Capítulo 11: 4h separados part s/n

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hora: 01:00

Quase me afoguei, saí da água e olho ao redor, eu não sei ao certo o quão longe estou do Carl ou do local onde o vi pela última vez, eu sinto as lágrimas escorrerem pelo meu rosto só lembrar o Carl me gritando, eu fui muito estúpida... Eu quis o proteger mas... Eu o abandonei, e agora ele está sozinho, e é minha culpa, eu fui fraca, mas não serei, não mais ele precisa de mim, se eu seguir o caminho contrário ao rio eu posso chegar lá novamente, eu devo ter me afastado bastante, e eu não irei desistir, eu vou achar o Carl!

Ponho meu instinto de sobrevivência para funcionar, eu preciso só ficar viva, ficar viva por ele, o encontrar, está Sol, devem ser por volta das 08h, volta a ser só eu e meus pensamentos, como era antes, na verdade antes do Carl, porque o que e o antes né? Acho que não tem mais nada do antigo mundo, apenas o sol, o sol continua igual, pelo menos isso, mas agora só existe pra mim um antes, o antes de conhecer o Carl Grimes, o garoto que me mostrou o amor, antes disso a minha vida não era interessante, eu tava na escola me preocupando com coisas que hoje parecem extremamente fúteis.... Sou arrancada dos meus pensamentos quando ouço um rosnado parece um zumbi! Olho pra mim, estou sem faca e sem arma, olho melhor e 4 estão vindo na minha direção eu preciso correr, ouço eles correndo atrás de mim. Eu tinha me esquecido como a vida era difícil, eu tava no mundinho de fantasia sonhando acordada, numa fantasia bela onde eu e Carl Grimes temos a vida dos sonhos, mas vida não é assim, pelo menos não agora.... Tropeço, caio no chão com tudo, me viro, um zumbi está quase em cima de mim, eu preciso pensar rápido! Eu vejo um galho, começo a puxar com todas as forças quando o zumbi caí no mesmo lugar que eu, e começa a rastejar na minha direção, rastejo rápido de costas, olho por 0.1s para traz e vejo os outros vindo dou uma pesada na cara do zumbi pra o afastar e vejo um galho, esse estava solto, consegui atravessar pelo olho, me levanto e solto o galho e corro para os outros 3, usos cada ponta para matar 2, sobrou um... E agora.

Pensa, pensa, pensa... Eu vejo uma pedra, o derrubo com um golpe no joelho e me jogo em cima dele, e bato com a pedra inúmeras vezes, vejo o seu cérebro escorrer, e dia cara irreconhecível, está cheirando a podre, e eu estou coberta disso, penso em voltar pro rio e me limpar mas não posso arriscar de ir mais longe ainda, eu fui arrastava por cerca de 1h, então já devo estar 2~3 dias de caminhada longe dele contando que a correnteza ta MT forte, foi quase um milagre eu ter conseguido sair, não sei se terá outro milagre, vasculho os zumbis que eu matei, estão com pouca coisa, mas pouco é melhor que nada, e de qualquer forma, sem mochila não posso ter muito, ele tem um coldre, o meu foi levado pela correnteza, então agora tenho um novo, nele encaixo rum faça que está meio cega mas é melhor que nada, e observo, meia garrafa de água e uma pochete, tem remédio, são pra hipertensão, e tem remédio pra dor, fico com os para dor, e jogo o outro fora, para abrir espaço, e só nada a mais, mas já é alguma coisa, pro sorte estou bem nutrida por Alexandria, posso aguentar bem, por um tempo.

Hora: 03:00

Esse riacho parece não ter mais fim, eu preciso parar um pouco estou com muita sede, matei a fome comendo um esquilo que eu encontrei no caminho, estou cansada, já devem ser umas 10h e eu estou cansada, meu Deus, eu lutei muito pra sair do rio, que ideia idiota... Se eu tivesse feito melhor, se eu fosse melhor, eu não deveria nunca ter me jogado, agora parece muita burrice, eu nunca deveria ter deixado o Carl, eu não estava o protegendo, estava com medo de algo o acontecer e eu nunca me perdoar, eu fui egoísta, que merda, mas isso é por ele, irei o achar, em algum momento, pra minha sorte a área do rio em que estávamos é sem singular, tem uma enorme pedra com musgo, de onde eu Pulei e anteriormente estava com o Carl atirando pelos arredores... ele é tão atencioso... Como pude ser tão... Tão... Tão ruim pra ele, meu Deus...

Estou com dor nos pés, vou parar um pouco, preciso comer...

Hora: 03:40

Isso é... COM CERTEZA É, PUTA MERDA É UMA TARTARUGA! É difícil de abrir, mas fácil de caçar, vai matar minha fome e sede pelo sangue, vai ser ela mesmo.

-Me desculpa criaturinha....- falo baixo antes de matar a tartaruga.

Começo a comer com muita voracidade, estou faminta, não comi muito de ontem pra hoje, mas essa tartaruga apareceu quase que como um milagre... Minha sorte, provavelmente morreria sem ela, é difícil se manter bem sem comer...

Hora: 04:00
É.... Acho que já que parei pra comer, posso amolar um pouco a faca.

Ecos De Um Apocalipse: Encontrando O Amor Com Carl Grimes Onde histórias criam vida. Descubra agora