CAPÍTULO 6

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Noah

A Thaís começou a me evitar depois do dia que quase nos beijamos.

Eu queria muito ter conseguido o papel principal e agora nem papel eu tenho. Por causa de um deslize que tive na minha audição fiquei em segundo lugar e não vou ser o protagonista.

Ainda tenho que mesmo sem papel assistir aos ensaios. Pelo menos eu conheci a Anne Stevens.

- Tudo bem, Thomas. - Disse Anne. - Agora você entra fazendo fouettés.

O Thomas parecia um pouco tonto fazendo os fouettés até que caiu de cabeça no chão.

- Alguém liga para a ambulância. Ele desmaiou. - Alguém gritou.

Em alguns minutos a ambulância chegou e o Thomas foi levado ao hospital.

- Tudo bem, turma se acalmem. O Thomas ficará bem. E por favor, Noah assume o lugar dele.

Me levanto e vou para o lado da Thaís. Sinto ela tentando se afastar de mim.

Ensaiamos todos os três atos e o ensaio acabou.

Depois que o ensaio terminou, várias pessoas foram tirar fotos e pedir autógrafos com a Anne Stevens, até mesmo os alunos das turmas de break e dança contemporânea.

[...]

- Thomas. - Digo batendo na porta.

- O que você quer? Veio se gabar porque agora o papel principal é seu?

O Thomas nunca gostou de mim e parece que ele não se agradou muito da visita que eu o fiz no hospital.

- Não, eu só vim para saber como você estava. Já que parece que você não me quer por aqui, eu vou embora.

Desisto de tentar ser simpático com quem não gosta de mim.

Falando em gostar de mim... Será que a Thaís ainda quer falar comigo?

Pego meu carro e dirigo até a casa dela. Bato na porta e outra garota me recebe.

- Hã... A Thaís está?

- Sim, vou chamá-la. - Disse ela depois de me olhar de cima a baixo.

Depois de alguns minutos Thaís desceu as escadas. Por um momento, eu me arrependi do que eu ia falar.

- Que foi? - Thaís cruzou os braços.

- Tem um tempo para conversar?

- Tenho.

- Na verdade, eu só quero te pedir desculpas por quase ter te beijado naquele dia e espero que isso não prejudique a nossa futura amizade.

Eu ainda queria beijar ela, mas eu não podia obrigar ela sem que ela queira.

- Perdoado. E não, isso não vai prejudicar nossa amizade. - Sorriu.

- Muito obrigado. Quer sair?

- Tudo bem.

Fomos conversando até a Subway.

- Ai, meus pés estão doendo. - Disse no meio do caminho.

Olho para seus pés e estavam com machucados e com vários curativos.

- Sobe nas minhas costas.

Eu fui carregando ela até chegarmos ao restaurante.

Parecia até mesmo que nos conhecíamos a anos.

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