Do pó ao pó

Vagamente

"para as águas que um dia tentei secar "

Cada momento que respiro
Não piro,
Mas me inspiro.
Com palavras atiro,
No alvo que miro
E ne um suspiro, certo atinjo.

"Colecionadores de ilusão"

Conheci um colecionador de ilusões um dia, era um homem alegre... bom, aparentava ser um homem alegre.
Me disse, que pagaria um bom preço pelas minhas ilusões. Claro, de imediato me interesse.

Disse-lhe que crio ilusões... ele me olhou espantado.

Pobre homem coitado.

Perguntou-me o porquê, lhe respondi que em alguns caminhos da vida aprendi a converter ilusões minhas, para criações minhas.

Não sei se ainda estava perplexo, já que não demonstrava expressão nenhuma. Esperei que falasse algo, e falou.

– bom, se é assim, mostre-me suas últimas criações, minha jovem. – ele parecia interessado muito, de fato.

Mostrei minhas últimas criações para ele.

– aparentas ter vasta experiência, qual foi o fruto de sua inspiração, para tais obras? – seus olhos pareciam saber algo, mas duvido.

– várias pessoas. A última em especial foi para me desviar, dos pensamentos que me acarretaram sobre está pessoa. – as simples palavras com grandes significados...

– tu desviava de ilusões sobre um romance? – vagas perguntas.

– corria eu, de ilusões sobre um romances – falei de forma divertida. Mesmo que estranha, é uma conversa agradável.

– jovens e suas formas de fugir do amor e de suas dores... me resta comprar suas criações, que de fato são cativantes. – falou nostálgico e decidido.

– leve-as de graça, somente as leve. Há muito sentimento nelas, não conseguiria guardar...

Ele parou, apenas me olhando profundamente, respirou fundo, às pegou delicadamente e logo às guardou consigo.

– boa vida minha jovem, estarei pelas redondezas , caso queira vender suas "criações"

Por ruas já andadas,
Por casas outrora habitadas.

Por medos
Me esgueiro.

Por amores
Com dores.

Por paixões
De bilhões.

E por ilusões
Que são criações.

Estarei aqui por tais razões e mais.