Lee Know

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A sensação do álcool agindo em meu corpo me anestesia, me sinto dentro da música tendo meu corpo controlado pela batida pulsando em meu peito, em meio a tantos estranhos uma pessoa que conheço bem. E ele não para de me encarar.

Escorado num canto de braços cruzados não poderia ser mais deprimente, isso quando não estava no bar virando uma dose atrás da outra. Dentre todas as discussões que tivemos quase todos os dias desde que nos conhecemos, a de hoje foi a pior, mas não a ponto de deixá-lo tão patético. Outra coisa aconteceu.

Não estou preocupada, não me preocuparia com ele. Sempre tão irritante, esnobe, querendo chamar atenção. Só de pensar sinto meus nervos esquentando! Estou apenas... curiosa.

O primeiro passo que dou em sua direção já é acompanhado de meu completo arrependimento, entretanto não sou uma pessoa que costuma voltar atrás em suas decisões. Conforme me aproximo seu olhar se afunda no meu, seus olhos pareciam escurecidos, refletiam algo indistinguível:

- Será que dá pra você parar?

- Enlouqueceu, é? Foi você que veio até mim, tá querendo o quê?

- Tá achando que tá num museu por acaso? Eu sinto seu olhar, tá me deixando desconfortável!

- Tsk, até parece! - Eu ODEIO esse risinho cínico - O mundo não gira em torno do seu umbigo não, filhota. Eu estava observando a decoração e você entrou na frente. - Fazendo descaso, movimenta a cabeça reparando o ambiente.

- Sua namorada não se incomoda com isso não? A confiança dela deve ser inabalável! - Seu rosto se fecha assim que eu cito sua parceira. Acho que encontrei o que procurava! - Aliás, cadê ela, hein?

- Graças a você - Aponta o indicador em minha testa - ela me deixou, tá satisfeita?

- Minha consciência está limpa, não fiz nada de errado! Não encontro motivos pra eu ser o pivô da sua separação!

- Me deixe em paz, garota! Se eu tiver que te aguentar por mais um segundo, minha cabeça explode! - Assim, saiu andando e me deixando falar com as paredes.


•••


A noite está linda hoje, a brisa refresca meus sentidos do aglomerado ligeiramente sufocante e demasiadamente alterado lá dentro. Com a face voltada para o céu não percebo que tenho companhia, apenas após um tempo noto em meu campo de visão uma silhueta brevemente iluminada pelos astros da noite e pela precária iluminação do terraço. Volto minha atenção para o homem que já me assistia, do mesmo jeito de antes; inclinado contra a parede, braços cruzados, expressão indecifrável, olhar fixo. Não me movo, não desvio o olhar, não faço nada, apenas permaneço ali, calada e o observando, da mesma forma que Minho fez a noite toda.

Um longo instante se passa sem que desviemos os olhos um do outro, sinto repentinamente uma urgência em deixar o local e me direciono à única saída que me levaria para dentro outra vez, passo pelo rapaz e apressadamente empurro a porta de metal começando a descer as escadas, mas sou impedida de continuar. Olho para a mão que segura meu braço direcionando a atenção para seu rosto, ele não abre a boca para proferir uma palavra sequer, apenas me examina focando a vista em meus lábios. Tenho o ímpeto de me afastar, contudo algo me detém ali que não as mãos de meu desafeto me segurando, me desvencilharia fácil dele, mas acho que não quero fazer isso.

Ao passo que ele se aproxima meu ritmo cardíaco aumenta, como se eu estivesse em chamas sinto meu corpo ferver, sua respiração agora bate em minha pele e subitamente sou tomada por Lee, que me prende contra a parede forçando seu corpo contra o meu. O ar foge de meus pulmões e meu corpo pulsa ao seu toque, minha mente se esvazia totalmente e tudo o que consigo prestar atenção é em como seus lábios são macios, vorazes e indecisos sobre permanecerem nos meus ou descerem pelo meu pescoço na intenção de descer ainda mais. Enquanto suas mãos adentram por debaixo da minha blusa, uma de suas pernas se encaixa entre as minhas pressionando minha intimidade, me deixo levar permitindo que ele faça o que desejar comigo sem me arrepender dessa decisão. Não sei se foi o álcool ou não, independentemente disso, me senti arrebatada pelo desejo, a ânsia pelo prazer gritou mais alto do que qualquer intriga que pudéssemos ter.

Num movimento ágil Minho abaixa as alças da minha blusa deixando meus seios expostos, sua língua quente e úmida percorre por eles e automaticamente meus quadris começam a se mover roçando em sua coxa, seus braços me envolvem apertando firme e a pouca sanidade que eu ainda tenho se esvai de mim. Minhas mãos inquietas tateiam seu corpo incansavelmente, uma delas se atreve a ir para dentro da calça de Lee explorando ainda mais seu prazer e arrancando suspiros pesados do mesmo. Sinto-o se afastando sutilmente, apenas o necessário para tirar minha calcinha e em seguida abrir sua calça colocando seu membro pra fora, levantando uma de minhas pernas ele se introduz em mim lentamente e suas estocadas permanecem assim por um tempo, indo o mais fundo possível, sem parar.

Com o clímax cada vez mais próximo, os quadris de Minho assumem um ritmo mais acelerado, prendendo minhas mãos acima de minha cabeça e me encarando fundo nos olhos ele me assiste atingir o ápice do prazer enquanto me fode sem dó. Começo a me contorcer clamando por seu nome, então ele se retira de dentro de mim jorrando seu líquido em minha coxa.

O momento de loucura passa e voltamos à realidade, nos entreolhamos ainda calados, talvez não haja palavras adequadas para a situação, talvez estejamos apenas muito chocados com o que acabara de acontecer, talvez quietos nós nos damos melhor do que quando conversamos. De qualquer maneira aconteceu o que aconteceu, e não dá pra ignorar. O que Minho insinuou sobre mim e seu término começa a fazer sentido, afinal.


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Gente, me desculpem o sumiço e a ausência dos outros capítulos, pretendo retornar a publicar todos eles reescritos, só tenham um pouquinho de paciência!🙏

Querem algum membro específico no próximo cap? Qual temática vcs preferem?🤔

Eu adoro ler os comentários, não fiquem quietos, pfv ksksksksks

Stray Kids - Oneshots +18Onde histórias criam vida. Descubra agora