Felix

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Me virei e lá estava ele, cabelos bagunçados e o corpo definido coberto apenas por uma bermuda. Seus olhos encontraram os meus e por um segundo senti meu coração parar e minhas pernas falharem, minhas bochechas começaram a enrubescer então tentei desviar o foco, mas estava tão hipnotizada que não obtive sucesso algum.

- Acordada a essa hora?

- Eu vim buscar um copo d'água - Me virei pegando o copo e a jarra - Quer?

- Sim obrigado, na verdade eu vim exatamente para isso - Ainda com os olhos fixos nos meus, pega o copo de minha mão bebendo o líquido. Seu calor me cercava cada vez mais me deixando presa à ele, sem chances de dar um passo sequer para longe.

Apesar da pouca luminosidade, podia ver cada detalhe de seus músculos, a sombra de suas veias saltadas nos braços e o brilho sedutor em seus olhos causados pelo luar. Mordi meus lábios involuntariamente diante dessa cena.

- Acho que vou precisar de outro copo d'água se você continuar me secando desse jeito - Virei a cabeça abruptamente, completamente constrangida. Felix então deu um passo em minha direção, e mais outro, e mais outro até estarmos mais próximos do que jamais estivemos.

- Vo-você não está perto demais? - Minha voz mal saía de minha garganta, uma ansiedade indescritível tomava conta de mim.

- Eu acho que não estou perto o suficiente - Sua voz saiu quase como um sussurro me arrepiando por inteiro.

Se aproximou um pouco mais fazendo meus seios roçarem em sua pele nua deixando meus mamilos enrijecidos por baixo do tecido da regata que usava, suas mãos firmes em minha cintura me fizeram desejar tê-las passeando por todo meu corpo. Nossos narizes tocavam levemente, nossas respirações se misturavam, seus lábios pareciam tão perto e ao mesmo tempo tão longe, não me controlei e passei a acariciar seu abdômen e braços. Quando finalmente o tão desejado beijo ia acontecer, alguém acende a luz nos assustando. Nos afastamos rapidamente tentando disfarçar o fato de que estávamos prestes a transar no meio da cozinha do dormitório.

- O que vocês dois estão fazendo seus safadinhos? - Han pergunta em tom brincalhão, nos provocando.

- Nada, a gente só estava bebendo água - Respondo ansiosa me retirando o mais rápido possível do local. Da escada pude ouvir Felix dizer alguma coisa.

- Você não viu nada, está me entendendo?

- Relaxa Lix, minha boca é um túmulo - Responde o garoto mais baixo.

- Dá para perceber com essa carniça saindo daí - O riso dos dois ecoou baixo.

- Vai se fuder.

De volta ao meu quarto me dei conta do que acabara de acontecer. Há meses que essa tensão sexual existe entre Felix e eu, na verdade, desde quando cheguei aqui.

Eu tive uma briga feia com meus pais e saí de casa sem ter onde ficar, foi quando tive a ideia de ligar para o meu irmão perguntando se podia ficar com ele por um tempo. Lee Know aceitou me acolher mesmo correndo risco de ser repreendido duramente pela empresa pois sabia que eu não voltaria para casa já que nunca tive uma relação muito boa com nossos pais, e depois dessa briga, se tornou definitivo.
Assim que passei pela porta da frente com minhas malas encontrei um garoto com sardas e um sorriso perfeito, que logo fez eu me sentir acolhida. A partir daí só nos tornamos mais próximos e por mais que tentássemos nos convencer, não era só amizade.

Ouço batidas na porta e corro para abri-la já sabendo de quem se tratava. O moreno entra rápido e em silêncio trancando a porta atrás de si.

- Lix e se pegarem a gente? Você vai ter problemas com meu irmão e eu também, ele nunca mais vai confiar em nós dois - Minho é muito protetor e acha que eu ainda sou criança, além de ser super ciumento.

