Capítulo 4

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Fala galera! Fico feliz de ver que tem gente gostando dessa minha loucura kkkk. Chegando aqui com mais um capitulo fresquinho e queria aproveitar também pra dizer obrigada pelos comentários e pelos pedidos para voltar, eles me deixam de coração quentinho. No mais, quero ouvir mais a opinião de vcs sobre a estória e os capitulos, viu??? Sou muito curiosa *insira aqui o emoji de olhinho*  

Enfim, vou parar de mendigar atenção e deixar vcs se divertirem, hahaha

Boa Leitura ! 


"Deixa eu ver se eu entendi," Naiane começou, pronunciando as palavras com cuidado, e Rosamaria sentiu a apreensão aumentar dentro de si. "Uma mulher que você nunca viu na vida apareceu no seu apartamento e disse que você é a mãe dos filhos dela?"

As palavras soavam absurdas até mesmo para ela, que havia vivido aquela exata situação nem uma hora atrás. Rosamaria ainda conseguia se lembrar da imagem de uma mulher sorridente, suada e exausta, segurando um bebê todo enrugado nos braço, deitada em uma cama de hospital. Aquela imagem não seria fácil de esquecer, com toda certeza, mas era também impossível não pensar que aquela mesma mulher esteve na sua frente minutos antes contando uma história quase fantasiosa.

Se ela não tivesse vivido aquilo, se ela não tivesse visto a emoção crua escorrendo pela expressão desesperada da mulher, se ela não tivesse ouvido com clareza a preocupação no timbre grave, talvez Rosa tivesse a mesma reação de Naiane. O tom de incredulidade não era difícil de notar, mas Rosamaria dificilmente poderia culpar a amiga por estar achando que aquilo não passava de um absurdo sem tamanho. Rosa sabia também que ela precisava organizar seus pensamentos para conseguir transmitir para sua amiga o tamanho da guinada que sua vida havia dado de repente, mesmo que ela mesma não estivesse sentindo seus pensamentos claros o suficiente.

Ela já havia fechado as abas de navegação do seu computador, mas a foto que ela havia visto parecia estar gravada na sua cabeça, e seu estômago parecia estar dando voltas desde que ela havia ouvido o nome há muito tempo inutilizado.

"Sim," Rosa acabou respondendo por fim, com a voz baixa e um pouco trêmula. "Foi exatamente isso que aconteceu."

"E você considerou que talvez ela seja, sei lá, louca?"

Rosamaria fechou os olhos, suspirou, e ergueu uma mão para pressionar o ponto acima de seus olhos como se aquilo fosse ser capaz de dissipar sua dor de cabeça repentina. "Eu não acho que ela seja louca, Nani. Ela sabia muitas coisas, ela tinha muita informação."

"Sobre?"

"Mim." Rosamaria havia passado os últimos minutos andando de um lado para outro na frente da sua cama - de casal, com um lençol azul já gasto em cima - mas ela parou de se mover de repente como se tivesse atingido uma parede. Ela levou uma mão para apalpar a parte de trás do seu pescoço, tentando massagear os músculos tensos, e girou sua cabeça de um lado para o outro algumas vezes. "Quer dizer, ela não sabia tanta coisa assim sobre mim, mas ela sabia sobre..."

As palavras morreram na sua boca e ela engoliu em seco como se tivesse provado algo amargo sem saber. Rosamaria havia aposentado seu nome de batismo há muitos anos, e ela nunca mais havia se atrevido a falar ele em voz alta desde o último cadastro que ela teve que atualizar. Ter ouvido aquele nome várias vezes durante a conversa que teve com Caroline havia ativado gatilhos dentro dela que não se manifestavam fazia tempo, e Rosa sabia que ela ia demorar para voltar ao seu estado normal.

Bom, ela nem sabia se aquilo seria possível depois de saber que havia duas crianças no mundo que eram dela. Não dela, mas dela ao mesmo tempo. Ter crianças com o seu DNA postas no mundo sem o seu conhecimento foi justamente o que a impulsionou para pedir a destruição do seu material genético, e agora ela estava sendo confrontada com aquela situação de maneira repentina. Aí estava uma informação que ela queria muito saber, inclusive. Como duas crianças com o seu DNA vieram ao mundo sem o seu consentimento. Haviam tantas perguntas que ela queria fazer que Rosa nem sabia por onde começar.

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