Capítulo 8 - Horácio

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Horácio já havia achado estranho o modo como William vinha olhando para ele, como se não gostasse da sua presença ali, sua hipótese foi afirmada quando na manha daquele dia William apareceu no corredor enquanto Horácio descia, ainda era manha, quando o encurralaram.
Horácio se perguntava onde estava seus guardas ate ver um sendo arrastado para dentro de uma sala.
-O que vai fazer comigo? Pergunta Horácio tentando manter a calma e pensar em algo rápido.
-Estou pensando ainda, talvez você seja levado como cumplice. Diz William rindo.
-Cumplice do que? Pergunta Horácio.
- Talvez você descubra se eu não achar um jeito de te matar sem gerar muitas perguntas.
- Então é isso que vai fazer, me matar?
-Esse é o plano, agora preciso de você bem quieto, então vai doer um pouco. Diz William quando um soldado atrás dele o acerta a cabeça.

Horácio acorda em um lugar escuro, deitado no chão sujo e úmido, ele levanta e observa atordoado enquanto sua visão melhora pouco a pouco. Não adianta muito, quando se recompõe por completo ainda não há muito que ver, o lugar é mal iluminado, uma cela, é o que observa Horácio já que há grandes enferrujadas bem à frente, enquanto dos outros lados paredes de pedra onde corre um pouco de agua que sai do teto, em outros pontos cai direto no chão.
Ele se dirige há frente e gruda na grade tentando ver o que mais tem ali, há sua frente tem uma cela igual a que ele se encontra, correndo os olhos pelo corredor, consegue ver mais algumas, de fato era uma prisão, pensa Horácio.
Ele esta em uma das celas no meio, pelo que vê julga que tenha cerca de dez ou mais, não consegue ver se há outras pessoas presas, mas ouve barulhos vindos do final do corredor, não sabe onde fica a entrada então poderia ser tanto de guardas como de presos.
Fica assim esperando algo por alguns minutos ate que desiste e procura algum lugar seco para se sentar naquele buraco.
Nunca pensou que estaria em uma prisão, sabe pouco sobre elas, pelo menos sua experiência parte do ponto em que tinha uma em Eslavos, e que mesmo que a tivesse visitado poucas vezes poderia reunir algumas informações.
Como os Reinos partilhavam de uma mesma engenharia, mesmo não sendo iguais, com sorte, ambas as prisões ficaria no mesmo lugar, lado Oeste da cidade, no subterrâneo, como um calabouço, mas não ficava dentro do Palácio, por segurança da família real.
A luz do sol não entra na prisão por isso é difícil dizer quanto tempo Horácio ficou ate que um dos guardas aparecesse com um novo prisioneiro.
Abre a cela e jogam sem cuidado algum o homem, que cai de bruços.
Horácio espera ate que os soldados se afastem rindo para chegar perto do sujeito e vira-lo. Ele fica surpreso ao perceber se tratar de Hector.
Estava com uma aparência horrível, sem contar um pouco de sangue saindo da cabeça ferida.
Não demora em retomar a consciência enquanto Horácio observa de longe, tentando evitar que ele o confundir-se com um soldado.
-Ai. Levanta Hector murmurando e colocando a mão na cabeça, depois olhando para a mão um pouco vermelha do sangue.
Estava agora sentado de costas para Horácio.
-Imaginei que fariam algo assim, mas achei que não pudessem te prender. Diz Horácio para Hector que vira rápido para olhar quem falava.
-Horácio?
-O próprio.
Hector observa um pouco como se tentasse raciocinar.
-Me disseram que estava passando mal. Diz Hector ainda com a mão na cabeça.
-Não me procurou?
-Não tive muito tempo. Diz agora observando o lugar.
-William não pode te prender, logo todos vão notar sua ausência.
-Pensaram nisso também. Diz Hector.
-Como assim? Pergunta Horácio se sentando de frente para Hector.
-Os conselheiros, me traíram, tenho certeza que William comprou metade da cidade antes de realizar isso, do contrario não daria certo.
