Do pó ao pó

Por onde Começo?

Na tempestade que envolvia
E encobria a maldade que via,

O frio batia,
Em pequenas gotículas frias.
Na chuva não se via
Nem um pingo da minha alegria.

Em suas casas,
Os homens se escondiam.
Em suas áreas,
As águas escorriam.

Das rosas vermelhas
O vento judiava,
E as folhas das palmeiras
O vento acompanhava.

Batia a brisa fria
Na parede das casas,

Da chuva fugiam
Os domésticos para as áreas.

Pássaros no céu não se tinha
E as flores devagar morriam,
Algumas mais se abriam,
E as nuvens o sol encobria.

As pequenas partículas de água
Mantinham constantemente
Contato com minha pele
E aquele gélido contato
Em mim causava arrepios.

Mirava eu a chuva.
Mirava eu a rua.
Mirava eu a nuvens nuas.

Vi ou não vi
Mas sei que senti.
Perdi ou não perdi
Só sei que vivi.

Esperava eu a chuva passar,
Esperava eu a ruas desalagar.
Esperava eu que minha mente a vagar
Não mais pudesse me enganar
Com romanticas pessoas para amar.
Só via, eu, a chuva acirrar.
Somente via a tempestade piorar.

O tempo não passava
E não era de odiar.
A chuva só aumentava
E isso me animava,
Mesmo encalhada
Em um triste lugar.