❪ 𝗢𝗢𝟰 ❫ ┊ O NOIVADO DE VERENA

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𝗢𝗕𝗦𝗘𝗥𝗩𝗔𝗖̧𝗢̃𝗘𝗦 𝗗𝗘 𝗖𝗔𝗣𝗜́𝗧𝗨𝗟𝗢 ♡ numeração de palavras ─ 1

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𝗢𝗕𝗦𝗘𝗥𝗩𝗔𝗖̧𝗢̃𝗘𝗦 𝗗𝗘 𝗖𝗔𝗣𝗜́𝗧𝗨𝗟𝗢
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boa leitura 📖

𓄹 música 𓂄 someone you like ♫
não me esqueça, por favor.

A NOITE MISTERIOSA COMO SEMPRE avançará dentre as persianas sobrepostas na janela principal dos aposentos, adentrando o meu quarto envolto no mais intenso negrume, aos poucos vou descobrindo a noite e a mente, enquanto tenho aquele mancebo em meus pensamento. O meu corpo estava amontoado na numerosa cama junto aos lençóis, levantei-me e caminhei até aquela janela, sentei-me na beira e fiquei lá, apenas olhando. Olhei novamente para o céu, e vejo uma estrela solitária, brilhante e silenciosa, me sinto observada... e sinto seu pensamento em mim, passo a observar e mergulhar na noite junto e distante de ti. Quando as nuvens cobrem a estrela, continuo a olhar para o céu e procurá-la, para ter minha alegria de volta.

Eu compreendo que és um tanto quanto, cedo demais para tal questionamento em meus pensamentos e no meu coração, mais eu sinto lá no fundo como se o conhecesse a muito tempo, como se fôssemos conectados por uma força maior, ou seria loucura? Talvez.

Odiará o silêncio nauseante que ressoava das entranhas daquela mansão, era tudo tão calmo, um tanto perigoso demais esse silêncio todo, eu me sentia tão sozinha e insegura, num local que pra mim, era amedrontador, Asterin talvez gostasse da ideia de desbravar todo aquele mundo mágico e perigoso, ela é tão corajosa e destemida, diferente de mim, pois sou alguém muito inquieta e solitária, na maioria das vezes, não costumo sair da minha zona de conforto, exceto quando estou intrigantemente curiosa ou encantada com algo, ainda sim, é algo muito complicado para lidar-se de imediato.

As minhas íris oceânicas vagam dentre a mais plena escuridão, talvez estivessem buscando um rumo ou respostas que nunca serão ditas, eu estava pensando naquela moreno, quando a porta amadeirada do meu quarto fora abrindo-se lentamente, saltei o olhar em direção a mesma e avistei com as íris o Grão Senhor da Corte Primaveril, Tamlin estava de volta, sim, ele voltou... engoli a seco os meus pensamentos sobre o mancebo feérico, não queria arrumar confusões com o dono daquela propriedade, afinal de contas, eu desobedeci as ordens dele e sai de casa, não podia ter feito aquilo, mais fiz.

── perderá novamente o solo, Verena? ─ tamlin me perguntará com um tom calmo e sútil. ── digamos que seja um pouco angustiante estar fora de casa, fora dos seus costumes habituais e longe da minha família, isto me tira o sono, Grão Senhor! ─ lhe respondi com um tom frio.

── compreendo sua dor, mais não há nada que eu possa fazer a respeito disso, o acordo fora feito há anos atrás e não pode ser desfeito. ─ indagou o grão senhor. ── eu sei disso... ─ apenas lhe afirmei meio sem ânimo para nada, levantei-me e pude me deitar novamente na cama.

Tamlin sentou-se ao pé da cama, a luz da lua e o conjunto das estrelas iluminavam-te a bela face que o feérico obtém para si, era belo, misterioso e possuirá um charme inestimável no olhar, simplesmente o Grão Senhor da Corte Primaveril, o único membro vivo de sua família, o patrono daquelas terras imortais. Eu estava curiosa sobre o território de Prythian e as terras feéricas, talvez o loiro pudesse me contar mais sobre, na realidade o porém, eu gostaria de saber mais sobre o tal moreno misterioso. ── Tamlin, o que existe além da corte primaveril? ─ lhe perguntei na esperança de obter respostas.