-Como vão te manter aqui dentro, os cidadãos vão tirar satisfação do seu sumiço, se tornaria Rei amanha, vão se rebelar caso não tenham motivos para te prender. Diz Horácio.
-Chegou ao ponto chave da traição de William, ele envenenou o próprio pai, para me acusar da morte dele, vai ser a palavra de todos os poderosos da cidade contra a minha.
-Entendo, para não haver uma guerra entre Avalor e Westgard por causa desse falso assassinato seu, o povo terá que aceitar, Westgard vai se tornar submissa à Avalor.
-Exato. Confirma Hector.
-Bom, precisamos sair daqui o mais rápido possível então. Diz Horácio se levantando e indo ate a grade para ver se algum soldado ouvira o que eles haviam conversado.
-Não sei se adiantaria, tudo foi muito bem planejado, o povo vai me olhar como um assassino.
-Esquece isso. Diz Horácio com um tom mais alto que o normal, se virando e encarando serio Hector.
-Acredita que isso possa melhorar? Pergunta Hector com ar de ironia.
-Acredito que não vá acabar tão favorável para William, não é hora de desistir, e deixar seu povo, o mesmo que acreditava em seu pai, decepcionado.
Hector pensa por alguns instantes antes de se levantar, respirar e resolver estar disposto a fazer o necessário para honrar seu pai e seu povo.
-O que acha que devamos fazer? Pergunta Hector, agora com seriedade.
-Não sei direito ainda, Existe algum jeito de se sair dessa prisão? Pergunta Horácio.
-Tem uma porta seguindo o corredor à esquerda, mas tem guardas, e teríamos que sair primeiro da cela. Observa Hector.
-Existe outro jeito? Pergunta Horácio.
Hector pensa por alguns instantes, mas a lembrança não demora em vir à sua mente.
-Bom, na verdade sim, mas somente se essa for à cela de numero sete. Diz Hector se virando e indo para a parede no fim da cela, enquanto Horácio sem prestar muita atenção nele tentar olhar o numero gravado na parede de pedra encima da grade, mas não consegue ver então supõe que não seja já que a cela enfrente tinha o numero quatro.
-Acho que não deve ser... Diz Horácio voltando seus olhos para um Hector diferente apalpando e puxando as pedras na parede em busca de algo.
-O que procura? Pergunta Horácio se aproximando curioso.
-Tem razão, não deve ser. Diz Hector parando e se sentando novamente.
- O que tem nessa cela sete? Pergunta Horácio.
-A prisão de Westgard não é tão usada assim, mas varias pessoas já passaram por aqui, uma vez dois homens conseguiram fugir, o fato ficou bem famoso na época, eu tinha dezessete anos.
-Como conseguiram fugir? Pergunta Horácio com uma leve curiosidade na voz.
-Eles eram irmãos, Abilion e Abulin, ambos muito estudados em engenharia e arquitetura, pra ser mais exato trabalhavam e foram professores durante muitos anos na área. Já não eram tão novos quando descobriram que estavam usando seu conhecimento para roubar a cidade, foram presos e aqui ficariam. Hector da uma pausa para Horácio receber as informações.
-Acontece que eram muito espertos e conhecidos, com um pouco de ajuda de fora conseguiram pequenos instrumentos e matéria para fazer um túnel que os levaria para fora de Westgard, ambos calculavam as horas em que serviam a comida e revezavam na hora de cavar. Continua Hector. – Se não me engano demoraram cerca de seis anos, sabiam que a prisão ficava há Oeste e não muito longe da muralha pra esse lado. Sinaliza Hector com a mão. -De qualquer forma foi um feito e tanto, e se espalhou rápido, agora ninguém mais usa a cela sete, e nunca conseguiram realizar o mesmo feito, ate por que e extremamente difícil retirar uma dessas pedras. Diz Hector colocando a mão em uma das pedras na parede.
-Entendo, mas o que faz pensar que esse túnel ainda esta lá? Pergunta Horácio.
-Bom, eu nunca soube da demolição dele, meu pai ficou fascinado com o projeto e a engenharia usada, que eu saiba, foi feito uma cabana no final do túnel, impedindo que qualquer um entrasse.
-Espero que esteja certo, agora o único problema é como sair dessa cela. Diz Horácio.
