SPECIALBOY | PETE

469 58 2
                                    

Ser da primeira família era um título e tanto.

Não interessava se você era membro ou trabalhava para, ser da primeira família emanava respeito e poder, sem mais nem menos. Era algo importante, toda Tailândia subterrânea respeitava isto e aqueles que não, não eram considerados importantes em si.

Pete se orgulhava disso e muito. E mesmo nunca tento pensado em trabalhar para a máfia pelas devidas razões, sentiu-se bastante especial pelo Senhor Korn não ter pensando duas e ter lhe dado o cargo de guarda-costa chefe do primeiro filho da família, Tankhun, para si assim que a oportunidade surgiu e pediu pelo emprego. Porquê, isso apenas mostrava que seu trabalho estava sendo reconhecido e estava bem feito. E isso era o suficiente bom para ambos os lados.

Mas, com certeza, sua expressão mudou dramaticamente quando percebeu que sua vida logo iria se resumir em passar todos os dias em frente a uma enorme televisão dentro de um quarto assistindo todos os tipos de dramas mas, especificamente, dramas coreanos. Era tão bom quanto os dramas tailandeses? Hm, duvidava e muito, cresceu assistido-os junto com sua vó na antiga ilha que morava. Eram os clássicos e nada, absolutamente nada, superava os clássicos.

Era fato.

Entretanto, não era de todo ruim apesar de que, às vezes, as coisas saíam do rumo assustadoramente. Seu chefe era um homem já formado que ainda agia como um garoto de quatorze anos mimado e totalmente louco e, seu único dever era mantê-lo á salvo, sem sequestros ou torturas, e era o trabalho mais fácil que teve desde que chegou ali pois, Tankhun, ao menos, pisava o pé na calçada de casa seja para observar a rua ou respirar fundo. E apesar de ainda precisar recorrer á uma rotina de treinos, nada era mais pacífico do que ficar sentado o dia todo assistindo roteiros ganhando vida enquanto Tankhun fazia a mesma pergunta toda vez:

"Você acha que ele vai morrer?"

Pete não poderia querer coisa melhor, isso era fato. Às vezes, sentia falta da emoção de representar o cargo que servia, a ação e aventura de ser um guarda-costa de um dos filhos do mafioso mais poderoso da Tailândia era assustadoramente excitante. A pressão para disparar uma arma enquanto corre para salvar a vida de outra pessoa fazia Pete imaginar ser um herói sem capa, servindo seu povo de maneira brava, como se fosse alguém de lei e honra. E realmente tinha que ser.

Pete, sem dúvidas, sabia dos inimigos da primeira família entretanto, nunca pensou, em hipótese alguma, que um deles seria a própria segunda família. Apenas um catálogo abaixo fazia as coisas serem totalmente esquisitas e era tão explícito quando palavrões censurados. Sempre que a presença da segunda família se fazia presente no mesmo ambiente que da primeira, a aura escurecia de maneira exorbitante e Pete sentia que se levantasse sua mão, poderia apalpar a nuvem que se formava.

Mas, de alguma maneira, isso sempre chamava sua atenção. Não por causa dos "insultos educados" mas, por causa de alguém, o primeiro filho da segunda família, Vegas. Pete sentia algo em relação à ele, algo escuro sempre assombrava seu olhar e nem ao menos, era a maneira que olhava à todos da primeira família e sim, algo de dentro. Parecia haver muito mais escuridão dentro do que fora de si, o amargor era constantemente visível. E era inevitável não querer saber mais disso toda vez que seus olhos se encontravam, Vegas olhava-o por tempo demais, analisando cada parte detalhadamente e soltando um sorriso de lado como se fosse uma obrigação própria fazer isso.

Pete se perguntava se apenas ele conseguia ver tudo isso ou se estava enlouquecendo de vez por causa de Tankhun.

Bem, talvez, fosse realmente a segunda opção.

『SPECIALBOY』

não revisado.

SPECIALBOY | VEGASPETE Onde histórias criam vida. Descubra agora