Capitulo 4 - Cachinhos

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03/03/2022

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03/03/2022. 21:34

– Mads nada para no meu estômago! - Reclamo com dor.

– Seu fígado não está funcionando bem Any. - Ela confessa olhando o prontuário. – Seu corpo não está digerindo a comida devidamente e por isso está vomitando assim!

– Mas... Dá para resolver né? - Me sento na cama.

– Querida, você vai precisar de uma sonda. - Minha respiração travou, minha cabeça dói – Se acalme Any, calma... - Ela diz após perceber o meu desespero.

Uma sonda.

Quando cheguei nesse hospital eu tinha acabado de completar meus treze anos de idade e me garantiram de que eu teria uma vida quase normal, que para o estágio da minha doença, ainda havia a esperança de que eu ficaria boa logo, mas meu corpo está adoecendo por completo. Com quartorze, meus rins simplesmente pararam de funcionar e eu precisei de um transplante urgente. Hoje em dia eu só tenho um rim funcionando. Aos quinze, eu venci o câncer, para aos dezessete descobrir que ele voltou.

As dores que venho sentindo não é normal, muito menos os enjoos e o vômito, nada parava no meu estômago. Sem contar que a dor é aguda, quase insuportável. Bastou um exame de sangue para eu descobrir que meu fígado não está funcionando direito.

– Tudo bem, eu estou calma doutora... - Sorri.

– Você vai precisar ser forte, vamos precisar colocar a sonda gástrica no seu nariz - Ela avisa apertando o botão azul na parede ao seu lado.

Certo, uma sonda. NÃO há por que tanto alarde. Eu consigo.

Logo havia alguns enfermeiros me rodeando. Eu sei que vai doer, ou ela não precisaria deles aqui para me segurar.

– Any, você consegue tudo bem? Deite - Mads diz sorrindo. Como sempre, me acalmando.

Respiro fundo olhando para os técnicos de enfermagem que suspiravam ao me olhar. O olhar de pena deles embrulhou meu estômago.

Duas enfermeiras seguraram os meu braços e os enfermeiros as minhas pernas. Um de cada lado.

A doutora começou a colocar o pequeno fio amarelado de borracha no meu nariz e eu senti a ardência. Sim, dói muito.

Automaticamente algumas lágrimas se prontificaram de cair rapidamente pelo os meus olhos.

– Para - Choro.

– Você está indo bem meu amor, já está acabando. - Doutora Madson fala com a voz embargada empurrando aquele fio de borracha para dentro do meu nariz.

– Ai! - Soluço. – Tá doendo! Para! - Tento me mexer, mas o aperto forte dos enfermeiros me impediram.

– Querida calma. - Ela diz tentando ser mais rápida.

Sorria como se todos os dias fossem o último - BEAUANY Onde histórias criam vida. Descubra agora