Lembro-me das Rosas

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Sempre que o frio vem Lembro-me das rosas.

O frio é como uma pessoa,
Que no começo parece boa.
Conforme o tempo vai passando
Essa pessoa vai mudando
E suas pétalas vai tomando,
Às esfriando e as congelando.

Tentando ao máximo
Tomar posse de nossas pétalas
E de nossa vitalidade,
Da nossa razão de viver
E da nossa felicidade.

Tudo ela vai congelando
E assim despedaçando,
Devagar nos sufocando
E devagar nos matando.
Pétala por pétala.
Molécula por molécula

Até somente restar
Uma história para contar.
Até somente nos privar
De se quer pensar em respirar.

Por isso devemos manter
Nosso coração quente,
Parra derreter
Cada fibra gelada
Que tentar tomar
Posse do nosso ser.
Devemos ressistir a esse frio,
Lutar contra ele e prevalecer.

Se não ele tomará
as nossas forças,
Nosso corpo,
Nossa pura alma,
E nossa vontade de viver.

E nos tornará uma
Extensão de si mesmo,
Gelo puro, e cheio de medo
Dominador e envenenador.

Um germe que se esqueira
Para infectar cada parte nossa
Que ele possa queira tocar.

Seja em mim, em você
Ou em quem você amar.

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