Dessa vez eu acordei sem está sendo observado e ameaçado por uma ferramenta.
Acordei o o quarto estava totalmente iluminado pelo sol por trás das cortinas brancas.
A cama de meu pai já estava arrumada e o do andar de baixo estava vindo um cheiro forte de café.
Então eu arrumei a minha cama e desci desanimado por perceber realmente que não iria voltar para casa.
Desço os degraus e na mesa de jantar havia alguns pães croissant, geleia de morango, a mais algumas coisas a mais, e também tinha uma carta que dizia em letra cursiva.
*ℬℴ𝓂 𝒹𝒾𝒶 𝓂ℯ𝓃𝒾𝓃ℴ𝓈, ℯ𝓈𝓅ℯ𝓇ℴ 𝓆𝓊ℯ ℯ𝓈𝓉e𝒿𝒶𝓂 𝒷ℯ𝓂, fui 𝒶ℴ 𝓂ℯ𝓇𝒸𝒶𝒹ℴ 𝒸ℴ𝓂 𝒯ℯ𝒹, 𝓋ℴ𝓁𝓉𝒶𝓂ℴ𝓈 𝓁ℴℊℴ, 𝒷ℯ𝒾𝒿ℴ𝓈.*
𝐄𝐬𝐩𝐞𝐫𝐚... 𝐨 𝐦𝐞𝐮 𝐩𝐚𝐢 𝐟𝐢𝐜𝐨𝐮? 𝐄 𝐮𝐦𝐚 𝐩𝐞𝐧𝐚, 𝐨 𝐜𝐚𝐫𝐚 𝐞́ 𝐚𝐬𝐬𝐮𝐬𝐭𝐚𝐝𝐨𝐫.
Me sento para comer e percebo que meus avós zelavam demais a casa deles, estava limpa, bem iluminada, as paredes brancas e as plantas e flores davam a o lugar um ar mais acolhedor.
Depois de alguns minutos ouço um barulho vindo de trás da casa, pelo quintal.
Vou até lá e vejo meu pai,
Estava com uma regata que valorizava os músculos e seu cabelo estavam extremamente rebeldes. Estava carregando pouco esforço uma máquina de lavar.
—você faz parecer que isso seja tão leve — digo e imediatamente Franklin me olhou com o mesmo olhar frio, até que ele deu um simples sorriso sem mostrar os dentes.
— acordou princesa?
𝐩𝐫𝐢𝐧𝐜𝐞𝐬𝐚?
— precisa de ajuda?
Ele me ignorou completamente e foi em direção a casinha de ferramentas e voltou com uma caixa de ferramentas, e se ajoelhou para a máquina.
— está quebrada?
— não, só estou querendo quebrar ela para consertar, oque se acha? - disse ele disparado.
Sinto que eu não devia mas eu ri.
— você é do tipo rebelde né? — não se parece com seu pai. — ele se levantou,sinto que não devia ter falado.
Ele ficou de cara a cara comigo segurando a gola da minha camisa.
— escuta, você não sabe de nada que acontece comigo, nem com meu pai nem com ninguém — disse ele ríspido.
— não, eu não sei, por que não tenha falado?
— por que você não vai dar uma volta e me deixa em paz?
— você é extremamente grosso, sabia?
— Ah, sinto muito docinho, nunca ninguém falou assim com o neném? É uma pena, mas porque não vai chorar para o paizinho?
Merda.
(É, acho que a esse ponto vocês já devem saber oque aconteceu).
Meu coração deu uma leve acelerada e tudo que eu consegui ver, foi o meu punho indo em direção do rosto dele.
Segundos depois já estávamos se batendo e rolando no chão, o nariz dele estava sangrando, e eu conseguia sentir o gosto metálico de sangue na minha boca.
Eu não escutava nada além dos gemidos de dor de Raminez.
- RAMINEZ! - era uma voz feminina.
Não ousei desviar o olhar até que sinto alguém me tirando de cima do Franklin.
Era Amélie.
Imediatamente me rendi com medo de machucar ela de alguma maneira.
— Logan? - disse ela nervosa — PARCE QUE VOUS VOUS BATTEZ, IL N'EST QUE 11H DU MATIN !
— pode falar na nossa língua? — disse
Franklin se levantando e respirando fundo enquanto limpava o sangue de seu nariz.
— por que vocês estão brigando? — disse ela tentando manter a calma.
— por que esse cara é um idiota — eu disse apontando pra ele.
— EU SOU IDIOTA? VOCÊ QUE ME BATEU.
— deixem de ser tolos Mon Dieu, Raminez, querem sua ajuda no café, pode ajudar?
Ele assentiu.
Ele pegou suas ferramentas rapidamente e saiu batendo a porta.
Amélie estava me olhando brava.