Ambos permanecem pensando no maior problema que era sair da cela, ate mesmo tentam quebrar a grade mais era muito para ele.
Continuam nessa ate ouvirem passos no corredor e logo sentam esperando o guarda que vinha trazendo com sigo duas tigelas de uma comida, na verdade Hector desconfiou que não fosse comida, por que não tinha aparência de comida e o cheiro não era dos melhores.
Ele só passa as duas por uma abertura não muito larga, só o suficiente para a tigela, perto do chão e logo se afasta com um olhar intrigado, depois de Horácio ter agradecido, seja lá o que estivesse no prato.
Nenhum dos dois tinha intensão de comer e mesmo que tivessem não daria, pois o barulho de algo caindo no corredor fez com que ambos se levantassem, colocando o rosto para fora da grade o máximo possível, tentavam olhar, mas o corredor era escuro, ate alguém se aproximar, ficando em uma distancia visível.
-Como chegou aqui? Pergunta Hector, que nunca esteve mais feliz em ver aquele rosto.
-Não foi tão difícil, segui alguns guardas, dois deles estavam lá em cima bebendo à uma hora, foi mais fácil do que eu esperava. Diz Cesar sorrindo para Hector enquanto girava um molho de chaves na mão.
-Como sabe que não somos culpados? Pergunta Horácio feliz, mas cético, curioso com a própria sorte.
-Ouvi uma conversa de William com um dos conselheiros depois de... Cesar para de sorrir e olha para baixo, Horácio percebe lagrimas saindo dos seus olhos enquanto ele interrompe com a mão as próximas.
-Sinto muito por seu pai. Diz Hector.
-Tudo bem. Diz Cesar, surpreendendo Tanto Horácio como Hector, ao olhar para cima e respirar fundo.
Ele abre a cela.
-Sabe que William vai descobrir sua ligação com a nossa fuga. Diz Horácio.
-Ele vai descobrir sim, mas não vai poder fazer nada. Diz Cesar.
-Como assim? Pergunta Hector.
-Como eu disse ouvi a conversa de William, nela ele citava... Cesar para como se fosse ruim demais para dizer, e Horácio se perguntava como aquele garoto estava aguentando tanto... Ele disse que Inês planejou tudo isso. Termina Cesar.
-Sua mãe? Pergunta Horácio, atordoado com tanta informação.
-Não a chamo mais assim. Diz Cesar. – William não faria nada contra mim, ou ela se voltaria contra ele.
-Entendo. Diz Hector. –Inês podia não gostar de Plinio, mas nunca machucaria seus filhos.
-Isso mesmo. Agora vamos sair daqui antes que os guardas acordem.
-Certo. Diz Horácio enquanto se vira para Hector e começam indo para a direita.
- Espere, a saída é para cá. Diz Cesar apontando para o outro lado.
-Achamos que tem coisa melhor escondida por aqui. Diz Horácio.
Cesar mesmo sem entende segue ambos pelo corredor.
Eles caminham passando por algumas celas onde havia pessoas, todos magros, e fracos, e por mais que Horácio estivesse com pena de deixa-los ali, assim, não pediu para que Cesar os soltasse, primeiro por que não conseguiriam fugir junto com eles no estado que estavam e segundo pois não podia mudar o fato de terem feito algo para estar ali, a consequência do que haviam feito tinha de ser paga, por mais que doesse .
Enfim chegam à cela sete, como esperado depois da historia, estava vazia, e diferente do que Horácio havia pensado, não ficava no fim da prisão subterrânea de Westgard, o corredor ainda demonstrava ser muito longo, e por mais que tentasse não conseguia ver seu fim dali.
Cesar abre a cela com facilidade, enquanto Horácio fica apreensivo em outra coisa.
-Ei, o que estão esperando? Pergunta Cesar.
-O que aconteceu? Pergunta Hector para Horácio.
-Não consegue ouvir? Diz Horácio.
-Ouvir oque? Pergunta Hector.
-Isso. Diz Horácio sinalizando com um dedo para cima. – Tem mais pessoas aqui. Afirma ele.
