Quest'isola è mia (2)

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"O homem é o animal mais difícil de eliminar. Se ele escapar, ele voltará para te matar." - Salvatore Maranzano

" - Salvatore Maranzano

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POV: Paolo Cassano

Há tempos eu sonho em me vingar. Acabar com Vincenzo costumava ser meu principal objetivo. Desde Milão venho tentando e, por diversas vezes, estive perto demais de conseguir. No entanto, a sorte parecia acompanhá-lo em todas as ocasiões. Desde o dia que enviei homens até a Coreia para matá-lo e, no entanto, eles morreram, em vez dele.

Quando armei a emboscada em Florença anos depois, esperava que a explosão o matasse, no entanto, apenas lhe provocaram míseros arranhões. Até mesmo tentei de outra artimanha para lhe atingir, quando orquestrei um sequestro em Veneza. Porém, neste caso, eu admito ter avaliado errado a vítima do sequestro em questão. A advogada coreana com quem meu "irmãozinho" havia trocado alianças era mais esperta do que eu pensava.

Porém, pareceu muito conveniente para eu saber que durante esse tempo que precisei desaparecer - já que estava fugindo da polícia e de um número considerável de inimigos - Vincenzo havia formado uma família. E com isso, deixado transparecer um lado irracional, que eu jamais poderia imaginar: o do homem apaixonado, capaz de arriscar tudo pela amada. Entretanto, posso dizer que esse seu ponto fraco é também algo no qual nos assemelhamos e nos diferenciamos:

Vincenzo é capaz de tudo por quem ama; eu, por quem odeio.

***

POV: Autora

Descendo as escadas depressa, ao mover-se em passos largos pela casa, o chefe da família Cassano sentia um gosto amargo e nojento. A voz do outro lado da linha em nenhuma outra vez soou tão desprezível aos ouvidos de Vincenzo quanto naquele momento. O homem falava sobre princípios, em como odiava quando Vincenzo os mencionava e se colocava como o mais íntegro dos homens. Sua pose de "Eu sei o que estou fazendo e você não sabe nada" era o que Paolo enojava ao telefone, com uma voz raivosa e irradiante de vitória previamente dada.

Vincenzo pôde constatar não haver nenhum sinal de presença dentro ou fora da casa quando, por fim, chegou ao jardim. E embora esforçadamente controlado, o tom de Vincenzo era áspero e amargo quando interrompeu o próprio silêncio para unicamente pronunciar:

-Se machucá-la, irei pessoalmente até o quinto dos infernos atrás de você! Não lhe darei misericórdia dessa vez, Paolo!!

Um fervor podia ser sentido percorrer as veias do mafioso instantes após ele próprio encerrar a ligação. Vincenzo respirou fundo. Parado sob o céu noturno da ilha, ao pé da escada que cortava o jardim, o homem precisou de um esforço para limitar a enxurrada de pensamentos que lhe invadiam. Entre alguns questionamentos, algo que se perguntava era: Como aquilo havia acontecido? Como Paolo pudera ter acesso à sua ilha particular sem ser percebido?

Un crimine per dueOnde histórias criam vida. Descubra agora