— que?
— que? QUE? IL NASO SANGUE, L'ABBIGLIAMENTO È SPORCO E MI CHIEDI "QUE"?
— eu não entendi absolutamente nada que você disse, más, você fica bonita zangada. — eu disse ainda arfando.
Ela suspirou.
Ela entrou em casa e olhou para atrás, como se dizia para eu entrar também.
Ela pediu para que eu sentasse no sofá enquanto ela limpava meus machucados com um lenço que ela tinha em sua bolsa.
— por que vocês brigaram?
— você é francesa?
— não mude de assunto.
— ele é um babaca.
— está passando uns dias na casa do babaca?
— sim.
— então respeite o babaca ou ficará sem abrigo.
Ela parou de limpar
— como sabe que estou dormindo aqui.
— não é difícil de notar, pijama, cara de sono e amassada, e tem farelos de pão na sua camisa.
— ele se acha superior e fala de mim como se eu fosse feito de pedra.
Ela tocou no meu rosto, mas não falou nada.
— por que não vai se trocar?
— é que eu não tenho roupas.
Ela sorriu, e me fez rir com seu riso.
Depois de alguns segundos conversando os senhor e senhora Raminez voltaram.
— Olá Amélie querida. — Disse Grace abraçando a garota - vejo que já conhece Logan.
— conheço sim.. e é sobre isso que queria falar, Logan está sem roupas.. não teria algumas peças para doação ou algumas que Franklin não quer mais?
— Ah... Claro, tenho si-
— oque houve com as suas roupas? - disse Ted interrompendo.
— eu não pude pegar, eu tive uma briga com papai.
— e veio apenas com um pijama?
— sim?
— mais uma pergunta?
— não? - eu já não sabia oque falar, estava totalmente tenso (estava extremamente suspeito).
— Ah, chega de aterrorizar o garoto, vou buscar algumas roupas para você tá? Espere um pouquinho.
Disse ela já saindo sorrindo.Grace me deu algumas roupas antigas de Raminez, e um tempo depois Amélie me convenceu a tentar conversar com meu pai, e eu só comprei a ideia porque sabia que qualquer ação que eu fizer nessa linha do tempo pode alterar a minha própria existência.
Amélie e eu estávamos a caminho da cafeteria...
— conhece ele a muito tempo? Franklin? — pergunto enquanto andávamos.
— desde sempre. — ele disse seria. — ele é como meu irmão...
— você vê John como um irmão também? — digo sorrindo.
Ela negou entre risos.
...Chegamos a cafeteira mas quando estávamos na porta quase entrando Amélie me puxou pelo pulso.
— escuta Logan — disse ela parando de apertar meu pulso. — Franklin é uma pessoa difícil então, peço que tenha paciência com ele.
— mais?
— sim Logan, mais. — ela me olhava com preocupação nos olhos.
— ok.
— obrigada — ela disse me soltando e dando um leve sorriso.Eu entrei a procura do meu pai, perguntei para a garçonete aonde ele estava, e ela me levou até a cozinha onde meu pai estava concertando um freezer.
—oi. — eu disse, mas ele não se virou. — Franklin, me desculpa por ter te batido, eu saí do controle.
— não quero pedidos de desculpas forjados, você só está aqui por causa da Amélie. — ele disse ainda sem se virar.
— não é mentira, mas...
Eu precisava falar...
— meu pai morreu recentemente e você não calava a boca..
Ele finalmente se virou.
— sinto muito pelo seu pai. — disse ele honestamente.
— Eu... Eu não tenho para onde ir entende?... Não quero ficar por aí nesse ano.
— nesse ano? — disse ele arqueando uma sobrancelha.
*Merda*
— nessa cidade, quis dizer nessa cidade. — disse um tanto nervoso.
Ele me encarou por um tempo.
Após longos segundos ele passa suas mãos sujas em sua calça, deixando ela pouco suja.
Ele se levantou e olhou para Logan novamente.
— tente entender. — suspirou — você é um completo estranho. — disse o garoto com um tom mais sutil que falou com Logan — e algumas características sua fez com ele meus pais comprassem sua ideia. Mas pra mim isso não é suficiente. — ele deu um passo para Logan — entende isso, Logan?
Logan assentiu.
Dessa vez Franklin não ficou a encarar Logan, parece que ele não pensou duas vezes ao voltar eu trabalho.
Logan se pos a ir embora mas quando colocou a mão na porta para empurra-la...
— Logan... — meu pai chamou — oque aconteceu com você e seu pai?....
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Uma volta ao tempo
RomanceQuando o pai de Logan Raminez morre é deixado uma herança, com alguns pertences malucos de seu pai, um desses pertences, era uma máquina que mudaria sua vida, deixando ela de ponta cabeça.