Florais de inverno

Linhas paralelas e cruzadas

          Infelizmente eu fiquei um período sem internet por razões pessoiais, me desculpem pela demora para entregar o capítulo. De qualquer forma, esse é um capítulo especial, pois parte dele foi escrita e dedicada ao meu pai, hoje ele completa 60 anos, dedico a ele por me criar da melhor maneira que conseguiu, e por me ajudar ainda hoje, o amo com todo o meu coração.

          Eu gostaria de agradecer a minha amiga maravilhosa CinthiaBartinni, ela é minha beta e me auxiliá com idéias na criação da história, ela é simplesmente perfeita! 💜

          No fim do capítulo deixarei mais algumas informações, aproveitem a história babys.

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          Sakura tardou a despertar naquela manhã, e se Hinata não a recordasse que hoje todos os nobres situados ali regressariam à corte ela não teria despertado. A perolada auxiliou a outra garota a  remover a camisola, e adentrar na banheira de água aquecida e perfumada, que  cheirava a laranjeiras.

          — A viagem dura seis horas, Vossa Majestade prezaria em trajar algo específico? – ela indagou ao mesmo tempo que desencharcava os fios rosa pálido.

          — Qual é a moda na corte? – investigou curiosa, relembrava das vestes luxuosas de Itachi, todavia, alguns súditos até aquele momento aparentavam manter o luto.

          — É mais singela que qualquer vestimenta de Vossa Majestade. – a perolada mencionou aborrecida. – Quem sabe com a chegada da senhora a tendência transmude.

          — O que você sugere então?

          Os olhos azul gelo da Uchiha arregalaram-se em entusiasmo, desde o período de aprendizado no convento idealizou a vida na corte, criou em sua mente vestidos e penteados estonteantes, entretanto, foi reconhecida como filha bastarda do rei antes do próprio falecimento, posteriormente a morte de Itachi desolou a corte. Optou por um vestido na tonalidade azul celeste, adornado por fios de prata que convertia-se em ilustrações de margaridas em medidas sortidas, linhas de ouro enfeitavam as mangas ligeiramente bufantes, o colo era enfeitado em um crochê caprichado até a linha dos seios. O cabelo foi unido no topo da cabeça, em um penteado de tranças embutidas e fitas anis. Sakura reparou como a atribuição proporcionou contentamento na ex Huyga que habitualmente expressava melancolia, à vista disso não reclamou do retardamento para ficar pronta, afinal de contas, outra dama teria que auxiliá-la igualmente.

          — Onde Karin está? – Hinata travou instantaneamente, todos conheciam o paradeiro da ruiva, se não estivesse acompanhando a princesa, situava-se elaborando algo para o amante.

          — Eu não sei Vossa Majestade, não tenho a encontrado frequentemente... – as orbes cinzentas baixaram até um baú repleto de sapatos empilhados. – A senhora prefere azul ou dourado?

          — Azul. – certificou-se  sem verdadeiramente fitar os calçados, proferiu em um timbre alto, para que ela não desconversar mais uma vez: – Quando terminar exijo que a traga, caso contrário irei me queixar com Vossa Graça o regente, sim?

          — Como Vossa Majestade desejar. – Hinata acatou ligeiramente, ao mesmo instante que engolia em seco, se ela se encontrasse com o príncipe como a tiraria dele? Certamente intercederia a Obito.

          Ino adentrou no recinto com o desjejum da rosada, composto por uma jarra de leite, meia dúzia de mini pães torrados em manteiga, uma vasilha com frutas da estação, dois bolinhos de laranja e calda de caramelo, linguiça assada cortada em cubos, e um recepiente com uma pasta feita a partir de azeitonas e azeite para servir juntamente as torradas. Foi a loira quem se encarregou de assessorar a princesa com os últimos detalhes, como os brincos pontiagudos de ouro branco, e um broche que lembrava uma flor de calêndula.