Han

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Um grito agudo escapa de meus lábios, meus braços e pernas imobilizados pelas amarras tentaram, em vão, se soltar, arqueio as costas sendo esse o único movimento que conseguia fazer além de tombar minha cabeça ora para os lados ora para frente ou para trás.
Sinto sua língua quente passear desde a base de meu pescoço até o lóbulo de minha orelha, então sussurra:

- Você é uma vadiazinha escandalosa - Um fraco riso convencido é deixado escapar - Eu acho que vou me divertir muito com você. Nós temos muito tempo, então não se preocupe, não vai acabar tão cedo.

Duas horas atrás

Abro os olhos meio atordoada, minha cabeça latejava e meu corpo parecia ter sido atropelado por um caminhão. Você deve estar se perguntando como vim parar aqui no inferno e a resposta é bem simples: eu morri. Uma morte precoce e nem um pouco lamentada, digamos que não fui uma boa garota.

Olho ao redor analisando o local, além de eu estar completamente nua e atada à uma cadeira brevemente descorfortável, uma enorme cama com correntes na cabeceira jazia atrás de mim, as paredes vermelhas em volta abrigavam diferentes tipos de chicotes, no canto direito um pouco afastado uma coleção objetos eróticos e sadomasoquistas organizados como uma exposição, e a única iluminação era proveniente de velas sustentadas por um luxuoso lustre de cristais o qual eu me encontrava logo abaixo.

A aura escura e sensual do ambiente me deixava um pouco ansiosa sobre o que estava por vir, já tinha uma ideia do que aconteceria pois foi me dito durante minha sentença, mas ouvir sobre algo e de fato vivê-lo, tem uma grande diferença. Perdida em meus pensamentos acabei por esquecer a situação em que me encontrava e longos minutos depois uma movimentação nas sombras me chama a atenção.

- Seu tempo de espera acabou - A voz calma e profunda ressoou pelo cômodo, a penumbra escondia seu dono me impedindo de vê-lo. Estreitei os olhos na tentativa de captar ao menos sua silhueta mas não foi necessário, a passos suaves alcançou a pouca luz do lugar - As pessoas tendem a me conhecer como algo abstrato e me dão o nome de "luxúria". Não estão totalmente erradas, mas também não estão certas. Meu nome é Han e como pode ver eu tenho um corpo físico, pode me chamar de demônio se quiser; eu sou a personificação do pecado do prazer sexual e a partir de agora você é minha - Se estivesse em pé teria caído.

O ser de beleza sobrenatural entrou em meu campo de visão assim como eu, totalmente despido. O rosto meigo contrastava com o corpo escultural, abaixei um pouco o olhar e a enorme ereção fez com que minha vagina contraisse involuntariamente.

Sua presença marcante preenchia todo o local, me intimidava. Expulsei a timidez que tentava me assolar, não imaginei que seria tão bonito e sedutor.

- Demorou demais, ajoelhe-se e peça desculpas - Desdenhei.

- Vou relevar sua insolência porque acabou de chegar, mas não serei tão benevolente assim outra vez - Seus olhos cravaram nos meus como uma faca deixando seu recado bem claro. Engoli em seco.

- Ok, ok perdão honorável demônio. E agora, sessão de tortura ou sexo selvagem? - O provoco com um sorrisinho de canto.

- Você é bem engraçadinha para quem está no inferno, não deveria estar gritando, se debatendo, dizendo que se arrepende, que quer ir para um lugar melhor e blá blá blá? - Revira os olhos provavelmente se lembrando de todo o drama das almas que torturou no passado.

- Deveria, mas a visão daqui é espetacular - Mordendo os lábios o lanço um olhar sexy da cabeça aos pés, parando brevemente na altura de seus quadris pontuando o que queria dizer - Além do mais essa coisa de bondage, submissão e sei lá mais o que está me deixando muito excitada - Minhas duas últimas palavras saem como um murmúrio provocativo.

Stray Kids - Oneshots +18Onde histórias criam vida. Descubra agora