O que a adolescência nova-iorquina tem para oferecer ao um garoto transtornado de só 18 anos e sua enfadonha vida?
Verdes hipnotizantes? Um sorriso de afundar as bochechas? Amigos se tornando os melhores?
Em outras palavras...
A cura para tudo?
Welc...
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Ei Querido Diário,
Eu encontrei o meu abrigo.
💭💭💭
Desço até a cozinha sonolento, mas atento em não rolar escada abaixo quando encontro Dorothy Watson terminando de virar algumas panquecas no fogão com uma mesa de café da manhã repleta de frutas, sucos, mais panquecas e brownies (os quais ela e Niall fizeram juntos ontem à tarde) bem atrás de si.
— Niall? – diz de costas — Sua mãe ligou para perguntar se está tomando aqueles remédios da impotência.
— Diga a tia Maura que Niall jogou tudo pela privada. – levo um brownie a boca.
Dory, que vestia uma roupa casual por baixo do avental de cozinha, vira franzida com uma leve maquiagem no rosto.
— Lou, querido! O que já faz de pé? – põe a última panqueca sobre as outras.
— Dormi o dia inteiro ontem, acho que pedi todo o sono.
Ela ri frouxo voltando ao fogão para limpar a frigideira.
— Inclusive, eu ia te perguntar sobre ontem...
— Harry me deu folga.
— Em pleno sábado? Por quê?
No instante, estico meu braço para alcançar a jarra de suco quando a manga longa do meu pijama se faz curta, dando amostra a marcas no pulso. O porquê. Meu sorriso desmancha lento.
— N-não sei. Ele só disse que eu precisava descansar melhor.
Ela volta outra vez, agora sorrindo largo e desamarrando o avental.
— Harry sempre se preocupando com você, não é? – disfarça uma piscadela.
— Querida, já está em cima da hora! – Bob Watson surge ajeitando um paletó quando nota minha presença — Oh, melhor levarmos guarda-chuva, Louis levantou cedo num domingo.
— Bom dia, Bob. – digo rindo e ele só retribui com um sorriso acompanhado de rugas.
— Tô te esperando no carro, amor. – fala pegando as chaves e saindo.
— Bom, estamos indo á igreja e almoçaremos fora. – Dory alisava as mãos na roupa — Há macarronada do jantar, se não se importa.
