Nas sombras de Seul, um vampiro aguarda sua redenção.
E na vida de Taehyung, ele espera respostas.
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Essa história é uma adaptação autorizada pela autora Roselle Rose e todos os direitos são reserv...
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"Acho que os olhos são castanhos... isso, castanhos bem escuros. Escuros como jabuticabas antes de serem colhidas, como a pedra mais sólida de ônix. Como um sonho de morte, tudo o que eu consigo ver em meus sonhos são seus expressivos olhos castanhos escuros, com lágrimas e muito sangue. Sangue como um copo de vinho derramado sobre um pano branco. Está frio demais para que eu possa segurar minha vida, e sua voz..."
‒ De novo escrevendo seus sonhos?
A voz de Jimin o interrompeu rapidamente. Taehyung fechou seu caderno e respirou fundo.
‒ Eu te disse para bater na porta quando vier.
‒ Eu bati, mas você parecia imerso em seus pensamentos ‒ Jimin trajando uma camisa de listras e um grosso casaco de frio, entregou uma tigela com Bibimbap e uma lata de refrigerante ‒ Jantar.
Taehyung suspirou. Deixando a tigela sobre a mesa de carteado, ele abandonou a caneta e olhou pela janela. Era quase dezembro, então a neve estava impossível lá fora. Todas as manhãs, ele pensava em como suas economias estavam escassas ao ponto de ele não ter um casaco de inverno que prestasse no armário.
Teria que recorrer de novo a algumas doações da igreja se quisesse ter roupas para trabalhar.
Jimin tirou o casaco, as botas e se sentou na cama. Com sua própria tigela com Bibimbap nas mãos, ele apreciou o aquecedor que Taehyung tinha no quarto.
‒ Sabe, eu estava pensando se você não poderia me substituir no turno noturno. Estou precisando de algumas horas extras para estudar para a prova de Antropologia Jurídica.
Taehyung suspirou retirando seus óculos de leitura.
‒ Tudo bem, posso fazer isso ‒ ele bocejou ‒ Mas vai te custar pelo menos me cobrir quando eu precisar.
‒ Eu sempre estou cobrindo seus turnos ‒ Jimin resmungou ‒ A cafeteria nem fica tão cheia de noite, eu que passo maior perrengue de manhã. Sabe quantas garotinhas entram na loja pedindo café cheio de frufrus para tirar foto?
Taehyung se limitou a rir.
‒ Ninguém nos mandou trabalhar em uma cafeteria.
‒ Meio período ainda ‒ Jimin bufou ‒ Não está cobrindo nem metade das contas desse mês. Acho que terei que pedir dinheiro emprestado ao meu pai.
Taehyung não tinha essa sorte. Jimin ainda tinha uma família que poderia lhe ajudar, mas Taehyung não tinha ninguém. Abandonado a própria sorte desde criança, ele só poderia contar com algumas magras finanças deixadas por seus falecidos pais e um pouco de perseverança.
