuro. O Açougueiro já deve ter acabado.
Olho para a porta do quarto da Any. Minha mente não sai de lá. Fico imaginando como ela está vestida, se está acordada agora, se está se tocando pensando em mim. Caralho, que tesão da porra!
De repente ouço a porta destrancar. Não vejo nitidamente, pois está escuro, mas percebi que Any pára embaixo do batente da porta antes de sair. Ela olha para o sofá e depois para o banheiro.
— Está me procurando? - Falo alto, chamando sua atenção.
Puta merda. Ela sai do quarto e assim consigo vislumbrar a garota de camisola com um robe por cima. Ambos de tecido fino, que se moldam lindamente ao seu corpo, revelando suas curvas perfeitas.
— Achei que você tivesse ido embora.
— Não, só perdi o sono.
Ela aponta para a cozinha e diz que está com sede. Eu a vejo se afastando. Any para de frente para a pia e começa a encher um copo com água. Quando menos espero, estou indo atrás dela. Não penso em mais nada, somente em tocá-la de todas as formas possíveis.
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Parece que Dante vai dar uma investida mais ousada. Será que Any vai ceder aos encantos do mafioso?
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