Wrong Dimension¹

Capítulo 1

Pensamentos em itálico.

Naruto e todo o enredo pertence a Masahi Kishimoto, não a mim. Caso contrário estaria nas Maldivas vendo um monte de gostosos dançando de tanga.

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Chácara.
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Que irado!

A jovem não pôde deixar de admirar a paisagem a sua frente.

A ideia de ficar horas sentada num ônibus escolar apenas para visitar uma chácara não lhe era nada atraente. Ela não queria estar rodeada de mosquitos e presa aos seus colegas o fim de semana todo, mas era melhor que ficar em casa sem fazer nada.

A sua relutância desapareceu assim que saiu do ônibus escolar.

A algazarra dos colegas dela não a incomodou nem impediu de admirar aquele ambiente.

O grupo seguia uma trilha, no meio de várias árvores altas, enquanto a garota tirava várias fotos para postar no Instagram.

As árvores eram altas e haviam várias trepadeiras e arbustos floridos perto das raízes.

Ela respirou fundo e voltou o  smartphone para a nuvem que cobria o sol do meio dia. Daria uma ótima foto se os colegas dela não tivesse esbarrado com ela no último momento.

Com um suspiro, a menina se afastou dos seus colegas que gravavam videos para postar na internet e tentou tirar outra foto.

Estava tão empenhada em conseguir uma boa foto que nem viu quando o grupo se afastou, a deixando para trás.

O alarido diminuiu e Rayane agradeceu. Ela cresceu na barra da Tijuca, o silêncio era bem-vindo.

Rayane sempre foi sociável, mas já fazia um tempo que sentia que estava vivendo apenas na superfície. Não importava quantos hobbies tinha nem o quanto ocupasse seu tempo com outras actividades.

Parecia sempre faltar alguma coisa.

Isso a fez sentir culpada, principalmente por não lhe faltar nada além de, talvez, um pouco de atenção.

Talvez fosse apenas uma crise existencial ou uma daquelas fases que ela sabia que os adolescentes passam, mas não deixava de ser estressante.

Ao notar que estava parada a muito tempo, decidiu procurar pelo grupo. A última coisa que queria era ser repreendida por ter se afastado.

۵ • ━────「※」────━ • ۵ •

O sol estava forte e a vegetação rasteira não dava sombra suficiente. Rayane não conseguia se lembrar de um momento de sua vida em que se sentiu assim.

Tinha os pés incrivelmente doloridos de toda a caminhada, e pedras em que tropeçou. Depois havia o sol, o maldito sol que queimava sua pele, aumentando cada vez mais o desejo de beber água, que ela acabou quando ainda estava no ônibus escolar.

O smartphone dela estava sem rede e ela não arriscaria descarregar a bateria.

Respirou fundo, tentando manter o pânico sob controle e olhou a sua volta. Ela não sabia quantas vezes parou para tentar se localizar, subindo nas poucas árvores presentes na paisagem apenas para ver mato e mais mato.

Onde é que eu tô!? Não tem como uma chácara ser tão grande....tem?

A menina notou que as sombras dos arbustos estavam maiores e que o sol já não estava tão forte.
Parecia ter o estômago colado às costas e a garganta doía de tanto gritar por ajuda.