Fix you - Bruno Rezende

vent­uno

Já estávamos namorando um pouco mais de seis meses, para saber o tempo exato é só perguntando ao Bruno porque eu sou uma negação com datas. Já frustei bastante com isso, e meu namorado já ficou chateado algumas outras vezes também, mas hoje em dia ele lida super bem e sempre que nosso aniversário de namoro, ou alguma outra data especial se aproxima, ele começa uma contagem regressiva e isso tem me salvado nesses últimos tempos.

Namorar ele quer dizer morar com ele, e mesmo o tempo passando, parecíamos que ficamos congelados no primeiro mês. Existiram discussões de quem vai lavar a louça, o porquê do lixo do banheiro ainda estar ali e não no lixo da garagem, quem vai cozinhar hoje e por aí vai...

Tínhamos a Márcia que ajudava em tudo mas quando ela não estava era ladeira abaixo. 

Ainda não tinha deixado de ser empolgante viver essa nova vida com ele, passamos anos desejando isso e morar com ele, conhecer suas novas manias, zoar essas novas manias, provocar até ficar sem saída e perder o fôlego pela cosquinha que estava recebendo, era empolgante demais !

Era bom chegar em casa e ler algum bilhete que ele deixou, ou estar concentrada no trabalho, procurando por  alguma coisa, arrumando alguma bagunça dele ou simplesmente estar jogada no sofá, e do nada receber um beijo dele de tirar o fôlego que me fazia soltar um riso mais espontâneo possível e minha perna dar uma bambeada que arrancava um mesmo riso dele.

O apartamento tinha ganhado forma e ele tinha dado os toques especiais para combinar também com sua personalidade, e isso resultava em um tênis do lado da porta da entrada que nunca saia de lá, a toalha em cima da cama que um dia ou outro ele deixava para dar ao quarto um estilo mais despojado e um cheiro mais particular, e por aí vai...

- bê, vamos dormir na sua mae amanha né ? - entro no quarto de hóspede - que tínhamos transformado em um escritório - e acabo interrompendo uma reunião dele com a Ale - desculpa, pensei que já tivesse terminado

- já terminamos sim amor, vem cá - me sento em seu colo e cumprimento o casal do outro lado

- Oi Thalii, estávamos perguntando de você agora, a reunião acabou e queríamos mandar um beijo para você

- hummm, então cheguei na hora certa - falo brincalhona e eles concordam

- já terminou o jantar ?

- já sim, mas como adivinhou? O Bruno te falou ?

- ninguém falou não mas esse pano no ombro te entregou - o Giu aponta, fazendo com que eu e meu namorado olhassemos para o meu ombro, e rimos por ver uma mania que peguei da Sueli, que pegou da sua mãe e que pegou da sua avó, que pegou ...

- a reunião foi boa ?

- depende, depende - a Ale da um sorrisinho amarelo e meu namorado me abraça mais - Modena quer seu namorado de volta

- meu Deus, sério? Caramba amor que incrível - respondo empolgada mas todo mundo continua com a cara de poucos amigos

- eu recusei

- por que ?

- podemos conversar sobre isso depois ? - concordo - Danii, vem cá falar com os tios - ele chama minha sobrinha e ela vem correndo até a gente.

- cadê a Giulia e a Helena ?

- oi para você também Daniela - a Ale se finge de brava e ela arregala os olhos  - a tia está brincando meu amor, elas estão aqui - falo com as meninas, me despeço do pessoal e deixo o Bruno e a Dani ali e  aproveito para voltar para a cozinha para  finalizar nossa janta.