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FlashBack

Mal cheguei a casa do Mike sentei-me na mesma mesa que Max usou para escrever as suas cartas.
Avisei aos outros que iria escrever um poema, eles não suspeitaram porque era uma coisa que eu faxia habitualmente. Mas Steve não estava convencido de que era isso que eu estava a fazer, ele estava sentado no sofá me olhando a cada segundo.
Como a boa pessoa que eu sou, obvio ne, eu decidi escrever cartas para todos, ate porque gosto de todos os que estão no grupo.
Demorei um bocado porque sao bastantes e não quero escrever qualquer coisa ja que essa pode ser a ultima mensagem que receberam minha caso eu morra.

×

Flashback:

Eu estava deitada na minha cama,  
o sol batia na janela e invadia o meu quarto cheio de luz. Nao pude deixar de acordar, tenho o sono leve e a luz nao me deixa dormir.
Levantei-me e fiz as minhas higiênes, como, tomar um duche, vestir uma roupa decente e tudo mais.
Quando estava a fazer o meu pequeno almoço a minha madrasta apareceu com o meu telemóvel na mão. Eu peguei nele e o ecrã apresentava no nome "Love❤" que era destinado ao Steve. Ele estava a ligar-me e eu atendi ainda com uma voz ensonada.

-Bom dia amor-disse eu.

-Desculpa Maya mas agora nao temos tempo para as nossas conversas matinais!-disse apressado.

-O que aconteceu!-perguntei preocupada.

-A Max...ela ouviu o relógio.-disse Steve num tom triste.

-Ai meu deus...-disse suspirando.

-Sera que podes vir ate a casa do Mike? Depois seguiamos para casa da Max para ela se puder despedir da mãe.

-Claro, vou acabar de comer e vou ja para ai.-disse e desliguei.

Assim que terminei a chamada a minha madrasta, lucy, não hesitou em ralhar comigo, bla bla bla, ai e eu acordei com a porcaria do telemóvel tocando! Gritava ela, mas o som nem tava tão alto assim. Provavelmente ela estava descendo as escadas e ouviu o telemóvel tocar no meu quarto e resolveu imbirrar comigo, como sempre.

Lucy saiu de casa antes de mim, mas uns 5 minutos depois também eu ja me encontrava a trancar a porta preparada para sair.
Mas...começei a ouvir um barulho, um som, um som com um tempo marcado, parecia um relógio mas, por momentos, pensei que fosse uma bomba. Apercebi-me de que não era a bomba...e sim o relógio do Vecna. Vi-o através da janela da porta, nao hesitei em abri-la novamente e em caminhar em direção ao relógio.
Fui até ele e toquei-lhe apenas com um dos meus dedos.
Ele era real, pelo menos parecia, eu conseguia sentir a sua textura, conseguia sentir algo em meus dedos.
Eu fiquei nervosa, nunca achei que isso me aconteceria, embora tenha traumas sempre lidei bem com eles.
Rapidamente a minha ansiadade despertou, quando isso acontece normalmente eu fico com raiva a acabo por bater em algo ou em alguem. No caso começei a bater no relógio que ao fim de uns socos desapareceu da minha frente.
O meu humor também nao ajudou, eu começei rindo porque eu literalmente começei a dar socos no relógio.

Por alguma razão continuei a ouvir o seu barulho irritante que me fazia pensar como seria ser morto pelo vecna.
Sera que a Chrissy, o Fred e sei lá mais quem foi morto por ele sentiu a morte? Sentiu todos os seus ossos serem quebrados ao mesmo tempo? O seu maxilar sendo torcido para um dos lados e ainda sentir os seus olhos serem sugados para dentro? Espero não sentir nenhuma dessas coisas, caso isso aconteça, eu própria prefiro me matar com algo não doloroso. E pronto cá estou eu...a falar bobagem. Ou sera que não é bobagem?
Pensava eu na altura em quanto ainda estava paralizada tentando processar que eu também tinha ouvido.

O barulho continuava e eu tentava combate-lo com a voz em meus pensamentos, sem resultado entrei no carro e liguei a música no máximo e lá o som foi desaparecendo ate eu chegar a casa do Mike.

×

Quando acordei estava com a cabeça deitada em cima das cartas que eu escrevera. Estavam todos dormindo. Vi as horas e marcava 18:46h. Levantei-me e sentei-me do lado do Steve que acordou logo a seguir e me puxou para um abraço e depois deitei-me com a cabeça em cima de suas pernas. Ele ficava mexendo no meu cabelo e acabei adormecendo novamente.