Nas sombras de Seul, um vampiro aguarda sua redenção.
E na vida de Taehyung, ele espera respostas.
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Essa história é uma adaptação autorizada pela autora Roselle Rose e todos os direitos são reserv...
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Jeongguk ergueu as mãos.
Por mais que 200 anos poderiam lhe preparar para muitas coisas, porém certamente todos esses anos e talvez em nenhum momento de sua vida estaria preparado o suficiente para esse momento.
"Você precisa sair daqui, precisa viver mais do que eu. Irei lhe encontrar não importa o tempo que passar".
Essas foram as últimas palavras de Taewon naquelas catacumbas. Naquele lugar onde ele passou horas chorando, abraçado ao cadáver daquele que o amou. Até que alguém o encontrou e lhe ofereceu a vida eterna.
"A vida eterna por uma gota de sangue". O estranho lhe disse "Mas acho que você já perdeu o que lhe era necessário, tem motivo para voltar a viver com aqueles que jamais entenderão tua dor, mortal?".
Ele se lembrou com perfeição daquele momento, assim que sentiu Taehyung levantar as mãos e segurar o seu rosto.
Foi de surpresa, mas Jeongguk jurou que poderia ser as mesmas mãos. Mas agora, pareciam um pouco diferentes. As de Taewon eram calejadas pelas andanças de cavalo, pela lenha que ele preparava nas noites frias quando ficavam sozinhos. E o perfume era diferente, pois Taewon sempre parecia cheirar a suor e a cerveja. Taehyung tinha um aroma de café e de perfume barato.
‒ Você... ‒ Taehyung murmurou, como uma prece ‒ Você é o homem dos meus sonhos. O homem que me chama.
Jeongguk não disse nada. Apenas apreciou o momento. Sua visão era ampla, e seus sentidos apuraram, capturaram o doce cheiro de Taehyung, que misturados as próprias emoções internas, parecia um misto de curiosidade, alívio e medo.
Ele sentiu os batimentos cardíacos dele. Estavam acelerados como as asas de um beija-flor. Tentou ler seus pensamentos, mas pareciam nublados, desconexos e confusos demais.
Se concentrou no ambiente que estavam. O café pingava da máquina, o som do freezer e a música ambiente em alguma playlist. Também sentiu a temperatura abaixar, a umidade subir um pouco e saber que em alguns segundos, a neve voltaria a cair como um presente da natureza para noite taciturnas e envolventes como aquela.
‒ Você me chamou por um nome que não era o meu ‒ Taehyung sussurrou ainda tentando se situar. Ele estava muito perto de Jeongguk, praticamente quase colado ao corpo dele. Suas testas estavam encostadas, as mãos dele ainda estavam no rosto do rapaz moreno. As respirações se mesclaram, com um intuito de deixar o ambiente mais quente.
‒ Sim, chamei ‒ Jeongguk estava nervoso ‒ Ong Taewon.
