Até que a morte os separe

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"Diga a ela como se sente
Faça os discursos que ela precisa ouvir
Dê o seu coração, e diga "venha pegar"
E ela verá que você é um bom homem"
- Salted wound (Sia)

"Diga a ela como se senteFaça os discursos que ela precisa ouvirDê o seu coração, e diga "venha pegar"E ela verá que você é um bom homem" - Salted wound (Sia)

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Pagliuzza, Malta.

12 meses depois.

POV: Autora

-Temos mesmo que levantar? - A dona da voz manhosa esticou os braços agarrando o tronco de Vincenzo, enquanto colava o rosto em seu peito.

-Sim. - Confirmou, exalando um suspiro ao sentir a respiração quente de Cha-young em seu pescoço. Ele levou sua mão á alça da camisola de Cha-young, a descendo, enquanto depositava pequenos beijos em seu ombro: -Mas, acredito que ainda tenhamos alguns minutos...

-Ótimo... porque está tão quentinho aqui pra ter que te soltar!

Ele riu, passeando com as mãos pelo corpo da coreana. Deixou os lábios pousarem em seu pescoço, abrindo um sorriso maroto:

-Posso continuar te esquentando de outra forma...

-Uhl, que imoral! Deveríamos nos casar primeiro, senhor Cassano! - Disse contendo o riso, instantaneamente deixando-se embriagar por suas carícias.

***

A mão de Vincenzo acariciava a cabeça de Cha-young, que ainda tentava controlar a própria respiração afundada com o rosto na curva do pescoço do mafioso. Vincenzo também sentia sua respiração ofegante, no entanto, ambos sentiam-se igualmente anestesiados. O silêncio na companhia do outro não era nem um pouco torturante, era o que constatavam nesse exato momento, enquanto se mantinham abraçados, não desejando saírem daquela posição.

-Posso ficar aqui para sempre?

Ele riu, vendo-a erguer levemente a cabeça apenas para beijar seu ombro e repousar o queixo nele. Vincenzo, no entanto, passava a outra mão pelas costas nus de Cha-young, ele a repousou ao chegar na cicatriz e então passou a encará-la, a tocando suavemente. Aos poucos o silêncio foi sendo quebrado:

-Quando você levou esse tiro... você sabia o que estava fazendo? Quero dizer... por que você se colocou na minha frente?

-Eu não pensei muito naquele momento. Eu não me importava se eu poderia morrer, na verdade, acho que eu só pensava em te proteger. Então quando eu vi aquela arma, foi algo instintivo.

Vincenzo suspirou. Lembrar daquela noite ainda o provocada certo desconforto. Talvez porque tenha sido a primeira vez a experimentar o medo de perder alguém que, apenas naquela situação, havia se dado conta do quanto significava para ele. Seu coração nunca mais bateria da mesma forma se o desfecho tivesse sido outro. O mafioso parou de tocar a cicatriz quando levou o olhar direto para Cha-young, ao perguntar:

Un crimine per dueOnde histórias criam vida. Descubra agora