Mey-rin, a empregada

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Bard ajudava Mey-rin a limpar os cacos de vidro pelo chão.

- O que está acontecendo com você hein? - O Cozinheiro Indagou com o cigarro apagado ao lado da boca.

- Me-Me desculpa! Desculpa! - A ruiva se curvava freneticamente.

- Não é para mim que você tem que se desculpar. O Sebastian estava furioso por você ter quebrado os pratos e xícaras importados da França. Ontem você derramou água encima do Bocchan e antes sujou toda a escada com graxa de sapato ao confundir com cera de chão.

- Foi tudo um acidente! Eu não queria fazer essas coisas.

- Tem que se concentrar mais.

- Eu sei...

A empregada abaixou a cabeça com vergonha de seus erros. Ela deixou Bard na sala e foi em busca de outra vassoura e um recipiente com água. No corredor encontrou o mordomo que estranhamente parecia esperar por ela.

- Mey-rin - Ele a chamou.

- Si-sim senhor Sebastian - A mulher nunca conseguia se sentir a vontade perto dele.

- Terminou a limpeza?

- Ainda não.

- Se apresse! A hora do jantar do jovem Mestre se aproxima. É preciso organizar a mesa.

- Si-sim senhor.

- Fique ciente que os estragos que fez será descontado de seu salário. Bocchan não se importou com sua estupidez ao derramar água nele, mas eu não irei perdoar isso. - O mordomo estava bravo- Já imaginou se ele ficasse doente? Imaginou?!

- Não senhor.

- É mesmo uma idiota!.

O Dono da mansão ouviu a repreensão ditada por Sebastian.

- Já chega!! - Phantomhive mandou depois de sair de seu escritório e dar de cara com seus empregados.

- Bocchan, eu estou...

- Cale a boca Sebastian! Bastardo! Eu nunca ficaria doente com um pouco de água. O que acha que eu sou?

- Bocchan...

- Cale-se!

O Conde observou a mulher com as mãos trêmulas e com a cabeça baixa. Ela tinha medo de ter desapontado seu Mestre.

- Como está sua visão? Os óculos ainda são úteis?

- Sim jovem Mestre. O presente, o óculos que o senhor me deu me serve muito bem.

- Então não existe desculpa para cometer um erro atrás do outro. Se esforce mais!

- Sim jovem Mestre.

O Conde desviou seu olhar para o demônio que o observava atento.

- Quero comer alguma coisa doce. Leve ao meu escritório.

- Nada disso Bocchan. Se comer agora perderá o apetite. Após o jantar me certificarei de lhe servir uma delíciosa sobremesa.

- Tck! - O menino estalou a língua com mau humor.

O mordomo sorriu. O mestre retornou ao trabalho, muitos documentos de sua empresa ainda precisavam de sua atenção.

- Senhor Sebastian me desculpe por tudo. Eu vou me esforçar muito mais de agora em diante.

- É como o Jovem Mestre disse. -Começou a andar para longe- Vá limpar sua bagunça e avise o Bard que preciso dele na cozinha para descascar batatas.

Mey-rin sorriu ao ver que Sebastian não estava mais irritado.

Ela olhou seus pés e fez um nó em suas botas que estavam desamarradas em seguida correu para pegar a vassoura.

Matar e limpar eram o seu trabalho. Não queria mais passar vergonha . Desejava não quebrar mais nada.

Pelo seu Mestre.

Por seus amigos.

Por si mesma.

Se esforçaria mais.






fim

Imagine kuroshitsuji Onde histórias criam vida. Descubra agora