venti­sei

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Bruno: Linda, daqui a 3 minutos você já pode tomar seus remédios das 15:00.
Bruno: pedi para a Sueli comprar aquele pão que você gosta e ela só vai te dar depois que você tomar o remédio.

5 minutos depois...

Bruno: comeu o pão? 🤔

Eu:  não tinha nada de bom 😒

Bruno: amor, ela já me contou que você tomou certinho e já tá comendo o pão
Bruno: hahahah isso aí

Eu: 😡😡

8 horas depois

Bruno: já são 23:00h e você já pode tomar o remédio.

Eu: desde que cheguei no Rio você fica mandando essas coisas, já tem uma semana que te pedi para não fazer mais, e você continua
Eu: já te falei que não precisa

Bruno: não parei e não vou parar. Não me dá trabalho nenhum e eu me preocupo com você.
Bruno: você é tudo para mim e sabe disso
Bruno: amanhã de noite estou chegando aí e o tio Ricardo já te liberou para voltar para São Paulo
Bruno: tudo está pronto te esperando

Eu: já saiu do meu apartamento?

Bruno: te amo, amor ❤️

Eu: não estou brincando com você Bruno

Duas semanas da tal viagem, e consequentemente, duas semanas do acidente e do fim do relacionamento dos dois.
Mesmo que 95% do tempo não parecesse que eles estavam separados, mas estavam, e a Thalita estava certa dessa decisão.

Esses últimos dias foram extremamente difíceis para ela. O medo da cicatriz, as bolhas, a coceira, dor, todos os milhares de remédios que tinha que tomar e os curativos que eram horríveis de serem feitos, já estava esgotando demais a cabeça dela.

O estresse, impaciência, ansiedade, estavam presente no seu dia a dia e todos a sua volta sofriam com isso.

Nem a Daniela conseguiu fazer com que ela relaxasse um pouco.

Até a afilhada olhou para o pai e disse que a dindinha estava que nem a Lele, e o Fernando arregalou os olhos por lembrar que essa tal Lele era uma menina da escola da filha que era insuportável e que a Daniela SEMPRE chamava de chata.

Vir para o Rio não estava sendo uma tarefa fácil para o Bruno, mas isso não o impediu de vir e voltar no mesmo dia. Ignorou o cansaço e a regra que tinha de não se desgastar no dia anterior de trabalho, já que passou 12 horas dirigindo antes de um jogo importante.

Ele chegava e era muito mal recebido. Ela sempre deixava claro que eles não tinham mais nada e pediu para que ele saisse do apartamento dela, que depois de muiito negar, acabou respeitando o seu pedido e vendo que negar isso seria escrotice demais.

Todo mundo falava que essa irritabilidade dela era geral, mas ele sabia que com ele ela tinha motivos.

- oi Susu

- oi Bruninho - ela odiava ser chamada de Susu e ele odiava ser chamado de Bruninho MAS eles criaram um carinho enorme um pelo outro por conta das mil mensagens e ligações que o Bruno fazia para ela - finalmente chegou o dia que você tanto esperava

Fix you - Bruno Rezende Onde histórias criam vida. Descubra agora