── prythian é a terra dos feéricos, como já deve saber, ela é separada do mundo mortal por uma muralha de magia. prythian tem o seu vasto território dividido dentre as cortes, primaveril, estival, outonal, infernal, diurna, crepuscular e noturna. além das nossas terras, o caos reina, as outras cortes matam uma às outras por poder, eles odeiam os mortais, por isso eu lhe digo para que não saia das nossas fronteiras, eu não quero ter que lhe fazer um funeral. ─ indagou sobre o território de prythian e a sua preocupação.

── está bem... ─ a verdade é que eu não havia entendido direito toda aquela explicação, pra mim era tudo tão esquisito, bom, talvez por que eu não pertencesse aquele lugar, eu sou humana e não feérica. ── você compreende que eu me preocupo com a sua segurança, não irei permitir que nada de ruim lhe aconteça. agora vá dormir, amanhã temos um longo dia pela frente.

Ordenou o Grão Senhor, cobri-me com os lençóis e permiti que o sono me levasse, até a terra dos sonhos, onde ninguém poderia me ferir, onde eu posso reencontrar minha família e o moreno sem nome.

❯──「𑁍」──❮
[...]

NA MANHÃ SEGUINTE, Averly entrará no meu quarto e fora abrindo todas às cortinas, senti os raios solares tocarem o meu rosto, seguindo suas ordens, levantei-me e pude banhar-me com água de rosas silvestres, ela escolheu um vestido especial e fez um penteado ladeado em meus cabelos, ela não era muito atenciosa ou gentil, porém, obtinha um gosto realmente fino e elegante.

── por que toda essa arrumação? ─ questionei. ── você não cansa de ser uma mortal irritante? será que não está claro para você? ── respondeu. ── não! por isso lhe fiz uma pergunta. ── hoje é um dia especial para o grão senhor, em breve você terá conhecimento do assunto, agora vamos.

Descemos até o salão principal, vislumbrei com os olhos os feéricos Tamlin e Lucien que estavam sentados à mesa, sentei-me ao lado de Lucien na encosta da mesa e começamos a degustar o almoço que fora preparado pelos criados da mansão.

── está estonteamento bela, verena! ─ elogiou o ruivo, Lucien. ── ele tem razão. ─ rebateu tamlin. fiquei um pouquinho envergonhada e as minhas bochechas coraram na hora, meus olhos azuis estavam penetrados nas íris esverdeadas do loiro, deliberei um sorriso ladeado e terminei minha refeição.

── aproveite o dia e mais tarde nós vemos coreto atrás da mansão, tenha um bom dia, pequeno passarinho! ─ indagou Tamlin e saiu.

Havia feito o que o loiro pediu-me, visitei a galeria de artes, conversei com alguns dos poucos criados, fiz alguns desenhos e pude ler bastante, dormi um pouco também no final da tarde e às 21:00 ao cair das estrelas, fora enviada ao encontro de Tamlin no coreto.

O ambiente era deslumbrante, repleto por rosas e espinhos, belíssimo e agradável, o aroma era delicioso e ao centro do coreto, encontra-se o Grão Senhor, ele segurou firme em minhas mãos e olhou no fundo dos meus olhos, buscando as palavras certas para me dizer algo importante.

── eu estou esperando este momento há séculos, desce o tratado do vosso pai com o meu, a verdade é que nós estamos destinados um ao outro desde o princípio dos tempos, quero que saiba que a vossa senhoria me traz paz interior, como eu nunca tive antes, você acalma o meu coração em dias nublados, você é a razão pra eu continuar lutando contra as terríveis ameaças que desejam entrar em meus domínios, você é a pessoa mais importante para mim e eu quero selar isso. ─ comentará o loiro, ajoelhando-se no chão e retirando uma caixinha do bolso.

── verena elizabeth caelum, você aceita casar-se comigo? ─ me fez a pergunta e esperava pela resposta ansiosamente. ── eu aceito! ─ esbocei um sorriso ladino, eu não poderia dizer não, afinal de contas, eu era apenas uma cláusula no contrato do meu pai, um tapa buraco, então o que eu poderia fazer a respeito? nada.

Tamlin levantou-se, olhou-me nos olhos e inclinou-se para deitar teus lábios avermelhados nos meus, o nosso beijo começará calmo, aprofundando-se num mar de sentimentos e emoções, uma lágrima escorrera dos meus olhos, tendo em vista que, nunca mais terei minha liberdade de volta.

𝗖𝗢𝗥𝗧𝗘 𝗗𝗘 𝗖𝗔𝗢𝗦 𝗘 𝗥𝗨𝗜́𝗡𝗔𝗦 ✦ acotarOnde histórias criam vida. Descubra agora