-Deve ter, mas não temos tempo para salvar todo mundo. Diz Cesar.
-Não, é diferente. Está fazendo barulho, diferente daqueles que vimos logo atrás. Diz Horácio andando em direção ao som.
-O que vamos fazer? Pergunta Cesar.
-Não temos escolha. Diz Hector seguindo Horácio.
Eles andam ate chegarem à origem do som, na cela 15 estavam vários homens no qual Horácio se alegrou em reencontrar.
-Wiglar! Exclama Horácio.
-Meu rei. Diz Wiglar grudado na grade junto com outros cinco soldados. – Perdoe- nos por não conseguir defende-lo. Apressasse Wiglar.
-Esqueça tudo isso. Foram pegos de surpresa, assim como eu, temos que nos concentrar em sair daqui agora. Diz Horácio.
-Já tentamos de tudo, mas não conseguimos quebrar a grande, precisa sair daqui antes que te peguem novamente.
-O que esta acontecendo? Pergunta Hector, que chega correndo depois de ouvir Horácio conversando.
-Acho que não tentou usar a chave. Diz Horácio apontando para a mão de Cesar.
-Como conseguiram? Pergunta Dram (Um dos soldados que estavam presos).
-Longa historia, precisamos ir. Diz Cesar abrindo a cela.
Assim que todos estavam fora, correram ate a cela sete onde Hector foi o primeiro a entrar seguido por Horácio e Cesar, enquanto todos os outros se perguntavam o que faziam ali.
Começou apalpando a pedras quadradas e largas da parede, ate perceber uma que não era como as outras. Puxou a tal pedra com ajuda de alguns soldados e pode se deparar com o túnel antigo, a obra criada pelos irmãos Morrow.
-Quem será o primeiro? Pergunta Hector.
-Você deveria ir... Diz Horácio.
-Não, eu vou por ultimo. Diz Hector.
-Certo então eu vou. Diz Draw entrando no túnel escuro sem nenhuma certeza de que havia um fim, ainda sim tentava mostrar coragem e serviço ao Rei.
Em seguida foi Horácio, que resistiu um pouco à insistência de Hector, mas no fim cedeu.
Tudo se tornou escuro e frio, sentiu um pouco de medo achando que não conseguiria entrar, ainda sim Horácio cabia perfeitamente no túnel, se arrastar na terra úmida no começo não foi tão desagradável como se tornaria depois de meia hora, de vez enquanto sentia algo perto da parede, da primeira vez teve medo ainda sim, deduziu que fossem madeiras pelo formato, sustentando o túnel, aquilo lhe deu mais segurança mesmo que não tirasse totalmente seu medo. Mesmo sabendo como a terra onde foi feito o túnel era firme corriam o risco de um desabamento, além disso, Horácio tinha que lhe dar com insetos, não conseguia vê-los, mas os sentia, enquanto tinha que concordar com seu subconsciente lhe dizendo que nunca havia passado por situação pior.
Draw de tempo em tempo dizia algo, para saberem que ainda estava ali e que poderiam continuar, e ouvir a voz dele dizendo no escuro que havia chegado a algum lugar deixou Horácio apreensivo, mas esperançoso por talvez ser o fim, já haviam se arrastado durante uma hora e tudo que queria era se ver livre daquele túnel.
-Espere... O túnel acabou. Diz Draw.
-Como assim? Pergunta Horácio ainda longe dele.
-O túnel acabou. Não tem mais nada para frente.
-Então procure algo em cima, deve ter alguma abertura. Diz Horácio para aquela voz distante no escuro chamada Draw.
-Tem, sim, alguma coisa aqui.
-Oque é? Pergunta Horácio agora parado com Wiglar bem perto dele.
-Parece madeira... Espere, vou tentar empurrar.
-Tudo bem. Diz Horácio agora seguindo em frente.
-O que aconteceu? Pergunta Wiglar atrás de Horácio.
-Acho que estamos chegando à saída. Reponde Horácio.
-Ótimo. Diz Wiglar agora virando e murmurando algo para os de trás.
-Consegui! Grita Draw logo à frente.
