Any é uma talentosa fotógrafa em ascensão com um hobby inusitado e provocante. De seu apartamento, ela espia a vida dos moradores do prédio em frente, registrando com sua câmera cada detalhe, especialmente as cenas de paixão ardente que ocorrem sem...
O plano era simples. Espalhar para todos da família que eu tinha provas de quem estava envolvido na emboscada com os sicilianos. Meu tio pensou em tudo e cuidou para que a informação fosse transmitida o mais rápido possível. Se tudo corresse bem, eles tentariam me matar quando eu fosse "pegar as tais provas no apartamento".
Só que eu nunca fui para o meu apartamento. Nunca teve prova nenhuma de nada. A única coisa de certo que havia esperando pelos imbecis era aquela japonesinha de um metro e meio, conhecida por Amaya.
Se alguém acha que eu sou um assassino letal é porque nunca viu a maluca em ação. Parece uma ninja enviada diretamente pelo capeta. O que nesse caso não deixa de ser, já que ela foi contratada pelo meu tio e muitas vezes ele é comparado ao próprio rei do inferno.
Meu tio mandou que eu ficasse longe do meu apê, mas eu decidi ficar por perto observando. Na verdade eu não levava fé que os traidores cairiam nessa emboscada. Subestimei meu tio. O velho astuto não dá uma bola fora. Ele está anos luz na nossa frente, por isso é ele quem comanda a porra toda.
Quando saí da casa de Dom Giovanni Moretti logo pensei na minha depravada preferida. Any. Eu já havia me informado sobre a garota. Tinha um belo relatório em meu e-mail a seu respeito. O que me deixava com mais vontade de conhecê-la, por isso uni o útil ao agradável. Eu faria uma visita para ela e de quebra observaria a movimentação em minha casa.
As coisas quase não saíram do jeito que eu esperava. Além da demora dos traidores em aparecer no meu apartamento, Any mexia comigo e me tirava a atenção a todo momento. Não só pela sua beleza, mas essa história de gravação me instigou demais. Eu queria conhecê-la e mesmo percebendo seus receios com relação a mim, eu sabia o que minha presença causava naquela mulher. Os anos no meu ramo me deram essa vantagem de aprender a ler as emoções das pessoas. E eu tenho certeza que ela tem tanto tesão em mim quanto eu tenho nela.
Por isso, quando ela insinuou que eu estava ali para forçá-la a fazer sexo comigo, decidi que era hora de me afastar. Eu não ia desistir fácil, mas por hora preferi ir embora. A última coisa que quero é que seu medo aumente.
Como os traidores não apareceram, decidi ir embora para meu apartamento. Já estava prestes a mandar mensagem para meu tio quando recebi a ligação da Any dizendo que minha casa havia sido invadida por homens armados. Bendita hora que deixei meu número com ela.
Voltei na mesma hora para a casa da Any. Foi perfeito, já que a câmera estava gravando tudo. Pude ver a cara dos filhos da puta, inclusive a japa assassina em ação. Meu tio foi claro para ela: "Só preciso de um vivo". Dimitri foi o sortudo, enquanto Anderson foi cruelmente assassinado por ela. A doida não satisfeita com a chacina, deixou tudo respingado de sangue.
Mas isso não é problema para quem tem um homem como o Açougueiro trabalhando pra família. Ninguém sabe o nome dele, só o chamamos assim: Açougueiro. Quando precisamos de limpeza pesada, é a ele que recorremos. E nesse exato momento, quase onze da noite, ele está no meu apê limpando a bagunça da Amaya. Por isso não posso nem pensar em ir pra lá agora.
Será que a Any vai ficar puta se eu pedir para dormir aqui?
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No próximo capítulo, será que Any vai resistir ao italiano e negar o pedido dele de passar a noite em seu apartamento ou vai ceder aos desejos que cada vez mais tomam conta dela?
Não deixe de votar e me dizer o que está achando da história 😘
