Anjo caído

5 0 0
                                    

(3)
Angela e eu começos a namorar depois de um tempo sando, era tudo muito bom,por um tempo achei que nosso relacionamento iria para ao altar, parecia um sonho, mas, como todo sonho ele acaba.
Ao passar dos dias Angela demonstrava seu ciúmes possessivo, desconfiava de cada movimento meu, tentei entende-la (sem resultado).
Nunca impedi ela de sair com suas amigas, nunca impedi ela de ter senha em seu telefone, ou até mesmo sair sozinha, mas ela nunca pensou desse jeito, quero dizer, esse é o mínino, o mínino para que o namoro de certo, não é?
20:23**
Chego em casa cansado pelo trabalho, a única coisa que eu penso é dormir e me afundar na cama até o despertador me acordar.
Tento subir as escadas com os passos leves para que minha namorada não perceba que tinha chegado, mas de algum jeito, ela sempre escuta tudo, isso até me assusta as vezes, por vezes eu acho que ela pode ouvir até meus xingamentos imaginários.

-- Logan? --era Angela.
-- sim?
Ela ser tão linda dificultaria tanto o nosso término... Seu cabelo estava solto com mechas atrás de sua orelha, uma camiseta de uma boy Band e de meias acinzentadas. Estava linda... como sempre, como é possível? ela me prende com a beleza divina dela, seus olhos fixaram os meus, e sua boca rosada me chamava, mas eu não iria cair naquele encanto de novo, pois toda vez que eu pensava em terminar ela me encantava.
-- por que está chegando a essa hora? Por onde esteve? -- me disse com um um olhar desconfiado e com os braços cruzados.
-- parei para comer um lanche.
verdade.
Mas ela não pareceu acreditar, e não desfez sua expressão seria em seu belo rosto.
Jogo minha mochila no chão e olho novamente para a garota de pele branca que estava a minha frente.
-- bom, eu vou me deitar. --digo quebrando o silêncio.
Me aproximo para beija-la, mas ela se afasta.
Sabe, estava cansado, e posso dormir muito bem sem beijos de boa noite.
Me viro para subir e ela diz
-- estava com quem?
Me recusei a virar.
-- Angela, já disse, parei para comer. Sozinho. -- disse pacientemente.
-- não minta.
Não precisava olha para ela para saber que seus olhos de âmbar estariam estreitos me encarando.
-- não estou mentindo. E sinceramente, não quero brigar.
É, mas ela queria, pelo visto.
Ela esticou a conversa por um bom tempo com perguntas como: "está saindo com quem?" "Por que está tão cansado?" E o resto eu me recusei a ouvir.
Perdi a paciência e apenas deixei ela falando sozinha e subi para nosso quarto, me joguei na cama e adormeci rapidamente.

Um tempo se passou e estava cansado de estar em relacionamento tóxico,  cansado de gritarias e de objetos da casa sendo quebrados com ataques de raiva da minha namorada, terminar com Angela era a minha melhor opção.

No dia seguinte estava  uma tarde nublada com aparência de chuva, o vento estava tão forte que parecia que eu ia voar.

Angela tinha ido ao shopping com suas amigas.
Nunca fui ciumento, sempre depositei toda minha confiança nela, só queria que fizesse o mesmo...
Pois ela é... Complicada.

Ao chegar em casa vejo a bela moça secando dobrando suas roupas novas, ao me ver chegando ela penetrou seu olhar ao meu.

-- Oi querido.
-- Oi. Podemos conversar? -- digo me sentando no sofá.
-- Eu estou bem, se quer saber Raminez.
Após alguns segundos ela com cara de desentendida veio até mim e se sentou ao meu lado.
-- Diga. -- disse com expressão confusa
Peguei em suas mãos.
Abri a boca para falar mas não saiu nem se quer uma palavra. Era mais difícil do que eu pensei, mas eu tinha que fazer isso de um jeito ou de outro.
-- não está dando certo. -- digo finalmente
-- oque não tá dando certo Raminez?
-- Nós.
-- nós? - disse com chamas no olhar.
-- Sim.
-- e por que não? Hum?
Sua cara já estava me assustando, seu olhar era mortalmente profundo e ameaçador, era esquisito.
-- Por que? Por que você não é mais como era antes querida, e eu não consigo mais você está ficando possessiva.
...
Por que eu pensei que daria tudo bem?
Ela gritou, até meus ouvidos se cansarem, perguntou de minhas supostas amantes, perguntou se não era o suficiente para mim, e disse que eu presciva de duas para me sentir melhor.
Fiquei quieto, pois ela estava sendo insolente e imatura.
-- achei que você seria diferente, merda, como eu pude acreditar em que você seria bom para mim-- disse ela com suas bochechas ficando vermelhas -- eu sou idiota demais.
Ela bateu em sua própria cabeça, puxando mechas de seu cabelo.
-- burra, burra eu sou muito burr-
-- você pode ir embora? -- digo cortando suas palavras agressivas - ok, já entendi que não sou bom pra você, mas por favor, você pode ir embora? -- disse assustado com seu comportamento.
Ela continuou gritando e fazendo ameaças duvidosas.
Ameças como
"VOCÊ VAI SE ARREPENDER"
"VOU CONTAR PRA SUA MÃE".
Cheguei no meu limite.
-- ANGELA FICA QUIETA! -- digo enfurecido.
O silêncio chegou finalmente e o único som que se ouvia era da chuva que havia começado.
-- não torne as coisas mais difíceis... Só vai embora.. por favor.
Ela pegou sua bolsa e saiu pela chuva.
Me deitei ao sofá e parecia que eu estava afundando por lá.
Disse a mim mesmo que estaria melhor assim, e que se não acabasse iria de mal a pior...
Está melhor assim.
Estava exausto.
E estava tão frio
E então eu simplesmente apaguei completamente acordando com uma ligação.
*Mamãe*
Atendi contente, sento falta da mamãe.
Ao atender não se ouvia nada além de sua respiração ofegante
-- mãe?
Sua respiração acelerava com a duração da chamada...
-- filho... Eu sinto muito
Ela disse entre soluços
-- mãe? Oque houve?
Meu coração estava a mil, sinto que a qualquer momento meus olhos iriam se encher de lágrimas.
-- seu pai filho... Ele...ele se..
Ela já não estava conseguindo falar, ou não achava palavras.
-- ele se foi querido.
O celular simplesmente caiu das minha mão.
Pai...

Uma volta ao tempoOnde histórias criam vida. Descubra agora