Palavrões

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O filho do pastor se chamava theo, ele se apresentou formalmente, algo que eu não dei muita bola , porque eu só pensava em ir pra casa logo.

O pastor pediu pra ele me levar sei lá aonde, e eu agora to seguindo ele pela rua mas a dois metros de distância pra ter certeza que ninguém vai me ver andando com um cara vestido de saia.

- Senhorita Williams será que dá pra ir mais rápido?.
Pergunto ele olhando pra trás me encarando só pra me apresar , fala sério parece que esse idiota fez isso só porque eu não queria ,fala sério.

Eu abaixei minha cabeça de vergonha, Cruzei os braços e sai reclamando, xingando ele de todo tipo de palavrão possível, mas tão baixo pra que ele não pudesse escutar .

E então entramos em uma rua que ficava duas quadras da igreja e me deparei com outro tipo de igreja , fala sério!

-Pra que outra? Uma não é o suficiente? Eu tenho que mandar meu pai demolir algumas igrejas.

- É que essa não é uma igreja, é uma paróquia! Minha paróquia.

- E qual é a diferença? Pra mim é tudo igual!
Respondi encarando ele

- Na verdade existem muitas diferenças, na paróquia não é como igreja é o lugar aonde um ..

- Tá, Tá .. Eu não quero saber!
Disse interrompendo ele.

- Acho melhor entrarmos.
Disse ele se aproximando da porta e então abriu com a chave que tinha na mão, eu entrei logo em seguida e tinha os bancos para as pessoas sentarem o palquinho e os crucifixo , ou seja pra mim continua sendo uma igreja!

- essa é minha paróquia, ela é bem humilde ainda.
Disse ele com meio sorriso no rosto.

- Se percebe.
Disse encarando o lugar

- Bom, de qualquer forma é aqui que você vai ajudar, existem muitas partes pra serem pintadas e decoradas antes que a paróquia seja inaugurada.
Disse ele

- O que ? Se você acha que eu vou arrumar essa igreja ...

- paróquia!
Disse ele me interrompendo

- Foda-se, eu não vou fazer nada pra você não sou sua empregada!
Respondi

- Se não se importar eu não quero que use esse tipo de palavriado na minha paróquia, e você não vai fazer as coisas pra mim, e sim me ajudar!
Disse ele me encarando

- Não é pra falar o que? Fofa-se?.
Perguntei

-Você falou de novo.
Disse ele me fuzilando com olhar

- Ah desculpa, então eu não posso falar porra? Caralho eu posso falar? Quem sabe? Filho da mãe.. Cacete, puta merda eu falo muito dessas coisas.

- Senhorita Williams parabéns conseguiu o que queria, faz o favor de se retirar da minha paróquia.. E espero que Deus te perdoe!
Disse ele me encarando com cara de quem estava loco pra me enforcar.

- AAAAAAAAAAH sério?? Valeu homenzinho de saia eu vou com todo prazer.
Disse dando um beijo em sua bochecha
- E não faz diferença, segundo seu pai eu já to condenada ao inferno mesmo .
Dei as costas e fui e saindo no mesmo estante, sem nem se quer olhar pra trás.
- Ah liberdade.
Eu abri meus braços e em seguida sai andando pela rua, quem diria que palavrões iriam salvar minha vida?! Olha que nem precisei usar os cigarros falsos.

Eu saí caminhando pela rua e dei uma grana pra um cara comprar bebidas pra mim, aqui a idade permitida para beber era depois dos 20 é como eu ainda tenho 18 ninguém venderia bebida pra mim.
Depois que esse cara que eu me se quer perguntei o nome,trouxe minhas garrafas de cerveja sai vagando pra rua sem destino.
Cada gole era uma lamentação.
Meu pai é o homem mais idiota do mundo, se eu to nesse igreja é por culpa dele. Aquele miserável sem coração!!

Se o Coração FalasseOnde histórias criam vida. Descubra agora