Mistérios?

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Não leia.

"Algo perigoso demais para ser negado"

As respirações oscilantes.
A aceleração necessitante.

Os batimentos desenfreados.
Aqui não há sentimentos.

Estamos onde os corpos
Se encontram.

Onde as bocas
Se unem.

O contato de imediato
Nos Prende em um enlaço,
Os pensamentos rasos
Misturam-se no rastro.

Rastro de emoção
Vira uma comoção.

Nas curvas dos corpos
Perdem-se todos os modos.

Quando sente,
Não desmente.
É estridente
E solene.

Só importa o prazer.
Só me resta saber,
Naquilo que é viver
Já não sei nem oque dizer.

Poís é viciante.
Inebriante.

É como mel os lábios,
São como nuvens seus enlaços.

Tuas pernas me rodeiam,
Suas mãos me tateiam.

"Estou me arrastando até você.
Já pensou no quanto me deixas louco?"

Sua voz é melodia
E isto me vicia.

Sinto sua pele macia.

Seu corpo quente.

Um aroma docemente venenos,
Um veneno que não resisto
E nem quero resistir.

Quero me abrigar em teus braços
E aproveitar teu afagos,
Enquanto a ti me entrelaço,
Enquanto em ti me encaixo.

Seu olhar me amarra.

A sensação
De te ter na mão,
Não tenho.
Pois é tu que me tens nas tuas mãos.

Me domina.
Me alucina.
Minha morfina
Que alivia
A dor da agonia.

Tomas cada parte do meu ser.
Tomas cada sentido do meu viver.

Mergulho em ti
E tu me afogas,
Nas tuas águas perigosas.

Me perco nas tuas curvas,
Me acho na tua luxúria.

Teus olhos de onça.

Teu corpo desnudo
É como um veludo.

Suas unhas me arranham
Me trazem prazer.
Somente o seu toque
Me faz estremecer.

Na curva do teu pescoço me escondo
Enquanto escuto você.

Ah maldito prazer
Esta aqui novamente,
Dentro de mim e dentro de você.

Do pó ao pó Onde histórias criam vida. Descubra agora