Capítulo 5

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A fic voltou, mas quem não voltou foi a autora que estava falndo com vocês nos últimos capítulos! Grande revelação, se preparem, mas essa estória está sendo escrita por duas pessoas! Isso mesmo, além de uma pessoa ter pensado nessa "trip", teve outra doida que entrou na onda também.

Estou muito feliz com os comentários e o retorno que estamos tendo, então vou pedir que vocês continuem interagindo porque essas autoras que vos falam vivem disso!

Aproveitem o capítulo!



Carol havia dirigido por mais de quarenta minutos pelas ruas lotadas de Belo Horizonte para chegar até o endereço que havia sido passado por uma mensagem. Não haviam muitas informações no texto que ela havia recebido além de um horário, um endereço, e um pedido breve para que se encontrassem naquela quinta-feira à noite. O convite, ou convocação, havia sido um pouco em cima da hora depois delas se falarem brevemente por telefone no dia anterior, e Carol teve que contar com a sorte quando pediu se sua irmã podia cuidar das meninas para que ela pudesse atender aquele compromisso.

Três dias haviam se passado desde que ela havia conhecido Rosamaria e não havia se passado um dia sequer que ela não tenha mandado ao menos uma mensagem para que a mulher não esquecesse dela. Carol conseguiu se conter e evitou ligar, apesar da vontade de ser mais direta a ter corroído por dentro, e ela quase gritou de alívio quando uma de suas mensagens foi, finalmente, respondida. Mesmo sem muitas informações, a mensagem estava marcando um encontro entre as duas mulheres, coisa que Carol esperava que fosse lhe dar as respostas necessárias para continuar sua jornada para encontrar ajuda para sua filha.

Por isso que, quando Carol entrou no bar quase vazio, ela teve que se convencer de que aquilo iria valer a pena no final. O bar consistia em um ambiente só, com luzes baixas que deixavam o espaço mal iluminado, mas com fitas de led vermelhas percorrendo o teto de uma ponta a outra. As paredes estavam cobertas por um papel de parede tão poluído com informações que Carol demorou para reconhecer as ilustrações de notas de dinheiro, matérias de jornal e páginas de gibi. Além do papel de parede, já meio caótico, haviam também poster de bandas espalhados ao acaso, e várias partes da parede estavam rabiscadas com mensagens de clientes que já haviam passado por ali. Haviam caixas de som pequenas nos quatro cantos do bar, mas havia uma caixa maior contra uma das paredes, conectada a um computador que estava, aparentemente, livre para quem quisesse escolher uma música. O balcão do bar era de madeira, e mesmo de longe Carol conseguia ver que ele estava marcado e manchado em toda a sua extensão. Atrás dele, distribuídos nas prateleiras longas, estavam as mais variadas garrafas de bebida alcoólica, incluindo uma boa coleção de whiskies e até mesmo vinho. Havia um único bartender em pé no bar, e ele parecia distraído vendo algo no celular, desinteressado com a falta de movimentação no estabelecimento.

A sensação que o local passava era de que o tempo não havia passado nos últimos vinte anos. A música era boa, um pop dos anos 90 que não estava tão alto, as poucas pessoas que estavam ali estavam sorrindo, e o ambiente em si transmitia um ar de segurança de uma forma inexplicável. Caroline adorou o local no minuto que pisou lá dentro, mas não se prendeu a isso pois haviam assuntos mais urgentes para serem tratados.

Carol encontrou Rosamaria depois de vasculhar o local com os olhos, e caminhou até a mesa do canto onde a mulher estava sentada. A mesa de madeira estava um pouco afastada da parede para dar espaço para um banco estofado que cobria todo o canto da parede, e havia também uma cadeira em um dos lados, para completar os quatro lugares. Rosamaria estava sentada com as costas viradas para a parede dos fundos do bar, com uma lata de refrigerante na sua frente e um copo meio cheio ao lado, e ela pareceu notar a presença de Caroline pouco tempo antes dela chegar até a mesa.

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