27. Sorte do Mago

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13 de março de 1994:

"Cafall! Cafall!" Harry chamou, procurando por seu cachorrinho rebelde. O cachorrinho partiu para cima dele, caçando alguma coisa. Harry assobiou, mas teve medo de que o cachorro não o ouvisse se ele estivesse atravessando o terreno. Ele começou a caminhar em direção ao Lago Negro. Cafall muitas vezes gosta de brincar lá, e às vezes Duncan aparecia e jogava pedaços de coral e troncos trazidos do oceano para o cachorro perseguir.

Mas, ao se aproximar do lago, pôde ver que a orla estava vazia de qualquer misthound ou estudante. Apertando seu manto mais apertado contra ele, ele continuou a procurar, indo até a cabana de Hagrid, imaginando que talvez Cafall tivesse ido brincar com Canino. O javali gostava de brincar com o cachorro.

Ele havia chegado ao meio do gramado quando ouviu algo que parecia uma luta, especificamente uma luta de espadas. Intrigado, ele olhou em volta, mas não conseguiu ver nada que lembrasse cavaleiros em armaduras ou guerreiros feéricos. No entanto, ele ouviu o distinto choque de uma espada contra carne em algum lugar próximo.

Ele deu alguns passos, ouvindo, e então olhou para baixo. No chão, a poucos passos de seus pés, estava uma pequena pessoa ruiva vestida inteiramente de verde, empunhando uma espada do tamanho de uma agulha de tricô. O guerreiro vestido de verde estava afastando um grande rato do tamanho de um cachorro pequeno, esfaqueando-o repetidamente com a espada.

Mas o rato não estava correndo. Ele mostrou seus grandes dentes amarelos e rosnou, atacando o pequeno guerreiro, que tinha cerca de sete ou dez centímetros de altura. O guerreiro ruivo era rápido, mas o rato também.

Do ponto de vista de Harry, parecia que o pequeno guerreiro estava prestes a ter sua cabeça arrancada. Ele sacou sua varinha e entoou um feitiço de Picada afiada. O feitiço atingiu o rato em seu traseiro e ele gritou e correu, ao ver o gigante pairando sobre ele.

Harry se ajoelhou na grama, que notou ter um tom de verde incomumente vibrante. "Olá. Você está bem? Eu pensei por um minuto que você era um caso perdido."

O guerreiro vestido de verde olhou para ele e acenou com a espada de agulha em advertência. "Muito obrigado, mortal. Aquele grande rato escorbuto quase me arrancou a orelha", uma mão empurrou para trás o pequeno gorro verde pontudo para revelar uma grande orelha pontuda.

Harry olhou para a pequena criatura, notando que ele estava vestido com uma jaqueta verde justa com botões dourados e uma calça mais escura, com botas pretas e um pequeno cinto com uma fivela dourada. O cabelo comprido de uma cor vermelho-dourada brilhante pendia até a cintura. "Você parece estar dando uma boa luta, no entanto," ele observou.

"Sim, bem, eu estava tentando. Mas era um animal sanguinário. Posso saber seu nome, rapaz?"

"Harry Snape."

"Ah. Você é o jovem bruxo parente da Rainha das Fadas. Prazer em conhecê-lo, rapaz!" Ele tirou o chapéu da cabeça e curvou-se graciosamente.

"O mesmo aqui. Uh... desculpe-me por perguntar, mas... você é um duende?"

"Sim, eu sou isso. Brighid O'Meara é meu nome. Mas você pode me chamar de Bridie."

"Bride?" Harry repetiu. "Mas isso é um-oh!" ele se conteve bem a tempo antes de cometer um grande erro. Ele tinha tomado o duende por um homem pequenino, não uma menina, por causa de seu vestido e porque os duendes eram sempre homens nas velhas histórias. Ele corou. "Bem conhecido, Lady O'Meara." Ele estendeu a mão, palma para fora.

Bridie subiu em sua palma e sorriu para ele. — Da mesma forma, jovem lorde. Não ouvi nada além de boas notícias de você e de sua família. A Rainha tem você em alta conta.

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