10 Equipe Mesquinha (Zayla)✔

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Girando meu corpo, não consigo localizá-lo em lugar nenhum, na verdade, nem consigo cheirá-lo.

Como isso é possível? Os companheiros sempre podem cheirar uns aos outros! Mesmo os vampiros... quero dizer, podem, certo?

Meu cérebro está muito mole do intenso orgasmo que seu dedo acabou de me dar, que tentar entender minha falta de sentidos está se tornando tão frustrante quanto impossível acalmar minhas pernas bambas.

Com meu corpo ainda trêmulo, começo a procurar por Paisley. A
tarefa fica mais fácil quando as pessoas começam a voltar para casa ou saem com seus parceiros recém-adquiridos.

Vendo-a do outro lado do clube se esfregando no cara que antes estava se esfregando em mim, aceito a derrota sobre a situação em que estou
e caminho até eles.

Tentando sacudir a sensação que está paralisando todos os meus nervos... saudade. Eu me planto na frente de Paisley, que apenas sorri para mim enquanto continua a dar uns amassos no homem atrás dela.

Tentando o máximo que posso melhorar o meu humor, começo a
dançar ao som da música.

Sem sair da frente de Paisley, mas sem chegar perto o suficiente para tocá-la.

Isso até o cara atrás dela fixar os olhos em mim. Seus olhos se arregalaram, como se cada parte de sua existência tivesse sido apagada. Seu corpo inteiro congelando no lugar.

- Eu sou gay. - Seu tom é vazio, sem emoção. Paisley se vira para ele, ambos os nossos olhos se arregalando de surpresa com sua observação aleatória.

- Eu sou gay, - ele repete no mesmo tom morto, minha confusão rapidamente sendo superada pela raiva estampada.

- Não, você não é, você estava se esfregando na minha prima, então
veio e me fodeu! Bissexual talvez, mas definitivamente não é gay. - Ela fala amargamente, sua confusão rapidamente sendo ofuscada pela raiva que sua loba está sentindo sobre a rejeição deste humano.

A questão é que ele não tirou os olhos de mim, e isso está me assustando pra caralho. Mas também é suspeito.

Então, me arrisco e ando até ele, tocando seu ombro. O movimento é
inocente, mas quase o fez perder o controle.

- Eu sou gay!

Levantando minha sobrancelha, me viro para Paisley.

- Eu acho que ele foi compelido. - Com a minha observação, eu vejo como a raiva em seus olhos se dissipa, sua loba finalmente percebendo também.

Caminhando até ele, ela agarra seu rosto e o vira de forma que ele fique de costas para mim, no caso, ele se interessa por ela! Seu comentário dizendo que é gay é logo esquecido. Com meu palpite de que ele foi de fato compelido se provando estar correto, fico intrigada, quem fez isso?

Meu único palpite é Soren! Mas quando diabos ele teve tempo? E
também por quê? Porque ele dançou comigo?

Olhando ao redor da sala novamente, tentei localizar o cheiro de Soren. Mas não está em lugar nenhum.

- Por que eu não consigo sentir o cheiro dele? - Eu suspiro, tentando entender.

Assim que meu suspiro deixa meus lábios, seu cheiro me atinge como
um trem, sua voz de cavalo ronronando em meu ouvido.

- Porque você não deveria.

- O que você quer dizer? - Eu digo enquanto me viro para encará-lo. Mas, como sempre, ele não está lá.

De saco cheio do jogo que jogamos esta noite, eu começo a andar
para onde Paisley e seu amigo humano compelido estão.

Batendo acidentalmente em um grupo de pessoas enquanto tento passar, percebo que todos têm o mesmo olhar vazio que do outro
homem.

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