- Eu sei linda, mas eu não consigo mais fazer isso. Você mora debaixo do mesmo teto que eu e toda vez que eu te vejo eu tenho vontade de te beijar e te ter só para mim. Quando nós nos cruzamos pela casa eu não posso beijar sua bochecha e dizer o quanto você está linda com sua camiseta larga e short, cabelo amarrado mas todo bagunçado, acredite é a cena mais linda do meu dia e é uma tortura não poder mostrar a todos meu amor por você - Acariciava meu rosto colando nossas testas conforme proferia suas palavras.

Segurei seus pulsos carinhosamente e como num piloto automático nossos lábios se colaram. Abri espaço para sua língua, sentindo-me mergulhar no oceano azul turquesa que é Lee Felix. Definitivamente a melhor sensação do mundo, era possível sentirmos todo o afeto reprimido que temos um pelo outro através daquele beijo, não só nossos corpos se tocavam como também nossas almas dançavam em completa sincronia.

Aos poucos fui sendo empurrada em direção à cama, o mais alto se pôs sobre mim ficando entre minhas pernas. Cada centímetro do meu corpo recebia o calor e atenção de seu toque, apertei seu braço com certa força quando atingiu minha intimidade. Seus lábios atrevidos iam de encontro ao meu pescoço, clavícula e busto. Assim que seus dedos adentraram minha calcinha perdi totalmente o fôlego, gemi em aprovação quando começou a estimular meu clitóris. Pressionando e em movimentos circulares, ia devagar explorando o meu prazer.

Retirei minha blusa dando-lhe visão de meus seios, fixou seus olhos nos meus enquanto aproximava seus lábios de um dos meus mamilos, sua mão livre massageava o outro assim dando atenção a ambos. Felix parou a estimulação em minha intimidade e abaixou seu quadril roçando sua ereção em minha vagina, gemi outra vez desejando tê-lo dentro de mim.

- Lee Know que se foda, eu quero sentir você agora, se não eu vou enlouquecer! - Disse invertendo o jogo e ficando por cima dessa vez.

Tirei meu short e calcinha e o moreno sua bermuda, estava sem cueca. Apanhei uma camisinha na gaveta da pequena cômoda ao lado da minha cama, coloquei em seu membro e logo o encaixei entre minhas pernas. Apoiei minhas mãos em suas coxas e comecei movimentos de sobe e desce, rebolando hora ou outra. Fazíamos um esforço enorme para não gemermos, a casa estava em total silêncio e os outros dormiam nos quartos ao lado.

Felix segurava meus quadris pressionando contra os seus para senti-lo ir mais e mais fundo, chupões e mordidas por meus seios e pescoço, meus olhos reviraram incontáveis vezes. Suas mãos encontravam-se em minha bunda e seus lábios nos meus quando tive meu primeiro orgasmo da noite o abraçando forte com os braços e pernas.

Lee se colocou de pé, me deitou elevando minhas pernas e as apoiando em seus ombros, me penetrou mais uma vez. Um gemido não muito alto acabou escapando de minha garganta, senti então um tapa moderado em minha nádega esquerda.

- Silêncio gatinha, escondido é mais gostoso, mas não vai ser tão bom assim se nos descobrirem - Sua voz grave saiu levemente ofegante e esmagadoramente sexy.

Seu corpo brilhava por conta do suor, fios de cabelo grudados em sua pele, olhos fechados, boca entreaberta, cabeça tombada para trás e suspiros pesados, fatores que só o deixavam ainda mais gostoso. Agarrei os lençóis, mordi os lábios e segundos depois gozamos juntos.

Adormeci ao seu lado admirando as luas acastanhadas que me encaravam e suas constelações logo abaixo, com o pensamento de que Felix tem uma galáxia dentro de si que tenta a todo custo vir para fora.

Quando acordei já passava das onze da manhã, no lugar de Felix apenas um bilhete: Tive um imprevisto no trabalho, me desculpe.

Stray Kids - Oneshots +18Onde histórias criam vida. Descubra agora