Horácio se arrasta com mais animo sabendo que estava no fim e logo encontra uma abertura acima, um alçapão e Draw lhe oferecendo a mão fora do túnel.
Era realmente uma cabana, mas estava muito velha, a iluminação era pouco somente a luz da lua passando pelas janelas quebradas, teias de aranhas e pó por todos os lados, no meio da cabana havia uma pequena mesa de madeira, sem cadeiras em volta, e aquela era a única mobília fazendo parecer um lugar espaçoso, o que na verdade não era.
Um a um todos foram saindo e ajudando uns aos outros.
-Pronto, só falta um. Diz Horácio contabilizando enquanto Aquila (soldado de Eslavos) saia do túnel.
- Meu senhor. Diz Aquila para Horácio que olhava o túnel a fim de ver Hector.
-Sim. Responde ele se virando.
-Ele não vem. Diz Aquila para um Horácio perplexo. – Ele disse que o senhor não concordaria, então resolveu não contar ate que estivesse fora do túnel.
Horácio permanece em silencio.
-Não pude fazer nada.
-O que exatamente ele disse? Pergunta Horácio.
-Que não deixaria William impune, que não fugiria da própria cidade, depois me pediu lhe dizer o quanto é grato por suas palavras, mas que vai trilhar o próprio caminho.
-Que assim seja, e que Deus esteja com ele. Diz Horácio olhando mais uma vez para o túnel escuro.
Fecharam o alçapão e colocaram a única mesa encima, a fim de atrapalhar qualquer um que tentasse passar depois deles.
Wiglar deu uma olhada para fora da cabana, depois chamou Horácio para olhar. Não estavam tão longe de Westgard às luzes produzidas das tochas de guardas encima da muralha era visível de onde estavam, ainda sim, Horácio duvidava que vissem eles na escuridão da noite.
Depois de saírem da cabana foram mais para oeste, Horácio não conhecia muito aquelas terras, mas tinha certeza da existência de uma cidade para aqueles lados perto de Westgard.
Caminharam durante algum tempo, passando por uma ramificação ou braço do rio Mitri, depois mais a frente já era possível ver a tal cidade de que falara Horácio a seus soldados.
Chegaram o mais próximo possível, mas não entraram, ate porque não sabiam se, se tratava de um povo amistoso, e não tinham dinheiro para comprar qualquer coisa, então não seria vantajoso, aparecer e correr o risco.
Depois de um tempo discutindo as alternativas, a maior parte concorda com o Draw, a cidade era pequena mais tinha tudo de que precisavam. Horácio não gostou do plano decidido, ia contra seus princípios, ainda sim não teria jeito, não chegariam a pé em Eslavos.
Enquanto Aquila junto com Draw entravam em uma pequena forja onde pegariam algumas espadas, Horácio foi junto com Wiglar e os outros soldados ate um estabulo, entraram tentando fazer o mínimo de barulho possível e com alguma dificuldade conseguiram retirar alguns cavalos, cada barulho emitido pelo animal ou ate mesmo pela distração de algum soldado ao trombar em algo fazia Horácio gelar. No fim das contas em pouco tempo estavam todos ha cavalo e armados para o caso de precisarem se defender não só de assaltantes ou bárbaros, mas de possíveis encontros com animais selvagens.
Sua sorte estava no limite pensava Horácio, e por mais que a tentação de pegar algumas roupas quentes, diferente das que usavam já toda suja, fosse grande, Horácio não arriscou abusar demais, assim partiram para Eslavos sem tentar mais nada de inusitado e que possivelmente levaria todos a serem descobertos.
Passaram pelo canal principal do rio Mitri quando o sol aparecia no céu e assim continuaram se alimentando de frutas, quando as encontravam, em pensar que naquela manha era para Hector esta sendo coroado, Horácio afasta esse pensamento de sua mente, pois o que era para ter acontecido e não aconteceu é por que na verdade não era para ter acontecido.
Cavalgavam em velocidade, ate seus cavalos parecerem exaustos, então diminuíam tempo suficiente para descansarem, fazendo isso chegaram à noite do sétimo dia em Eslavos, Reino de Bronze, onde Horácio é Rei.

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